quinta-feira, 31 de outubro de 2024

Venda dos ingressos da edição de 30 anos do Monsters of Rock começará nesta sexta-feira!

 


Venda dos ingressos da edição de 30 anos do Monsters of Rock começará nesta sexta-feira!


Festival será realizado com sete monstros do rock no Allianz Parque

No dia 19 de abril de 2025, sábado, as lendas do hard rock e do heavy metal Scorpions, Judas Priest, Europe, Savatage, Quensrÿche, Opeth e Stratovarius vão se revezar no palco do Allianz Parque, em São Paulo, para celebrar os 30 anos do Monsters of Rock no Brasil, uma edição histórica, com produção da Mercury Concerts. E a venda dos ingressos já vai começar nesta sexta-feira, 1º de novembro, às 10 horas, na plataforma Eventim e uma hora depois, na bilheteria do estádio.

Os valores dos ingressos variam entre R$ 240 (meia entrada na Cadeira Superior) e R$ 2.800 (inteira no VIP Backstage Mirante) com a possibilidade de parcelamento em até 4 vezes, sem juros nas compras online e na bilheteria, e em até 10 vezes, com juros apenas nas compras online: www.eventim.com.br/monstersofrock2025. Meia entrada estudante e meia entrada idoso é limitada a uma por CPF.

Haverá dois tipos de espaços VIPs, mas sem visão direta dos shows. O Backstage Mirante, no sétimo andar, oferecerá open bar, open food, Kit Monsters (brinde exclusivo), estrutura própria de banheiros, chapelaria, loja de merchandising, acesso exclusivo à Pista Premium e after show de até duas horas após o término do festival. Já o Fan Zone, localizado no anel inferior, oferecerá duas opções, uma com acesso à Pista Premium e a outra para Cadeira Inferior. Ambas com acesso exclusivo, open bar, open food, Kit Monsters (brinde exclusivo), banheiros, loja de merchandising e after show de até uma hora após o término do festival.

A cerveja oficial da edição de 30 anos do Monsters of Rock é Eisenbahn, parceiro Monster Energy e os parceiros de mídia: UOL, Rádio Rock, Rádio KISS e Todo Dia Um Rock. Confira abaixo o serviço completo.

SERVIÇO Monsters of Rock 30 anos
Cidade: São Paulo
Data: 19 de abril de 2025 (sábado)
Local: Allianz Parque – Avenida Francisco Matarazzo, 1705 – Água Branca - SP
Portas: 10h
Início dos Shows: 11h45
Atrações Confirmadas: SCORPIONS, JUDAS PRIEST, EUROPE, SAVATAGE,
QUEENSRYCHE, OPETH e STRATOVARIUS
Classificação Etária: 14 (quatorze) anos desacompanhados. Menores de 14 (quatorze) anos poderão comparecer ao evento desde que acompanhados dos pais e/ou responsáveis legais. Informação sujeita à alteração, conforme decisão judicial.

INFORMAÇÕES DE VENDA

Mapa de Venda:




Preços                               Inteira                Meia


Pista Premium                   R$ 1.180,00      R$ 590,00


Pista                                   R$ 680,00         R$ 340,00


Cadeira Inferior                 R$ 780,00         R$ 390,00


Cadeira Superior                R$ 480,00        R$ 240,00


Backstage Mirante             R$ 2.800,00     R$ 2.210,00


Fanzone Pista Premium     R$ 2.400,00     R$ 1.810,00


Fanzone Cadeira Inferior   R$ 2.000,00     R$ 1.610,00




VIP – Backstage Mirante

Esta área é para aqueles que procuram uma experiência mais premium:

Open Bar Open Food Premium no Backstage Mirante.

Kit Monsters

Acesso exclusivo

Banheiros exclusivo

Loja de Merchandising exclusiva

After show até 2 horas após o término do Festival


Assistir o show na Pista Premium com acesso livre para o Backstage Mirante durante o festival (Obs. O Lounge Backstage Mirante, localizado no sétimo andar do estádio, não possibilita visão direta do show).


Valores


Ingresso inteira R$ 1.180,00 Ingresso meia R$ 590,00


Mirante Backstage Pack R$ 1.620,00 Mirante Bakstage Pack R$1.620,00


Valor inteira: R$ 2.800,00 Valor meia: R$ 2.210,00


*A taxa de serviço será cobrada apenas sobre o valor do ingresso.


VIP – Fanzone


Esta área é para aqueles que procuram uma experiência premium:


Open Bar Open Food Premium.


Kit Monsters


Acesso exclusivo


Banheiros exclusivo


Loja de Merchandising exclusiva


After show até 1 hora após o término do Festival


Assistir o show na Pista Premium ou Cadeira Inferior com acesso livre para o Fanzone durante o festival


Obs: O Fanzone, é localizado no anel inferior do estádio, não possibilita visão direta do show, você pode optar por assistir ao show da Pista Premium ou da Cadeira Inferior


Valores (Pista Premium)


Ingresso inteira R$ 1.180,00 Ingresso meia R$ 590,00


Fanzone Pack R$ 1.220,00 Fanzone Pack R$ 1.220,00


Valor inteira: R$ 2.400,00 Valor meia: R$ 1.810,00


*A taxa de serviço será cobrada apenas sobre o valor do ingresso.


Valores (Cadeira Inferior)


Ingresso inteira R$ 780,00 Ingresso meia R$ 390,00


Fanzone Pack R$ 1.220,00 Fanzone Pack R$ 1.220,00


Valor inteira: R$ 2.000,00 Valor meia: R$ 1.610,00


*A taxa de serviço será cobrada apenas sobre o valor do ingresso


Mais informações em http://monstersofrock.com.br/


Abertura de vendas pela Internet:


Online: Dia 01 de novembro (sexta-feira), às 10h www.eventim.com.br/monstersofrock2025


Bilheteria Oficial: Dia 01 de novembro (sexta-feira) às 11h


Bilheteria Oficial – Sem Cobrança de Taxa de Serviço:


ALLIANZ PARQUE – BILHETERIA B - APENAS NO DIA 01 DE NOVEMBRO


Endereço: Av. Francisco Matarazzo, 1705 – Portão B - Água Branca - São Paulo/SP Funcionamento: de terça a sábado das 10h às 17


*Não há funcionamento em feriados, emendas de feriados, dias de jogos ou em dias de eventos de outras empresas.


ALLIANZ PARQUE – BILHETERIA A - APÓS O DIA 01 DE NOVEMBRO - MEDIANTE DISPONIBILIDADE


Endereço: Rua Palestra Itália, 200 – Portão A – Perdizes - São Paulo/SP


Funcionamento: de terça a sábado das 10h às 17h


*Não há funcionamento em feriados, emendas de feriados, dias de jogos ou em dias de eventos de outras empresas.


