DEEP PURPLE
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earMusic - Nacional
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Quem começou a ouvir Rock e Metal nos idos dos anos 80, não tinha tantas opções para conhecer bandas novas como tem-se hoje. Era um vinil aqui, uma fita cassete de outro amigo ali, de vez em quando algum programa de clipes passava algo que chamava a atenção, enfim, as opções eram escassas. No meu caso, o Deep Purple eu passei a conhecer de uma forma extremamente curiosa: fiz uma troca de vinis com um amigo na época: dei a ele o “Piece of Mind” (Iron Maiden, 1983) e em troca recebi o mega classico “Machine Head” do Deep Purple totalmente no escuro sem nunca, até então, ter ouvido absolutamente nada da banda.
Obviamente, tive que gastar parte da minha suada mesada pra readiquirir o classico trabalho de Steve Harris e cia., mas o mais famoso trabalho da MKII citado aqui, o tenho até hoje, em boas condições. Com a iminente paixão de fã que o Deep Purple imediatamente causou neste redator, virei colecionador e hoje posso dizer que tenho muita coisa desta que é, uma das bandas do meu coração.
Falar deles pra mim é mais do que especial, é um deleite. Posso dizer que desde então nunca abandonei a banda mesmo que em alguns momentos tenha torcido o nariz para algumas coisas que tenham feito de lá para cá, mas sempre estiveram no meu radar.
Desde que Ritchie Blackmore deixou a banda em 1994, e uma nova fase iniciou para o Purple, “=1” já é nada menos que o nono trabalho completo de estúdio lançado por Gillan e cia., sendo este, o primeiro sem o exímio Steve Morse, demitido após o lançamento do trabalho de covers, “Turning to Crime” (2021).
Ao todo temos nada menos do que 13 faixas que trazem o Deep Purple em versão contida, afinal temos senhores de quase 80 anos de idade, que tem o dom da música fincado em seus sangues. Simon McBride que assumiu a guitarra já chegou chutando a porta com “Show Me”. Que solo, que viagem!
“A Bit on the Side” tem a insanidade de Ian Paice como ponto alto. Essa seria uma faixa bem legal de ouvi-la com a bateria isolada, seria uma experiência auditiva bem interessante. “Sharp Shooter” dá pra imaginar ouvir degustando uma bela dose de Jack Daniels acompanhando, com seu Rock & Roll simples e direto. E o que dizer de Don Airey na brilhante “Portable Door”? O clipe você pode assistir abaixo e o spoiler já está dado!
“Old-Fangled Thing” é onde Gillan parece se sentir a vontade e teve total liberdade para cantar como bem quisesse. Sábia decisão, já que a faixa transcende o Rock e invade o território do Metal com muita força. Pra mim, essa é a melhor de todas! “If I Were You” é outro grandioso destaque com sua levada em Blues Rock. Em suma, todas as faixas caminham por todas as vertentes do Rock & Roll feitas pela classe de músicos pra lá de veteranos que parecem que nunca mais vão parar de tocar.
Como em sã consciência não ama-los? Mais de 5 décadas de atividade, tantos e tantos clássicos transformam o Deep Purple em um verdadeiro patrimônio da humanidade. Que toquem até os 100 anos que certamente, continuaremos sendo fãs…
Mauro Antunes
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