segunda-feira, 16 de maio de 2016

AXECUTER - ANTHOLOGY



              Antes de mais nada é preciso esclarecer o seguinte: não espere encontrar neste cd, músicas com uma sonoridade moderna, atual. com influências industriais, arranjos pomposos, orquestrações, corais épicos. Não, aqui não tem nada disso. O que encontramos em ANTHOLOGY, lançado pela banda AXECUTER só pode ser definido de uma forma: Heavy Metal! Simples, direto e sem frescuras. Sem fazer nenhum tipo de concessão, o grupo traz uma coletânea de músicas lançadas anteriormente em vários formatos (vinil, k7, entre outros) de forma a completar o que já havia iniciado com seu primeiro trabalho, lançado em 2013 e intitulado Metal Invincible (precisa de mais alguma explicação?)

             Atualmente o grupo é formado por Danmented (guitarra e vocal), Rascal (baixo) e Vigo (bateria). Como aqui, as músicas abrangem várias épocas, algumas foram gravadas por outros integrantes. Surgido nas garagens, entre uma cerveja e outra, amigos decidiram formar uma banda, mas que resgatasse a sonoridade de grupos clássicos, da fase áurea do metal (leia-se anos 80). Por se tratar de uma coletânea, não há uma uniformidade nas gravações, pois como dito anteriormente, trata-se de um compilado de músicas já gravadas pela banda em outros formatos. Mas se a produção não é das mais sofisticadas, a energia e paixão que brota de cada riff, cada batida e cada vocal rasgado, compensa de forma brilhante.

             Bangers Prevail abre o cd já causando forte impacto. Riffs sujos, bateria veloz  ebaixo pulsante. A cara do metal '80. Um speed metal cheio de garra e energia, com um refrão pra bradar junto! The Axecuter tem uma atmosfera mais pesada, lembrando um pouco o que as bandas alemãs faziam naquela época (mas nem pensem em Helloween e adjacentes, o lance aqui é bem mais sujo e veloz). Ritual of Decibels é mais cadenciada, mas mantém o clima "true" sem perder a pegada. Em seguida, o primeiro cover (são quatro no total). Dominios of Death, vem para homenagear um dos grandes nomes do metal nacional, o Vulcano. Imprimindo sua personalidade, o grupo paga um belo tributo, não modificando a faixa em sua essência. Já em Innocence Is Our Excuse, temos de volta aquela veia old school, com forte influência da NWOBHM. Não á toa, o título da faixa. Blades of The Run tem riffs pesados, e uma cozinha que não fica atrás. Perfeita para aquela "air guitar", a faixa é um convite ao headbanging.

            Heavy Metal to The World é um cover do grupo americano Manilla Road e contou com a participação e benção do próprio Mark Shelton, autor da música. E ficou bastante adequada a todo o conceito que envolve o Axecuter. Na seqüência, temos duas faixas que já haviam aparecido. The Axecuter e Ritual of Decibels, mas aqui com uma qualidade de gravação um pouco inferior ás anteriores. E tome mais speed metal em Raise the Axe. Um dos grandes destaques do trabalho, a faixa é daquelas que deixa todo headbanger orgulhoso. Riffs diretos, bateria veloz e baixo "gordo". Sem muito mais á acrescentar. O encerramento vem com mais dois covers. O primeiro para a música Blackened Are The Priests, do Venom e que contou com a participação de Tony Dolan (The Demolition Man) e de Jeff Dunn (Mantas). E a segunda, para a música Blood and Iron, do Cirith Ungol, que ainda não havia sido lançada e aparece de forma inédita aqui.

           Como o Press release da banda diz, o AXECUTER foi criado por headbangers incuráveis que vivem o Heavy Metal diariamente. Sem se prender ás tendências atuais e longe de tudo que envolver a palavra "moda", o grupo mostra honestidade, personalidade e aquilo que falta pra muitos dentro do cenário atual: paixão pelo Heavy Metal!



        Sergiomar Menezes

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