A Taxa de “Facility Fee”, ou Taxa de Administração (ADM), no valor de R$ 20,70 (vinte reais e setenta centavos), é cobrada pela empresa WT30 INTERMEDIAÇÃO DE NEGÓCIOS S.A. - CNPJ/MF sob o nº 30.066.988/0001-52, que detém a exclusividade na gestão da programação de eventos na Arena Allianz Parque, independentemente de setor ou tipo de ingresso, nas vendas online ou qualquer canal presencial, não tendo a produtora do evento qualquer responsabilidade por esse valor.


Parcelamento


Em até 4x sem juros nas compras online e na bilheteria.


Em até 10x com juros apenas online.


MEIA-ENTRADA E INGRESSOS PROMOCIONAIS


Confira em https://www.eventim.com.br/meiaentrada as leis de meia-entrada, identificando quem tem direito ao benefício e os documentos comprobatórios.


Para maiores informações sobre os horários de funcionamento e as formas de pagamento de cada ponto de venda, por favor consulte:


* Sujeito a cobrança de taxa de serviço


https://help.eventim.com.br/hc/pt-br/articles/4413851605015


ATENÇÃO


Os ingressos de estudantes estão limitados a um ingresso por CPF Os ingressos de idosos estão limitados a um ingresso por CPF


[ATENÇÃO]: NÃO NOS RESPONSABILIZAMOS POR INGRESSOS COMPRADOS FORA DOS PONTOS DE VENDAS OFICIAIS DA EVENTIM.


PARA CONSULTAR OS ENDEREÇOS OFICIAIS VISITE:


* Sujeito a cobrança de taxa de serviço


https://help.eventim.com.br/hc/pt-br/articles/4413851605015













BLITZKRIEG - BLITZKRIEG (2024)

 


BLITZKRIEG
BLITZKRIEG
Mighty Music - Importado

Brian Ross definitivamente é uma lenda do Heavy Metal inglês. Se por um lado, ele não chegou ao “mainstream” do estilo, ele pode ser o “culpado” por colocar no mapa e nos corações dos fãs da NWOBHM duas bandas seminais: Satan e Blitzkrieg. E ele ainda tem tempo para ter um Alice Cooper cover, batizada como Alice Cooper´s Nightmare.

Interessante que ainda neste mês eu resenhei aqui para o Rebel Rock o novo trabalho do Satan, “Songs In Crimson”. A diferença primordial entre as duas bandas é que Satan é praticamente a formação clássica, enquanto com o Blitzkrieg, Ross é o único membro original. Mas não se engane, as duas bandas tem sonoridades bem distintas.

Enquanto no Satan, o som é mais “engessado”, tradicional e dentro da velha e eficaz fórmula oitentista, o Blitzkrieg arrisca mais na criatividade e inclusão de alguns outros estilos como o Power Metal e alguns toques de Classic Rock, porém sem perder o espirito Heavy Metal por nenhum segundo sequer.

Desde os riffs de abertura, ao arpejo neoclássico, até aquele grito em “You Won’t Take Me Alive” você já sabe que vai estar ouvindo um álbum de alto nível. "The Spider” dá a sequência. Essa é uma faixa mais rápida, com muitos riffs legais e o refrão é realmente cativante. O solo é simplesmente insano. “Dragon’s Eye” completa o trio de abertura com uma faixa de metal épico, quase Power Metal.

As melodias e vocais de “Vertigo” são outro destaque deste trabalho. Esta faixa soa mais “Power Metal" ainda, mas ao estilo europeu de ser, com direito a solo de teclado. “Above the Law” é uma faixa de metal melódico de ritmo médio que tem um ótimo refrão e solos emocionantes. Aqueles solos típicos que você decora ao ouvir, como se fosse “uma música dentro da música”. “High-Aphrodite’s Kiss” fecha o trabalho com o clima mais épico possível. Esta é uma faixa épica de ritmo mais lento, com muita melodia e emoção, com a voz de Ross soando mais forte do que nunca. Ela flerta muito também com algo Progressivo.

Eu achei muito interessante, Brian Ross lançar praticamente de maneira simultânea, álbuns das duas bandas que o fizeram ser conhecido. Assim, foi possível analisar as duas bandas diferentes em momentos atuais. Que Brian Ross continue por muito tempo ainda na estrada. Se eu tivesse que votar em qual dois dois álbuns gostei mais, voto neste álbum autointitulado do Blitzkrieg, que é um dos álbuns de heavy metal mais fortes lançados este ano. Altamente recomendado!

José Henrique Godoy




DREAM EVIL - METAL GODS (2024)

 


DREAM EVIL
METAL GODS 
Shinigami Records/Century Media - Nacional

Confesso que nunca fui profundo conhecedor e menos ainda apreciador do Dream Evil. A não ser pela clássica “The Book Of Heavy Metal” (e quem não conhece esta, não é mesmo?), a banda sempre me passou batida e, até por um certo preconceito meu, nunca dei a devida atenção à eles.

Porém, sempre achei interessante, ao ler algumas entrevistas dos integrantes em que sempre deixaram claro que além de uma banda de Heavy Metal, eles são fãs devotos do estilo e sempre que possível, pagaram tributo aos seus heróis e principais influências.

Metal Gods” o sétimo álbum de estúdio do grupo, é mais uma demonstração dessa atitude. A faixa título já fala por si só, aquele heavy metal cadenciado e pesado, com uma letra que evoca os maiores nomes do Metal Tradicional, como Iron Maiden, Judas Priest e Manowar, entre outros. Uma puta faixa de abertura, e os metaleiros “jovens a mais tempo”, como este que voz escreve, se identificarão com a letra da música.

A produção é excelente, cristalina e pesada, e dá brilho ao quinteto. “Chosen Force” tem um “quê” de Dokken, pesada “pero no mucho”, com excelentes riffs e solos da dupla de guitarristas Fredrik Nordström e Markus Fristedt. “The Tyrant Dies At Dawn” inicia com aquele coro “grito de guerra” e depois descamba para a vibe totalmente Power Metal, uma faixa bem comum, apesar de demostrar toda a qualidade do vocalista Niklas Isfeldt. O estreante baterista Sören Fardvik demonstra ao que veio, numa performance excelente, não apenas nesta faixa, mas como em todo o trabalho. Completa o time o discreto porém correto baixista Peter Stålfors.

