STRYPER
WHEN WE WERE KINGS
Shinigami Records - Nacional
WHEN WE WERE KINGS
Shinigami Records - Nacional
Uma das grandes injustiças cometidas no mundo do Heavy Metal, é lembrar do Stryper como “aquela banda crente”, ou “aqueles caras de amarelo e preto que cantam sobre Jesus Cristo e afins”... Errado não está, mas esta “pecha” atribuída ao quarteto californiano encobre e pode afastar os preconceituosos que acham que apenas o diabo indica boa música.
Formado em 1980 pelo irmãos Michael e Robert Sweet, o auge e reconhecimento do Stryper ocorreu na mesma década com álbuns de sucesso como “Soldiers Under Command” (1986) e “To Hell With The Devil” (1987). Após um hiato de mais de uma década, o grupo retornou em 2005 e desde lá vem lançando álbuns e fazendo turnês sem parar. Nos últimos 11 anos, são seis álbuns, sempre com uma qualidade acima da média.
Este novo “When Were Were Kings” é a sequência lógica do último trabalho da banda, “Final Battle”, lançado em 2022. A abertura com a faixa “End Of Days” faz o fã e conhecedor do Stryper abrir um sorriso, pois é o som característico da banda. O ouvinte desavisado, pode pensar tratar-se de uma faixa perdida do Judas Priest. As guitarras gêmeas de Michael Sweet e OZ Fox são uma aula de riffs e solos de bom gosto.
“Unforgivable” e a faixa título com grandes andamentos convidam para o “headbanging”, muito pelo andamento solido construído pela “cozinha” Robert Sweet/Perry Richardson ( ex-baixista do Firehouse). Robert Sweet tem, desde sempre, um dos melhores timbres de bateria do Metal mundial, isso é incontestável, escute e comprove.
Outros destaques: “Trinity”, uma faixa que poderia tranquilamente estar nos três primeiros álbuns da banda, com riffs e solos grandiosos, sem falar no poderoso vocal de Michael Sweet, que deixa todas as composições ainda mais fortes. "Rhime of Time”, andamento mais cadenciado e com refrão “cante junto”, enquanto “Rapture Of The Time” vem cheia de groove, lembrando algo do Extreme.
No início deste 2024, o Stryper lançou o acústico “To Hell With The Amps”, e a música “Grateful”, apesar de não ser neste formato, se encaixaria muito bem nos shows acústicos que promoveram o trabalho citado. Fechando o álbum temos “Imperfect World”, uma excelente peça de Heavy Metal, que demonstra toda a categoria do Stryper, onde todos os músicos demonstram sua classe, desde a “intro” de bateria até os solos finais.
Enfim, o Stryper, como de costume, entrega um excelente trabalho com “When Were The Kings”. O lançamento nacional é da Shinigami Records, e é altamente recomendável para os fãs de Heavy & Hard.
José Henrique Godoy
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