EDU FALASCHI
REBIRTH LIVE IN SÃO PAULO 20TH ANNIVERSARY
Abertura:
STORIA
NOTRURNALL
21/09/2024
BAR OPINÃO
PORTO ALEGRE/RS
Produção: ABLAZE PRODUCTIONS
REBIRTH LIVE IN SÃO PAULO 20TH ANNIVERSARY
Abertura:
STORIA
NOTRURNALL
21/09/2024
BAR OPINÃO
PORTO ALEGRE/RS
Produção: ABLAZE PRODUCTIONS
Texto e Fotos: Henrique Lippert
Celebrando os 20 anos do álbum Rebirth, Edu Falaschi veio à Porto Alegre para relembrar grandes sucessos de sua carreira. Assim como o álbum, Edu agora 20 anos mais velho ainda mostra que está à vontade no palco e com energia, mas é nítido o esforço para manter o fôlego e as notas altas. Um bom show - mesmo levando em conta problemas técnicos e pausas - que agradou o público e deixou um ar de nostalgia em todos.
Era 18h e Storia abriu os trabalhos com uma pontualidade britânica. Trazendo as músicas do seu EP Revenant - The Silver Age, o quarteto mostrou qualidade e energia. Com Pedro Torchetti no vocal, Gabriel Veloso na guitarra, Pablo Guillarducci no baixo e Thiago Caeiro na bateria, o grupo trouxe seu power metal para o palco do Opinião, cujo público ainda chegava na casa. Na linha conceitual e com canções que lembram Rhapsody e Blind Guardian, Storia mostrou peso e preparou bem o terreno para as próximas bandas.
Logo na sequência a banda Noturnall entra no palco se sentindo em casa, comandada pelo vocalista Thiago Bianchi (vocal), e contando também com Henrique Pucci (bateria), Saulo Xakol (baixo) e Victor Franco (guitarra). O que não faltou foi peso e velocidade, com músicas com tom político mas também aquela homenagem ao saudoso André Mattos com “Fairy Tale”.
Um dos pontos altos da noite, “Scream! For!! Me!!!”, música deles com o Mike Portnoy, veio com o voo do Bianchi para o público. Thiago ainda tomou cerveja da plateia antes de cantar a “Nocturnal Human Side”, criado em conjunto com Russel Allen, e aproveitou pra colocar o Victor nos ombros. Com muita simpatia e carisma, a banda deixou o palco para a preparação da banda principal da noite.
Com poucos minutos de atraso, In Excelsis começou a soar e o público entendeu o recado: era chegada a hora de voltar no tempo. E assim aconteceu: “Nova Era” veio com tudo e a emoção do público ficou clara na energia cantada de cada refrão. Foi dessa forma calorosa que o público recebeu Edu Falaschi (vocal), acompanhado de Fábio Laguna (teclados), Roberto Barros (guitarra), Diogo Mafra (guitarra), Raphael Dafras (baixo) e Jean Gardinalli (bateria). Já disparando com “Acid Rain” a empolgação continuava alta, enquanto Gardinalli espancava a bateria e Falaschi se esforçava para manter o fôlego e as notas mais altas.
O início tão característico de Angels Cry fez a plateia vibrar, cantando todos refrões e dando um respiro pro Edu, que por vezes ficou com o volume abaixo dos demais instrumentos. Heroes of Sand deu aquela desacelerada, mas que também contou com o acompanhamento dos fãs, principalmente nos refrões. Viajando ainda mais no tempo e trazendo algo do álbum “Fireworks”, “Metal Icarus” trouxe de volta a energia. Esse clássico mostrou que, em alguns momentos, os agudos não conseguiram chegar onde eram esperados, o que não tirou o brilho ou a qualidade da música.
“Millennium Sun” começou devagar, aquecendo os motores para arrancar de novo em disparada para a plateia. Ao som de vários “Edu, Edu, Edu”, Make Believe começou na bateria do Gardinalli, foi pro Laguna, e do resto da banda para o público que foi embalado com esse baita clássico, contando com um momento de destaque para Falaschi no final da canção. Após um breve solo de bateria, Edu pega o violão para cantar a faixa título do álbum, mas ficou empenhado por questões técnicas.
O jeito foi pular pra “Unholy Wars” que trouxe um pouco da brasilidade no ritmo que introduz a música e que manteve os fãs animados, mesmo com alguns problemas na guitarra do Mafra. A nova tentativa de ressuscitar “Rebirth” fracassou de novo, e Edu aproveitou o momento para falar do apoio que conseguiu para os gaúchos durante as enchentes ao realizar uma ação para levantar fundos. De acordo com o próprio vocalista, foram quase vinte mil reais arrecadados, que beneficiaram duas ONG 's (Horta Comunitária e Sopão Solidário) e seus representantes foram chamados no palco. Após a promessa do PIX, foi a vez de “Time”, também do álbum “Angels Cry”, voltar a ditar o ritmo mais cadenciado para a noite.
E por falar em tempo, Falaschi disse ter recebido um feedback positivo sobre a troca do horário de início original do show, o que foi confirmado pela plateia presente com vários polegares levantados. “Running Alone” trouxe a atenção de volta para o show, intercalando velocidade e momentos mais leves. Os deuses do metal devem ter escutado as preces dos ali presentes. A terceira é pra acertar! E o violão voltou, “Rebirth” tocou e a plateia vibrou. Parecia um grito de gol trancado na garganta, mas quando as primeiras notas soaram do instrumento, não teve erro. Com certeza valeu a pena a insistência e a plateia cantou com vontade.
Breve saída triunfal, a galera já sabe que vem mais logo ali. E veio nada menos que “Nothing to Say” e “Carry On”, duas pedradas que não poderiam faltar. Ficou evidente o desgaste do Edu já na última música, ainda assim ele disse ter preparado uma surpresa. A versão turbinada de “Pegasus Fantasy” veio pra arrematar todo sentimento de nostalgia que já estava presente desde o início do show. Cantada do início ao fim pelos fãs, com certeza foi um dos momentos mais especiais da noite.
Para o bis do bis, direto do emblemático “Temple of Shadows”, “Spread Your Fire” teve a honra de ser o “gran finale" do evento. A banda ainda teve gás pra tirar a galera do chão e interagir até o último minuto, cantando e já sentindo aquele gostinho de que está acabando. Foi uma noite feliz para o metal nacional e a satisfação do público mostrou que Edu e banda conseguiram entregar o que prometeram.
Problemas técnicos à parte, a qualidade da banda é inegável e Edu, embora não em sua melhor fase, emocionou os gaúchos com mais um show que trouxe ótimas lembranças e nos fez viajar direto para os anos 2000.
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