“Lightning Strikes”, com um título pra lá de batido, mas uma música bem “priestiana”. “Fight in The Night” segue a mesma escola, mas com mais força e um refrão que vai te pegar de jeito. Não à toa, minha faixa preferida. “Master Of Arms” é totalmente Accept clássico, e também uma das melhores faixas. ”Insane” se aproxima mais uma vez do Hard/Heavy oitentista, algo que o Scorpions teria feito à época.

“Night Stalker” não é cover do AC/DC, mas tem conexão com a mesma faixa do “Highway To Hell”, álbum de 1979 dos australianos. A letra conta a história do psicopata Richard Ramirez, que por se dizer fã do AC/DC, foi associado à última faixa do último álbum gravado com Bon Scott. E “Metal Gods” fecha com a semi-balada “Y.A.N.A.”, que se não compromete, não acrecenta e poderia ter sido dispensada.

O Dream Evil não é nada original e nem quer ser. E ta,mém nem precisa, basta seguir suas clássicas influências, pois consegue entregar um muito bom trabalho neste “Metal Gods”, que vai agradar a todos os fãs do Metal Tradicional/Power Metal. Lançamento nacional Shinigami Records.

José Henrique Godoy




sexta-feira, 25 de outubro de 2024

EDIÇÃO HISTÓRICA DOS 30 ANOS DO MONSTERS OF ROCK REÚNE LINE UP IMBATÍVEL!

 


Os fãs pediram e a Mercury Concerts aceitou o desafio – produzir o melhor Monsters of Rock de todos os tempos, para celebrar os 30 anos do festival. A oitava edição será realizada em 19 de abril, em São Paulo, com um lineup imbatível. Será uma experiência inigualável com mais de doze horas do mais puro hard rock e heavy metal com os co-headliners Scorpions, Judas Priest, mais Europe, Savatage, Queensrÿche, Opeth e Stratovarius! A venda dos ingressos vai começar em 1º de novembro, sexta-feira. Maiores informações em breve.

Somados, são mais de 100 álbuns de estúdio, centenas de clássicos e mais de 300 anos de estrada! Três das atrações vão tocar no Monsters pela segunda vez: Scorpions, Judas Priest e Queensrÿche. Nesta edição, o festival marcará a aguardadíssima volta do Savatage, após um hiato de uma década.

 

LENDA DO ROCK

Scorpions dispensa apresentações. Já se passaram 60 anos desde os dias em que os jovens Klaus Meine (vocalista), Rudolf Schenker (guitarrista e compositor) e Matthias Jabs (guitarrista) vagavam pelas ruas de Hannover (Alemanha), no pós-guerra, com um carrinho de mão carregando os instrumentos e amplificadores. Durante essas seis décadas, eles se tornaram a banda de rock mais bem-sucedida da Alemanha, ou melhor, da Europa Continental. Em maio, receberam da revista alemã Metal Hammer, o título de Banda Lendária, que os dá o status de lendas do rock. Scorpions é um dos pilares do heavy metal e tem o poder de reunir gerações de fãs desde a década de 1960. Entre as centenas de clássicos forjados desde 1965, três deles se transformaram em verdadeiros hinos: "Wind of Change", "No One Like You” e "Rock You Like a Hurricane", esta última já foi regravada mais de 150 vezes por diferentes músicos em todo mundo.
 
Os fãs brasileiros têm verdadeira paixão por esse banda que foi uma das atrações do Monsters of Rock em 2023. E para a edição 2025, eles preparam um show inesquecível, com os grandes sucessos e as novas canções do mais recente álbum Rock Believer. Além dos três fundadores, a banda de Hanover é formada também pelo baixista Pawel Maciwoda e Mikkey Dee, um dos melhores bateristas de heavy metal do mundo.


DEUS DO METAL

O grupo mais influente do heavy metal de todos os tempos, Judas Priest também vai se apresentar pela segunda vez no festival, a primeira foi em 2015. Rob Halford (vocalista), Ian Hill (baixo), Andy Sneap (guitarra), Scott Travis (bateria) e Richie Faulkner (guitarra) lançaram, em março, o 19º álbum de estúdio Invincible Shield, e saíram em turnê nos Estados Unidos. Esse trabalho celebra os mais de 50 anos do Judas e 50 milhões de discos vendidos. O novo trabalho já bateu mais de 15 milhões de downloads e mostra toda a potência da banda, quem em 2022 entrou para o Rock & Roll Hall of Fame.

"Painkiller", "Victim Of Changes", "Breaking The Law", "Electric Eye" e "Exciter" são alguns dos sucessos, que os fãs de todas as idades sabem de cor, e poderão ter a oportunidade de ver em São Paulo. Além disso, vão conferir de perto a lenda Rob Halford, um dos maiores vocalistas de metal de todos os tempos, que recebeu o apelido de Deus do Metal, da mídia especializada. Rob costuma entrar no palco de modo triunfal, com sua Harley-Davidson antes de “Hell Bent For Leather”, sua marca registrada desde os anos 1970.


HARD ROCK SUECO

Com quatro décadas de estrada e dezenas de milhões de álbuns vendidos, Joey Tempest (vocais), John Norum (guitarras), Mic Michaeli (teclados), John Leven (baixo) e Ian Haugland (bateria) vão estrear no Monsters of Rock em grande estilo. Aliás, em 2023, Europe iniciou a turnê mundial "Time Capsule" para celebrar os 40 anos e os 11 álbuns de estúdio lançados. Tudo começou em um pequeno subúrbio de Estocolmo (Suécia), quando Joey e John se conheceram e formaram a banda Force. Eles gravaram suas primeiras demos quando tinham 16 e 17 anos. As gravadoras os rejeitaram, dizendo que "as guitarras eram muito altas e seus cabelos, muito longos". Já com o novo nome Europe, eles provaram que todos estavam errados. Desde o segundo álbum Wings of Tomorrow (1984), a banda sueca  Europe começou a chamar atenção, e estourou em todo o mundo com The Final Countdown (1986). Esta canção bateu 1 bilhão de views no YouTube em 2022, com o vídeo postado em 1986, tornando o Europe, a primeira banda sueca a atingir essa marca. E com o álbum Walk The Earth (2018), que foi gravado no famoso Abbey Road Studios em Londres, a banda ganhou pela primeira vez o Grammy sueco.


