quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

BROKEN JAZZ SOCIETY - GAS STATION (EP) (2016)



                     O Stoner Metal é um estilo que a cada dia se consolida mundo á fora. E no Brasil, isso não é diferente. O power trio mineiro BROKEN JAZZ SOCIETY é uma das provas dessa teoria. Tendo lançado seu álbum de estréia em 2014, intitulado Tales From Purple Land, o grupo mostra agora em 2016 seu mais recente trabalho, o EP GAS STATION, onde apresenta três composições, sendo duas inéditas e uma regravação do primeiro álbum. Buscando inspiração em nomes como Queens of The Stone Age, mas não esquecendo de ícones como Iron Maiden, David Bowie e até mesmo Mutantes, o trio nos entrega faixas bem elaboradas e com guitarras "sabbathicas".

                      Mateus Graffunder (vocal/guitarra), João Fernandes (baixo) e Felipe Araújo (bateria) buscaram uma nova sonoridade  se comparada ao trabalho de estréia, mais centrada nos sons da guitarra e também na distorção do baixo. Gravado por Ricardo Barbosa e mixado e masterizado por Gustavo Vasquez, o produção se mostra orgânica o que casa perfeitamente com o estilo adotado pela banda. E isso é bastante perceptível durante a audição do curto porém interessante EP.

                        Gas Station abre o trabalho trazendo as características mais marcantes do stoner. Guitarras a frente, por vezes arrastadas, andamentos ora cadenciados, ora mais rápidos, o que aliás, nos remete ao QOTSA, principalmente no estilo de composição e arranjo da faixa. Já Riot Spring (faixa regravada que faz parte do primeiro álbum), percebemos uma certa influência da cena alternativa dos anos 90. Um pouco introspectiva, a composição foge um pouco do estilo atual do grupo, o que por si só já demostra que a banda quer mesmo um novo direcionamento. O EP se encerra com a faixa Mean Machine, uma faixa que busca a fusão desses dois mundos, com até mesmo uma certa aura country em alguns momentos. 

                         Nos resta esperar pelo próximo álbum para conferirmos o direcionamento que o grupo vai seguir. Pela amostra que temos em GAS STATION, podemos esperar composições variadas e com uma pegada mais pesada. Vale conferir o trabalho do BROKEN JAZZ STATION.

       



  

                 Sergiomar Menezes

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