EXTREME TOUR 2022 - BELPHEGOR, KRISIUN, NERVOCHAOS, CRYPTA
BAR OPINIÃO
PORTO ALEGRE/RS - 27/05/2022
PRODUÇÃO: ABLAZE PRODUCTIONS
BAR OPINIÃO
PORTO ALEGRE/RS - 27/05/2022
PRODUÇÃO: ABLAZE PRODUCTIONS
TEXTO: JOSÉ HENRIQUE GODOY
FOTOS: BILLY VALDEZ
Após mais de 2 anos com os shows em suspenso, por causa da peste mundial do Covid 19, o sentimento que mais define a sensação ao me dirigir para um evento do porte da Extreme Tour é de alegria.. Mesmo não sendo o primeiro evento que compareço no ano (já havia conferido minha banda preferida, o Kiss, e há aproximadamente duas semanas, o Cannibal Corpse num show matador), gostaria de deixar registrado aqui a satisfação de retornar as rotinas de shows, principalmente no clássico Bar Opinião.
O horário do inicio era de “happy hour”, às 18:30h o inicio do show da Crypta, o que pensei ser um empecílho para um bom público neste horário, em função da jornada de trabalho da maioria e por se tratar de uma sexta-feira, o trânsito mais intenso complicando o deslocamento até o local do show. Mas qual a minha surpresa (positiva), ao adentrar no Opinião, e ver que a lotação da pista estava praticamente tomada, e as demais dependências também com um excelente público, para o horário. Então , que comece o “Brutal Happy Hour”!
Às 18:30, em ponto , as garotas do Crypta, capitaneados por Fernanda Lira invadem o palco, com a intro “Awakeing” e emendam “Starvation” , que abrem o excelente álbum de estréia “ Echoes of The Soul”, lançado no ano passado. De cara o Crypta ganhou o público presente, sendo pelo carisma, seja pela sonoridade de primeira linha da banda. Fernanda Lira é uma “frontwoman” de primeira, e assim como a baterista Luana Dametto e as excelentes guitarristas Tainá Bergamaschi e a novata Jéssica Di Falchi que entrou a pouco mas parece estar há anos na banda.
O palco também super caprichado com candelabros de velas e correntes de metal para enfeitar a apresentação espetacular da Crypta, que encerrou com a faixa mais conhecida da banda , “From the Ashes”, O único “senão” da apresentação do Crypta, foi o tempo, apenas 30 minutos, mas que é totalmente compreensível tendo em vista que teríamos ainda 3 bandas no cast, e os horários precisavam ser cumpridos. Ficou o gosto de que poderia ter mais, mas aguardemos que as meninas retornem a Porto Alegre numa ocasião vindoura.
Às 19:15h, os veteranos do NervoChaos iniciam a sua participação. O quinteto paulista formado por Brian Stone (vocais), Luiz ‘Quinho’ Parisi (guitarra), Woesley Johann (guitarra), Pedro Lemes (baixo) e Edu Lane (bateria) trouxe mais uma vez a Porto Alegre seu Death Metal, seguindo a divulgação do seu mais recente álbum lançado esse ano, “All Colors Of Darkness”.
Se num primeiro momento, o Nervochaos não teve o mesmo impacto e receptividade que a Crypta, por ouro lado apresentaram um show coeso, cheio da alterações de andamento e agradou num geral. Destaque para a já clássica “ Pazuzu is Here”, a qual foi a que mais agitou os presentes.
20:15h e é chegada a hora de talvez a banda mais aguardada do evento: O baluarte do metal brasileiro, o orgulho da brutalidade nacional; Krisiun. Alex Camargo, Max e Moyses Kolesne tomaram de assalto o palco Opinião e nos primeiros minutos o local já era deles. “Kings of Killing” deu inicio ao massacre sonoro da banda, que toda vez que vem a Porto Alegre, não esquece das suas raízes e reverencia a publico e a sua terra Natal. Alex agradeceu varias vezes, citou as origens gaúchas e inclusive mandou “à capella” um clássico do cancioneiro gaudério, “Missioneiro”(não sou ´profundo conhecedor da música tradicionalista, mas creio ser esta a canção).
O entrosamento Krisun/público foi fantástico, bem como o som a esta altura foi o melhor da noite, podendo se ouvir todos os instrumentos ,fato que não era possível nos demais shows. “Ravager”, “Combustion Inferno”,”Slaying Steel”,”Blood of Lions” , e um ótimo cover de “ Ace of Spades” do imortal Motorhead deram sequencia a destruição do Krisiun. “ Black Force Domain” finalizou mais uma espetacular da banda em solo gaúcho.
Às 21h40 (apresentação exatamente como programado pela produção) é dado inicio a hora mais sombria e profana do evento: os austríacos do Belphegor dão inicio ao seu ritual, disparando o seu Black/Death Metal sem concessões, sob uma iluminação azul lúgubre e sinistra. Cruzes invertidas de madeira e caveiras de bode no palco davam o tom satânico a apresentação que iniciou com “Swinefever – Regent of Pigs” Sem muita conversa, seguiram se “The Devil s Son”, Sanctum Diaboli Confidimius”.
Helmuth e Serpenth lideramo culto do Belphegor, e interagem bastante com as primeiras filas da pista, enquanto executam “Belphegor – Hell s Embassador”, “ Stigma Diabolicum”, Lucifer incestus” entre outras. Ao final de 1 hora, a banda se despede com “Gasmask Terror”. Uma apresentação de qualidade do Belphegor.
Ao final do evento, saldo mais que positivo! Parabéns a Ablaze Produções, que fez um excelente trabalho e trouxe um evento que agradou a todos os presentes. Ficamos apenas no aguardo do próximo, e que não demore muito a ocorrer.