VOLTA TRIUNFAL

O Monsters of Rock 2025 marcará a volta do Savatage, após um hiato de uma década dos palcos, com John Lee Middleton (baixista), Zak Stevens (vocalista), Chris Caffery (guitarrista), Jeff Plate (baterista) e Al Pitrelli (guitarrista). Fundada pelos irmãos Criss (guitarra) e Jon Oliva (tecladista e vocalista) em 1979, em Tampa, nos EUA, eles conseguiram gravar o primeiro álbum em 1983. No entanto, quando viviam um ótimo momento, Criss foi vítima fatal de um acidente em 1993. Onze meses depois, a banda lançou o sétimo álbum, Handful of Rain, um trabalho em homenagem ao Criss, que era considerado por todos um guitarrista fenomenal. Em mais de 20 anos de estrada e excelência musical, onze álbuns inovadores e centenas de turnês mundiais, o Savatage se tornou referência do metal, com sua mistura única de thrash, progressivo, power metal e hard rock. E os fãs vão poder finalmente conferir a volta dessa banda icônica exatamente nesta edição de 30 anos do Monsters.



CRIATIVIDADE

Também um veterano do festival, Queensrÿche, que já vendeu mais de 30 milhões de discos, se apresentará no palco do Monsters pela segunda vez, a primeira foi em 2013. A banda de metal surgiu em 1982, nos EUA, com o lançamento de EP Queensrÿche de quatro faixas. Eles rapidamente ganharam reconhecimento e iniciaram turnês internacionais com apresentações lotadas. O primeiro álbum, The Warning, foi lançado em 1984. Quatro anos depois veio Operation: Mindcrime, que se tornaria um dos 10 discos conceituais mais vendidos de todos os tempos. Já com Empire, em 1991, a banda foi indicada ao Grammy e ganhou o prêmio “Escolha do Espectador” da MTV, pelo hit número 1 nas paradas “Silent Lucidity”. Nessa jornada, foram dezenas de turnês mundiais, onze discos de ouro e platina, e vários Top 10 do Hard Rock. Agora, Casey Grillo (bateria), Michael Wilton (guitarra), Todd La Torre (vocalista), Mike Stone (guitarrista) e Eddie Jackson (baixista) afirmam estar na melhor forma, “no meio de um ressurgimento criativo de cair o queixo”.


SOMBRIO E PESADO

A banda sueca Opeth está na estrada há três décadas. Formada por Mikael Åkerfeldt (compositor e vocalista), Fredrik Åkesson (guitarrista), Martin Mendez (baixista), Joakim Svalberg (tecladista) e Waltteri Väyrynen (baterista), é conhecida por surpreender os fãs com trabalhos cada vez melhores. O mais recente álbum, 14º de estúdio, The Last Will & Testament, é o mais sombrio e pesado de todos os discos e traz algumas das músicas mais selvagens e imprevisíveis de todas que Mikael Åkerfeldt já escreveu. Inclusive Joey Tempest, o vocalista do Europe, faz uma participação neste álbum. No Monsters não será diferente, prometem surpreender a audiência com seu metal progressivo inconfundível.


 MESTRES DO METAL MELÓDICO

Considerados os deuses do metal melódico, o Stratovarius vai abrir o 8º Monsters of Rock. Quase 40 anos depois do início da banda em Helsinque (Finlândia), os mestres do metal melódico lançaram o álbum mais sincero e épico até hoje, o poderoso “Survive” (2022). O título diz tudo. A banda é formada por Timo Kotipelto (vocais), Jens Johansson (teclados), Matias Kupiainen (guitarrista), Lauri Porra (baixista) e Rolf Pilve (baterista). Além das canções desse álbum, a banda pode mesclar sucessos como “Black Diamond", "Hunting High and Low", "Speed of Light" e "Eagleheart".


30 ANOS DE ROCK

Há momentos em que, sem saber, você se torna testemunha da história. Um deles é ter participado do primeiro Monsters of Rock, em um Estádio do Pacaembu lotado, há 30 anos, em 27 de agosto de 1994! Um ano revolucionário. Ano do nascimento do www (world, wide, web), a primeira página na internet; dos primeiros celulares – os tijolões.

O primeiro Monsters of Rock teve oito atrações de peso, em doze horas inesquecíveis com: KISS, Slayer, Black Sabbath, Suicidal Tendencies, Viper, Raimundos, Angra e Dr. Sin. Somando as oito edições deste lendário festival de rock, cerca de 700 mil pessoas mergulharam em uma experiência contagiante, de som, luz, muita energia e paz. Confira o lineup de todas as edições abaixo.

 

MONSTERS OF ROCK NO BRASIL

1º Monsters of Rock – 27/08/1994- Pacaembu, na capital paulista, com oito atrações: KISS, Slayer, Black Sabbath, Suicidal Tendencies, Viper, Raimundos, Angra e Dr. Sin. Inovação: primeiro festival temático no Brasil. Teve cobertura ao vivo da MTV Brasil.

 

 2º Monsters of Rock – 02/09/1995 – Pacaembu, na capital paulista, com nove atrações: Ozzy Osbourne, Alice Cooper, Faith No More, Megadeth, Therapy, Paradise Lost, Virna Lisi, Clawfinger e Rata Blanca. Inovação: primeiro festival de rock no Brasil com Home Page própria, uma produção Mercury Concerts e Water Brothers Productions – para isso foi investido, inicialmente, US$ 35 mil. O site era uma revista eletrônica com muito conteúdo das atrações: reportagens, vídeos e fotos. Os shows foram transmitidos ao vivo e os artistas conversaram com os “internautas” em tempo real.

 

3º Monsters of Rock – 24/08/1996 - Pacaembu, na capital paulista, com nove atrações: Iron Maiden, Skid Row, Motörhead, Biohazard, Raimundos, Helloween, King Diamond, Mercyful Fate e Héroes del Silencio. E uma edição no Rio de Janeiro, no Metropolitan, com três atrações: Iron Maiden, Skid Row, Motörhead.

 

 4º Monster of Rock – 26/09/1998 – Estádio de Atletismo Ícaro de Castro, no Ibirapuera, na capital paulista, com nove atrações: Slayer, Megadeth, Manowar, Dream Theater, Saxon, Savatage, Glenn Hughes, Korzus e Dorsal Atlântica.

 

5º Monsters of Rock – 19 e 20/10/2013 – Arena Anhembi, na capital paulista, com 15 atrações em dois dias de festival No dia 19: Slipknot, Korn, Limp Bizkit, Killswitch Engage, Hatebreed, Gojira e Hellyeah; no dia 20: Aerosmith, Whitesnake, Ratt, Buckcherry, Queensrÿche, Dokken, Dr Sin e Doctor Pheabes.

 

6º Monster of Rock – 25 e 26/04/2015 – Arena Anhembi, na capital paulista, com 15 atrações: KISS, Judas Priest, Ozzy Osbourne, Yngwie Malmsteen, Manowar, Steel Panther, Unisonic, Doctor Pheabes, Accept, La Tierra, Primal Fear, Coal Chamber, Rival Sons e Black Veil Brides. Motörhead cancelou a apresentação na última hora (Lemmy teve uma crise gástrica).

