sexta-feira, 22 de julho de 2016

HATEBREED - THE CONCRETE CONFESSIONAL




                 Com 23 anos de atividades e lançando seu 8° trabalho de estúdio, o HATEBREED nos entrega aquilo que sempre foi uma de suas marcas: porradaria de alta qualidade. Fazendo um som que mescla de forma direta o Hardcore NY e o peso do Thrash Metal, o grupo apresenta THE CONCRETE CONFESSIONAL, que chega ao Brasil via Shinigami Records/Nuclear Blast, e que na opinião deste que vos escreve, pode ser considerado um dos melhores trabalhos da carreira do grupo norte americano. Toda a fúria presente em seus trabalhos anteriores segue intacta, afinal, a experiência do grupo conta, e muito, ao fazermos essa análise.

                Jamey Jasta (vocal), Frank Novinec (guitarra), Wayne Lozinak (guitarra), Chris Beattie (baixo) e Matt Byrne (bateria) trazem em 13 músicas toda a fúria do hardcore NY, do thrash metal, do punk e porquê não dizer, do groove, com uma pegada bem atual. Produzido e masterizado por Zeuss, o trabalho foi mixado por Josh Wilburn e essa dupla deixou a sonoridade perfeita, pois as guitarras ficaram muito pesadas, enquanto baixo/bateria tiveram seu destaque. Tudo no lugar mas com uma dose extra de peso e "sujeira". A capa é mais um belo trabalho do brasileiro Marcelo Vasco, que vem sendo requisitado por grandes nomes do cenário mundial. Tudo isso só vem a corroborar que o Hatebreed tem em mãos mais um grande álbum!

                 Abrindo com a porrada A.D., o grupo já demonstra que veio com tudo. Velocidade alucinante com bases agressivas e brutais, onde as guitarras despejam riffs diretos. O vocal de Jamey Jasta segue a mesma linha de sempre, ou seja, intenso e agressivo. A variação com partes mais cadenciadas mostra o bom nível de composição da banda. Looking Down the Barrel of Today vem na seqüência e já começa com riffs fortes. O vocal nos remete diretamente á cena de Nova Iorque, pois traz aquele linha carregada de groove em algumas passagens. Mas os momentos velozes acabam se sobressaindo. Seven Enemies, pesada e cadenciada, é cheia de intensidade. Baixo e bateria ditam o ritmo, enquanto o vocal segue a linha HC/NY. As guitarras ganham destaque em In The Walls, pois os riffs são pesados e brutais. Mais uma vez, temos uma boa dose de velocidade por aqui. Em From Grace We've Fallen temos um andamento mais cadenciado, com as guitarras em destaque novamente. a dupla Frank Novinec e Wayne Lozinack está entrosada e coesa e isso fica evidente no que eles desenvolvem durante todo o álbum. Já Us Against Us, mesmo rápida e direta, mostra  atécnica e pegada do baterista Matt Byrne., que ao lado de Chris Bettie forma um acozinha pesada e agressiva.

                Something's Off inicia com um groove forte e as guitarras carregam uma doe extra de peso. Jamey Jasta varia um pouco seu vocal, mostrando que nem só de brutalidade se faz um vocal thrash/hardcore. Em Remember When a cozinha senta a mão. Que faixa pesada e insana! Alternando momentos velozes e outros mais cadenciados, a faixa é um dos destaques do álbum e tem as características que sempre permearam a carreira da banda. Slaughtered in Their Dreams tem linhas mais "melódicas" e traz solos muito legais, que alternam com os riffs mais diretos da faixa. The Apex Within traz backing vocals que logo de cara grudam na sua mente. Veloz e tipicamente hardcore, a faixa é envolvente. Escute e entenderá o que quero dizer. Walking the Knife traz guitarras mais amenas, mas o baixo e bateria se encarregam de pôr tudo no lugar, enquanto Jasta se dedica a entregar a fúria de sempre ás suas linhas vocais. Dissonance é mais uma daquelas faixas com forte ligação com o hardcore. E o encerramento com Serve Your Masters fecha de forma brilhante o trabalho, pois é uma faixa bem variada e muito intensa.

               O HATEBREED sempre foi um grupo que despertou interesse da maioria dos bangers por trazer uma mistura muito bem feita entre a agressividade do hardcore e o peso do thrash. neste excelente THE CONCRETE CONFESSIONAL, o grupo traz um ótimo trabalho de guitarras, uma dupla baixo/bateria pesados e brutais e o vocal de James Jasta que segue despejando fúria e intensidade. Sem dúvidas, um dos melhores trabalhos da banda!




             Sergiomar Menezes

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