quarta-feira, 21 de outubro de 2015

POP JAVALI - THE GAME OF FATE



             THE GAME OF FATE é o segundo trabalho do trio paulista POP JAVALI. E o sucessor de No Reason To Be Lonely (2011), se mostra espetacular! Classe, bom gosto e músicos de alto nível, além de excelência nas composições, fazem do segundo cd da banda, um álbum que pode e deve, figurar na estante dos apreciadores de música feita com qualidade. Formado por Marcelo Frizzo (Vocal/baixo), Jaeder Menossi (Guitarra) e Loks Rasmunssen (bateria), o power trio contou com a produção dos irmãos Busic, Andria e Ivan, do Dr. Sin, o que abrilhantou ainda mais o trabalho. Praticando um Hard n' Heavy, com toques sutis que nos rementem aos anos 70, mas soando sempre atual, o grupo capricha nos arranjos e nos entrega uma música carregada de feeling. E isso, com toda certeza, é um grande diferencial.

           O grupo foi formado em 1992 e mantém até os dias de hoje a mesma formação. O que faz com que o entrosamento dos músicos seja perfeito. E a produção de Andria e Ivan soube valorizar isso, deixando o trabalho com a cara da banda. O bom vocal de Marcelo, o peso que a cozinha formada pela bateria de Loks e pelo baixo do próprio Marcelo, aliados aos riffs certeiros e aos belos e elaborados solos de Jaeder, fazem de The Game of Fate um cd muito bem composto, gravado e produzido.

           O cd abre com a pesada Lie To Me. Com uma bateria marcada e um riff pesado, a nervosa faixa de abertura já entrega a categoria dos músicos. Os solos de Jaeder soam melódicos mas com uma pegada mais pesada, enquanto a cozinha se encarrega de caprichar nessa mesma linha. Os vocais de Marcelo se encaixam muito bem, mostrando uma bela interpretação. Na seqüência, Healing No More, com uma pegada mais hard e melódica, nos traz as influências dos anos 70 no som da banda. Destaque para o belo solo e o refrão bem acessível e de fácil assimilação. A versatilidade do vocal de Marcelo Frizzo é um dos destaques de Mindset. Uma composição muito bem arranjada, com riffs numa pegada mais simples, mas nem por isso "menores", deixam a faixa com uma cara mais rock. Road To Nowhere, a quarta faixa, traz belos riffs e um trabalho de baixo e bateria bem interessante, onde a pegada do baterista Loks Rasmunssen tem seu destaque. A pesada Free Men vem na seqüência. Carregada de riffs e com uma pegada bem heavy, os vocais também mostram versatilidade e fazem da faixa o grande destaque do trabalho. Além dos riffs, Jaeder manda ver em solos carregados de feeling.

            Time Allowed é uma faixa com mais variações e mostra a capacidade de composição do grupo. Com arranjos muito bem encaixados, a faixa transita em passagens por vezes mais pesadas, por vezes mais melódicas e simples. Mais peso é o que temos em A Friend That I've Lost. Com passagens que remetem as mais pesadas bandas de prog metal, a faixa se mostra novamente o belo entrosamento da cozinha, carregando numa pegada bem heavy. A seqüência pesada do álbum se mantém com a porrada Wrath Of The Soul. Riffs e solos cortantes são o destaque. Enjoy Your Life mostra a técnica e versatilidade dos músicos e me trouxe a mente a banda dos produtores do álbum. Semelhança com o som do Dr. Sin, mas que não traz nenhum demérito á banda, pois sua identidade e personalidade não sofrem nenhuma alteração. I Wanna Choose, traz uma pegada mais rock n' roll e antecede a longa faixa título. The Game of Fate, começa introspectiva e se torna mais pesada durante sua execução. Uma bela faixa de encerramento de um belo trabalho.

           O POP JAVALI mostra em seu segundo trabalho classe, bom gosto e uma qualidade acima da média do que se faz no cenário nacional. Músicos gabaritados, belas composições, arranjos muito bem elaborados, energia e vibração. Mas além de tudo, muito feeling. Uma música feita com alma. Isso faz de THE GAME OF FATE um dos melhores cds nacionais do estilo!



              
Sergiomar Menezes

           

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