 

7º Monster of Rock – 22/04/2023 – Alianz Parque, na capital paulista, com sete atrações: KISS, Scorpions, Deep Purple, Helloween, Candelmass, Symphony X e Doro. 

 

SOBRE A MERCURY CONCERTS

A Mercury Concerts é responsável pelo agenciamento de turnês internacionais na América Latina e também pela idealização e produção de shows e festivais de grande sucesso em todo o Brasil. Entre suas realizações nesses 30 anos de história estão festivais como Monsters of Rock, Ruffles Reggae, Close-up Planet, Skol Rock, São Paulo Trip e Rockfest. Além disso, a Mercury realizou no país shows e turnês de artistas de renome como AC/DC, Bon Jovi, Yes, Black Sabbath, David Gilmour, Sting, KISS, Guns N' Roses e Aerosmith.

 

Mais informações:

Site oficial: https://mercuryconcerts.com/

Redes Sociais: @mercuryconcerts @monstersofrockbr


terça-feira, 22 de outubro de 2024

IMMOLATION - KINGDOM OF CONSPIRACY (2013 - RELANÇAMENTO 2024)

 


IMMOLATION
KINGDOM OF CONSPIRACY  (2013 - 2024)
Shinigami Records/ Nuclear Blast - Nacional

O que falar do relançamento de Kingdom of Conspiracy do Immolation?
Uma das bandas mais regulares do cenário death metal mundial, aqui já no seu nono álbum de estúdio, os americanos, dotados de um entrosamento ímpar e um amadurecimento invejável nas composições, repetem a fórmula de produção que perdura até os dias de hoje, desde 1999 gravando com Paul Orofino que permite que a banda de Nova York soe de forma pesada, embora limpa e totalmente audível, mesmo em suas passagens mais brutais.

Já na faixa de abertura, que dá nome ao petardo inclusive, o Immolation já é tecno death metal, mesmo sem ser esse o rótulo mais apropriado! "Bound to Order" e "Keep the Silence" são exemplos disso, arranjos realmente complicados com variações de andamento e versatilidade, "God Complex" começa brutal e veloz. É impressionante como a banda transita entre todos os subgêneros do death metal de forma tão natural, talvez uma vida tocando junto fez com que Ross Dolan e Robert Vigna, tocando na banda desde o primeiro álbum de 1996 alcançassem essa sintonia junto com o guitarrista Bill Taylor e o incrível baterista Steve Shalaty, esse time já a mais de 20 anos tocando junto.

Todas as faixas nos trazem um Immolation coeso, técnico e criativo, talvez por se tratar de um álbum conceitual, algumas músicas deixam escapar um ar sombrio e depressivo, já que as letras tratam das realidades do nosso mundo atual sob uma visão muito pessimista.

Ao longo de toda a audição fica impossível não elogiar as passagens de solos, hora muito rápidos, hora com muito feeling, mostrando que nem só de velocidade vive o death metal.

A décima faixa "All That Awaits Us", fecha esse trabalho de forma magistral, trazendo um resumo de tudo que o álbum representa, passagens rápidas variadas com lentas, trampo de guitarras sensacional e uma cozinha em perfeita sintonia. Kingdom of Conspiracy apenas reforça a posição do Immolation como uma das bandas mais constantes em produzir bons álbuns da cena death metal mundial.

Márcio Jameson Kerber




CRADLE OF FILTH - HAMMER OF THE WITCHES (2015 - RELANÇAMENTO 2023)

 


CRADLE OF FILTH
HAMMER OF TEH WITCHES (2015 - 2024)
Shinigami Records/Nuclear Blast - Nacional

O Cradle of Filth é daquelas bandas que conseguem estabelecer pontes entre melodias marcantes, agressividade Black Metal (muito pela linha vocal única do mentor Dani Filth) e uma aura vampírica muito própria e com muita identidade em cada trabalho proposto pelos ingleses.

No caso aqui do excelente “Hammer of the Witches”, nos traz uma egrégora de magia, paganismo e atmosferas vindas diretamente de Salém do século XV, através de linhas marcantes e atmosféricas e com a velocidade e agressividade usual da banda.

Lançado pela Nuclear Blast em 2015, o relançamento chega por aqui através da parceria com a Shinigami Records, e conta com a produção de Scott Atkins e a belíssima capa de Arturs Berzins. A intro "Walpurgis Eve" prepara o caminho para a pedrada certeira de "Yours Immortally" ...lembrando clássicos como "Born in a Burial Gown", bastante marcante.

A excelente "Enshrined in Crematoria" não menos agressiva, relata a experiência dolorosa de ser uma considerada bruxa nas masmorras de tortura dos inquisidores, temos aqui soberbas linhas de guitarra que remetem a Dissection e Unanimated, e clima convidativo.

A seguir, na minha opinião uma das melhores canções da banda, "Deflowering the Maiden Head, Displeasuring the Godess"... a letra é profética e até mesmo atual, a Deusa Gaia nos punirá com desastres e epidemias ao nosso desrespeito para com sua criação... riffs inspirados e remetendo a metal tradicional até, nas partes menos rasgadas Dani Filth lembra até mesmo Dee Snider em seus vocais.

Voltando às guitarras, os estreantes até então Richard Shaw e Mereck Ashock Smerda (Root) fazem um magnífico trabalho inspirado e a altura da identidade de seu antecessor, Paul Allender, e não deve ter sido nada fácil. A próxima, a seminal "Blackest Magic In Practice", tem tudo para virar um clássico da discografia da banda, linhas marcantes vocais da também estreante Lindsay Schoolcraft (passando pelo Cruelty and the Beast aqui e ali) riffs inspirados e clima tétrico. Um dos pontos altos do disco, rendeu um clip oficial para a banda.

A intro "The Monstruos Sabbat (Summoning the Coven)" prepara o clima para a faixa título. "Hammer of the Witches" é igualmente destaque por linhas melódicas muito interessantes, atmosferas bem intensas, com mais uma vez os vocais de Lindsay se destacando e criando igualmente uma atmosfera pagã, em uma época em que vidas eram julgadas pelo Malleus Malleficarum e seu legado de trevas e perseguições...

"The Vampyre in my Side" nos remete a clássicos como "Her Ghost in the Fog" do excelente Midian, um clima inspirado , instrumental preciso, faz uma conexão bem interessante com a fase de "From the Cradle to Enslave" e sua atmosfera direto das florestas de Carpatthia. "Right Wing of the Garden Triptych" é muito boa igualmente, agressiva e melancólica, bem a cara do Cradle , outro clip oficial da banda. Em resumo, é um disco inspirado, agradou em cheio aos fãs da banda, sendo melhor que seu antecessor de 2011, o mediano "The Manticore and Other horrors", e talvez, arrisco a pensar que é o melhor desde "Bitter Suites to Succubi" sem cover de Sister of Mercy desta vez, inova em sua temática e se afasta um pouco de Lovecraft..

Remete igualmente a clássicos já citados como o excelente "Dusk and Her Embrace", "Midian " e "From the Cradle..." Elementos tradicionais da banda, riffs de alto nível , cozinha competente, Dani não sai muito de sua zona de conforto nas vozes, tecnicamente falando, e tem tudo pra ser um clássico da banda.

Gustavo Jardim




RICHIE KOTZEN - NOMAD (2024)

 


RICHIE KOTZEN
NOMAD
BMG - Nacional

Richie Kotzen dispensa apresentações. É simplesmente um dos guitarristas mais espetaculares do rock, além de ótimo vocalista e compositor. “Nomad” é o seu novo trabalho, o primeiro pela gravadora BMG, e poucas vezes um título fez tanto jus ao que escutamos no álbum.

Para quem já é familiarizado com o trabalho de Kotzen, não se surpreenderá com a variedade de estilos que se encontram às vezes dentro de uma mesma composição. Hard Rock, Fusion, Jazz, R&B, Funk e Rock n' Roll, tudo num pacote muito bem “embrulhado” e produzido. Outra “não-novidade” é que Kotzen grava praticamente tudo no álbum, ou seja, em estúdio ele é um "one-man-band" completo.

Começando o passeio musical, temos a ótima faixa mais rockeira do álbum “Cheap Shots”, que lembra de longe algo que o KISS poderia fazer nos anos 70, enquanto “These Doors” se aproxima mais de um rock/pop, vai agradar quem curte Steely Dan, e aquela sua linha pop com elementos de pura maestria instrumental.

“insomnia” entra numa levada Funk-Rock, enquanto “Nomad” é puro Jazz-Rock. O vocal de Kotzen, como sempre dá um toque ainda mais classudo às canções. “Escape” tem um quê de Rolling Stones, porém com a marca registrada do guitarrista, e um refrão excelente. “On the Table” é mais uma com os dois pés no Rock clássico, e um riff matador e o melhor refrão do álbum, é aquela que fica na memória por tempos depois de finalizar a audição.

“This is a Test” é a balada acústica, com o selo qualidade Kotzen, e finalizando o trabalho, temos a faixa “Nihilist”, uma verdadeira “quebradeira”: Soul Music anos setenta encontra rock progressivo que encontra o fusion. De tirar o fôlego! Enfim, como podem perceber, Richie Kotzen é um “Nômade” musical, mudando de estilo aqui e ali, de uma faixa para a outra, mas o mais importante, nunca deixando de colocar sua marca e qualidade. Mais uma vez, um grande trabalho.

José Henrique Godoy




quinta-feira, 10 de outubro de 2024

SATAN - SONGS IN CRIMSON (2024)

 


SATAN
SONGS IN CRIMSON
Metal Blade Records - Importado

A banda britânica Satan é responsável por um dos álbuns mais cultuados da New Wave Of British Heavy Metal, o mais que clássico “Court In The Act”, lançado em 1983. De lá pra cá, entre idas e vindas, o grupo se manteve ativo e lançando álbuns que, se não chegaram nem perto do clássico trabalho citado, pelo menos não decepcionou nenhuma vez.

E segue assim, com “Songs In Crimson”, lançado agora em Setembro/2024. Impressionante que a banda foi formada em 1979 e tem apenas sete álbuns na sua discografia. Muito disso se dá por conta do excelente e lendário vocalista Brian Ross ser muito atuante também na não menos lendária banda Blitzkrieg e também alguns longos períodos “sabáticos” que a banda se deu o direito.

Desde o seu retorno em 2011 com a formação clássica, o Satan seguiu sem interrupções e nos entrega, através do selo Metal Blade, o novo trabalho. O que temos aqui é, antes de mais nada, um testemunho honesto de puro Heavy Metal.

O Já citado Brian Ross, os guitarristas Steve Ramsey e Russ Tippins, o baixista Graeme English e o baterista Sean Taylor não estão nem um pouco preocupados se irão soar datados. Ao escutar “Songs In Crimson”, temos a nítida impressão de que as composições são feitas com o coração e alma de quem realmente acredita e ama o Heavy Metal tradicional.

A sonoridade do álbum tem, propositalmente esta aura “old school” e orgânica, onde a produção se apresenta crua e não tão cristalina e “esterilizada” como podemos ver na maioria dos lançamentos atuais. Esse aspecto é mais um ponto que torna este novo trabalho do Satan muito interessante.

Destacando algumas faixas, “Frantic Zero”, a abertura, é uma ótima entrada para o álbum. A música é furiosa com ótimas alterações de andamento e com solos emocionantes. Podemos dizer que é uma faixa que é exemplo de metal tradicional.

Visível também a influência do Heavy Rock setentista em faixas como “Whore Of Babylon” e do rock progressivo em “Curse in Disguise”. Destaque total para o incrível trabalho vocal de Brian Ross, que alterna vocais hora operísticos, hora fantasmagóricos, mas sempre com categoria de um cantor que merecia muito mais reconhecimento do que tem.

A audição de “Songs in Crimson“ é extremamente prazerosa para os amantes do metal tradicional. Obviamente não vamos cometer a injustiça de compará-lo com “Court In The Act”. Mas caso você seja fã da banda e fã de uma das épocas mais prolíficas da história do Heavy Metal, vai gostar muito deste álbum. Satan is Metal!!

José Henrique Godoy




BENEDICTION - TRANSCEND THE RUBICON (1993 - RELANÇAMENTO 2024)

 


BENEDICTION
TRANSCEND THE RUBICON
Shinigami Records/ Nuclear Blast - Nacional

Existem álbuns que merecem as alcunhas de “Clássico Absoluto”, “Obra Prima” e “Trabalho Definitivo”. Sem dúvida alguma, “Transcend the Rubicon" está entre estes trabalhos. Lançado pelo Benediction em Agosto de 1993, é um trabalho que até hoje é reverenciado pelos fãs old-school do Death Metal Mundial.

O álbum apresenta um trabalho bem mais trabalhado e lapidado, em comparação aos dois primeiros, mas de forma alguma perde o peso e a agressividade, características tão marcantes do som do Benediction.

A violência sonora mesclada com muita técnica e alterações de andamento nas composições dão o tom durante toda a audição, muito pela trabalho infernal dos guitarristas Darren Brooks e Peter Rew. Outro que esbanja técnica é o baterista Ian Treacy. Infelizmente este seria o último trabalho com ele, pois foi substituído já na tour por Neil Hutton, que segue na banda até hoje.

Transcend the Rubicon" é um trabalho excelente de ponta a ponta, e após mais de 30 anos de lançamento segue atemporal, capaz de agradar até fãs que curtem outros estilos, como Thrash Metal por exemplo, devido a vários flertes com o estilo neste álbum. A Shinigami Records acaba de lançá-lo o mercado brasileiro, e caso você ainda não conheça este pérola, não perca mais tempo.

José Henrique Godoy




ALTA TENSÃO - PORTAL DO INFERNO (1987 - RELANÇAMENTO 2023)




ALTA TENSÃO
PORTAL DO INFERNO
Dies Irae Records - Nacional

O Metal brasileiro oitentista... Não há como não tratar cada banda, cada músico como heróis. Para os mais jovens, fica difícil imaginar uma época que os lançamentos das bandas internacionais demoravam a serem lançados no Brasil, as publicações especializadas eram raras, e no caso das bandas, os equipamentos, estúdios, técnicas de produção ainda eram precárias. Mas existia muita vontade e talento.

Junto a tudo isso, coloque uma banda que estava localizada fora do centro do país, e estava isolada na sua própria cena local, no caso na região Centro-Oeste do Brasil, mais precisamente no estado do Mato Grosso. Estamos falando do Alta Tensão.

Formada em 1981, a banda lançou seu primeiro álbum em 1985, “Metalmorfose”. Porém, ganhou reconhecimento nacional com este segundo álbum, “Portal do Inferno”, lançado em 1987. A sonoridade aqui é aquela que você pode esperar e realizado na época, com muita influência de Maiden e Priest, com letras em português, com exceção de “Sacrifice”, cantada em inglês.

O disco segue uma linha bem linear e no mesmo bom nível, porém há de se destacar a faixa “O Silêncio”, com seus mais de nove minutos de duração, um verdadeiro épico do metal nacional. A produção é meio tosca, abafada, e sem brilho, porém o Alta Tensão demonstra toda a garra que as bandas brasileiras dos anos oitenta tinham para gravar e lançar seus trabalhos, em uma época que tudo era muito difícil, e que o hi-tech que hoje em dia é comum, naquela época era coisa do desenho “Os Jetsons”. A Dies Irae relançou estre trabalho com muito capricho, encarte, livreto e mini pôster, e vale a pena conhecer este histórico lançamento.

José Henrique Godoy




ANTHARES - O CAOS DA RAZÃO (2015 - RELANÇAMENTO 2023)

 


ANTHARES
O CAOS DA RAZÃO
Dies Irae Records - Nacional

O Anthares é uma das excelentes bandas da safra paulista do Thrash Metal oitentista, formada mais especificamente no ano de 1984. Três anos após, lançou o seu clássico LP, “No Limite da Força”, que teve grande destaque entre os headbangers .

Passaram-se 28 anos até o lançamento do segundo trabalho. Muita coisa rolou durante quase três décadas. Com os membros da formação original, o baixista Pardal, o baterista Evandro Jr, e o membro de longa data, Eduardo Toperman ( ex-Korzus), o Anthares lançou em 2015 “ O Caos da Razão”.

O Caos da Razão” é composto de dez faixas do mais puro e agressivo Thrash Metal, enraizado até a alma no que se fazia nos anos oitenta, porém sem doar datado. A produção é ótima, dando brilho para todos os instrumentos. Riff furiosos e rápidos, bem como solos muito bem construídos pelos guitarristas Eduardo e Maurício Amaral.

“Sementes Perdidas”, de largada já mostra que o Anthares não voltou só por voltar e dá inicio a pancadaria Thrash. O baterista Evandro Jr. Tem levadas e viradas seguras, constituindo uma cozinha sólida com Pardal. O vocalista Diego Nogueira vocifera as letras em português, letras essas que falam do cotidiano como problemas politico-sociais e econômicos, que finalizam levando o ser humano à paranóia e loucura.

Faixas destaques? A citada “Sementes Proibidas”, “O Caos da Razão” (esta com um quê de Slayer), e a melhor do álbum: “Mercadores da Fé”. Esta além de ter variações incríveis de andamento, a letra é ótima, falando obviamente daqueles fdps exploradores da fé humana.

A Dies Irae relançou este álbum com excelente parte gráfica, e caso ele tenha passado desapercebido por você, em 2015, agora é a sua nova chance para conhecer este ótimo trabalho do Anthares. Ainda para este ano, teremos o lançamento de novo álbum do grupo, mas até lá, procure curtir “O Caos Da Razão”.

José Henrique Godoy




BENEDICTION - THE DREAMS YOU DREAD (1995 - RELANÇAMENTO 2024)

 


BENEDICTION
THE DREAMS YOU DREAD
Shinigami Records/ Nuclear Blast - Nacional

Após o lançamento do cultuado e celebrado “Transcending the Rubicon” (1993) o Benediction dá sequência em 1995 a sua sólida carreira com “The Dreams You Dread”, mantendo-se no topo do mundo do Death Metal nos anos 1990.

Neste trabalho, o Benediction segue a mesma direção do clássico “Transcend...”, ou seja, mantém a brutalidade, aditivando passagens mais trabalhadas, porém, desta vez, com  passagens ainda mais cadenciadas e cheias de groove e peso. Existem até passagens com guitarras “limpas” como na introdução da ótima “Down on Whores”, onde a música vai num crescendo até chegar num peso em doses cavalares.

As faixas velozes ainda estão lá, como na faixa titulo e em “Certified”, convites a rodas e “walls of death” nos shows. Novamente os destaques são a dupla de guitarristas Peter Rewinsky e Darren Brookes, donos de riffs e solos empolgantes. A estreia do baterista Neil Hutton também se faz marcante e obviamente o vocal de Dave Ingram, como sempre.

The Dreams You Dread” não chega a ter o mesmo impacto do que o seu antecessor, porém é um excelente trabalho desta instituição inglesa do Death Metal mundial chamado Benediction. A Shinigami Records lançou toda a discografia da banda aqui no Brasil, para a felicidade dos fãs e apreciadores do estilo.

José Henrique Godoy




POWERWOLF - THE SACRAMENT OF SIN (2018 - RELANÇAMENTO 2024)

 



POWERWOLF
THE SACRAMENT OF SIN
Shinigami Records/ Napalm Records - Nacional

Lançado originalmente em 2018, “The Sacrament of Sin” seguiu o caminho de elevar o Powerwolf a patamares que pouquíssimas bandas de Heavy Metal alcançam.

Pra termos uma pequena ideia do tamanho alcançado pelo Powerwolf, nada menos do que 7 videoclipes de faixas deste álbum foram lançados pela Napalm Records, isso contar um lyric video, que totalizam impressionantes 8 clipes das 11 faixas da versão standard do disco. Guardadas as devidas proporções, o Metallica fez algo similar em seu penúltimo disco, “Hardwired… To Self-Destruct” (2016).

Um ponto que os fãs da banda não tem do que reclamar é que na já vasta discografia do Powerwolf não há absolutamente nenhuma derrapada, todos os seus trabalhos tem o mesmo jeitão de ser: Power Metal com toques épicos, potentes, sinfônicos, teclados em profusão, tudo o que um fã mais ama naquele subestilo que é a marca registrada do Metal germânico.

O lado mais épico e Heavy Metal do disco é ouvido em “Fire & Forgive”, “Incense and Iron” e em especial na contagiante faixa título, sendo esta, a melhor do disco. A balada fica a cargo de “Where the Wild Wolves Have Gone”, o momento Rammstein do disco fica por conta de “Stossgebet” que além da letra em alemão tem linhas melódicas vocais claramente inspiradas na conterrânea banda. Você pode escolher randomicamente qualquer faixa, e poderá perceber que a banda é diferenciada, acima da media não apenas pela qualidade das composições, dos arranjos, dos instrumentistas, mas principalmente na produção que é tão limpa e cristalina quanto um diamante.

Ouvir esse disco após algum tempo me fez a vontade de escutar toda a discografia do Powerwolf e viajar em seus caminhos. Incrível como os caras conseguiram ao longo dos seus 20 anos de carreira manter-se fieis a um estilo que se não foi criado por eles, ao menos foi devidamente evoluído por eles. Quem gosta de Power Metal e não gosta de Powerwolf tá vivendo e ouvindo Heavy Metal errado. Banda de carteirinha…

Mauro Antunes




quarta-feira, 9 de outubro de 2024

BENEDICTION - KILLING MUSIC (2008 - RELANÇAMENTO 2024)

 


BENEDICTION
KILLING MUSIC (2008 - RELANÇAMENTO 2024)
Shinigami Records/ Nuclear Blast - Nacional

Killing Music” é o sétimo trabalho editado pelo baluarte do Death Metal mundial, Benediction. Lançado em 2008, o álbum apresenta a banda no seu estado natural e fazendo o que de melhor praticava e o que os fez ser um dos expoentes do estilo: Death Metal agressivo, sem firulas e pesado.

Foram sete anos entre o lançamento de “Organized Chaos”, e a espera marcou uma diferença brutal. O retorno do Benediction ao som tradicional, sem grandes produções e composições mais intrincadas, e no lugar disso, a banda foca num Death Metal cru, aproximando-se por vezes do Punk, do Crust Punk e do Hardcore.

“Grey Man” inicia o trabalho após uma “Intro” curta, rápida e direta, com total destaque para o baterista Neil Hutton. “Controlopolis” segue a mesma linha. O álbum segue desta forma, crua e direta, onde é até possível ausência de solos, quando eles existem, são curtos e simples. Porém nada que afete o resultado final, e se encaixa perfeitamente a proposta.

Ao final do trabalho, temos dois covers: "Seeing Through My Eyes" (Broken Bones) e "Largactyl" (Amebix), duas versões para faixas de bandas punk /hardcore que atestam a influência do estilo ao trabalho do Benediction. Como convidados nestas faixas, temos Jock (GBH), Karl Willets (BOLT THROWER), Kelly Shaefer (ATHEIST), Billy Gould (FAITH NO MORE), The Fog (FROST).

Um bom álbum do Benediction, que se não é um clássico como “Transcend The Rubicon” ou “Subconcious Terror”, é um álbum que mantém a discografia do grupo em alto nível. Relançamento nacional pela Shinigami Records.

José Henrique Godoy




EVERGREY - THEORIES OF EMPTINESS (2024)

 


EVERGREY
THEORIES OF EMPTINESS
Shinigami Records/ Napalm Records - Nacional

Os mestres do Metal Progressivo sueco, estão de volta, desta vez com o lançamento de “Theories Of Emptiness”, o seu décimo quarto álbum. Formado a mais de trinta anos na cidade de Gotemburgo, na Suécia, conhecida por ser a terra do Death Metal Melódico, o Evergrey sempre se caracterizou por trabalhos com composições memoráveis, onde mescla o peso, melodia, melancolia e técnica, sempre sob o comando do vocalista/guitarrista/compositor Tom S. Englund.

E “Theories of Emptiness” não foge ao formato tradicional da banda, e ele segue musicalmente onde a banda parou, no álbum antecessor de 2022, "A Heartless Portrait (The Orphean Testament)" .Fica nítido que o novo trabalho se apresenta como uma continuação do que escutamos no trabalho anterior, porém ligeiramente com menos peso.

A abertura do álbum com “Falling from the Sun” é a sequência da terceira faixa “Ominous” do álbum anterior da banda. Ele inicia o disco com um ritmo acelerado e energético e riffs robustos. Com certeza se tornará uma das preferidas dos fãs e obviamente estará na tour que a banda fará para promover o lançamento.

Outros destaques, a seguinte “MISfortune”, poderosa e melódica, mais lenta e carregada de riffs e emoção. Falando em emoção, um dos pontos altos é a faixa “Cold Dreams”, onde conta com vocais convidados de Jonas Renkse, do Katatonia, e os backing vocals femininos adicionais da filha de Tom, Salina Englund. Os vocais limpos de ambos os cantores se alternam, dando uma atmosfera extremamente sombria, ao mesmo tempo que muito bonita. Provavelmente se tornará um clássico do Evergrey.

“Our Way Through Silence” tem uma diminuída no peso, e possui uma aura quase “radiofônica” e acessível, porém sem perder a classe e categoria. Destaque para os lindos solos de guitarra apresentados nesta faixa.

O Evergrey entrega aqui um dos melhores lançamentos do ano. E veja, quem está falando isso não é um aficcionado do estilo. O grupo ensina mais uma vez com “Theories of Emptiness”, que é possível fazer Prog Metal sem ter que ser chato, e nem fazer músicas que duram uma tarde inteira. Se você tem preconceito com o estilo, procure conhecer o Evergrey, e tranquilamente você pode começar com este novo trabalho. Lançamento nacional Shinigami Records.

José Henrique Godoy