terça-feira, 29 de novembro de 2022

ALEX MEISTER - ROCK AND A HARD PLACE (2022)

 


ALEX MEISTER - ROCK AND A HARD PLACE (2022)
RFL Records/Classic Metal Records

Confesso que sempre tenho um pé atrás com disco de guitarrista. Pode parecer preconceito meu, mas sempre que vejo que um guitarrista está lançando um trabalho solo, imagina aqueles milhares de solso, todos voltados à técnica, e que, na maioria das vezes, acaba por deixar a música, razão de ser aqui, em segundo plano. Mas com ALEX MEISTER a coisa é bem diferente. Guitarrista excepcional, Alex decidiu revisitar algumas faixas de sua carreira e com algumas composições novas nos apresenta ROCK AND A HARD PLACE, seu segundo trabalho solo, que está saindo no Brasil pela Classic Metal Records e lá fora pela RFL Records. Bom gosto, classe, técnica e muita, muita entrega à música estão presentes num álbum que mostra tudo aquilo que um fã de Hard Rock quer ouvir: riffs inspirados nas melhores bandas dos anos 80, mas com uma cara atual, numa mistura eficiente entre o passado e o presente.

Recheado de convidados, o trabalho foi produzido pelo próprio Alex Meister enquanto masterização e mixagem ficaram sob a responsabilidade de Sydnei Sohn. E o que temos é uma sonoridade limpa, mas com timbragem bem pesadas (veja bem, estamos falando de Hard Rock), lembrando as guitarras de bandas como Ratt, Dokken, Def Leppard entre tantas outras que influenciaram o guitarrista que sabe como poucos imprimir sua personalidade em cada momento. Cris Gavioli gravou o baixo em todas as faixas, exceto em nas faixas "It Ain't 'bout Love" e "Chains of Love", que foram gravadas por Mark Santana. L.A.Tilly gravou a bateria da faixa "Hard to Say Goodbye", enquanto as demais foram divididas entre Sidnei Sohn (também responsável pelos teclados) e Adriano Morais. Clara Lima, Gus Monsanto e C. Marshall participaram dos backing vocals, que foram muito bem arranjados pelo próprio Meister.

A inédita "Game of Love" abre o álbum com aquela pegada típica Hard Rock, onde a guitarra traz influências de Warren DeMartini (Ratt), George Lynch (Dokken) e uma atmosfera perfeita para os fãs do estilo. Os vocais de Alex se mostram corretos, bem colocados e dosados da maneira correta, assim como em "Fell it this Time". Pesada, mas ao mesmo tempo com aquele clima mais festeiro, a faixa encontra o Hard/Heavy dentro de seus pouco mais de 4 minutos. Refrão que gruda na cabeça, um dos pontos altos do trabalho, pois é impossível esquecer de qualquer refrão ao término da audição. Quer algo mais Hard Rock que isso? "It Ain't 'Bout Love", um dos singles mais importantes da Pleasure Maker, banda de Alex, vem na sequência, com uma nova roupagem e com os vocais de Alex (que, cabe ressaltar, não cantava anteriormente, só fazia backing vocal). A faixa seguinte "Twisted Desire", ainda que mantenha as características do HR, tem uma pegada AOR, muito disso pelas linhas de teclado, que criam passagens mais melódicas durante a execução da composição. "Lonely is the Night", outra releitura da PM, traz um novo arranjo e é um dos grandes destaques do álbum. Ótimos riffs (Ratt n' Roll), backing vocals bem encaixados e uma melodia carregada de 80's, fazem da faixa um momento de revival de uma década mágica.

"Just Thinkin' About You", primeira faixa regravada por Meister, ainda em 2019, foi o início da jornada que culminou em Rock and a Hard Place. Segundo o próprio guitarrista, a composição tem um valor sentimental e muito importante para ele, merecendo uma nova cara, com a sua voz. E, podemos dizer que a faixa ganhou mais energia e vida nessa nova versão. E como estamos falando de um álbum de Hard Rock, não poderia faltar aquela balada tão cara aos trabalhos do estilo. "Next to Me", é uma faixa melódica, mas ainda intensa e bastante carregada de sentimento. "Hard to Say Goodbye", outra faixa que foi regravada, possui riffs e linhas AOR, enquanto "Only a Dream" segue a mesma linha, mas com guitarras mais à frente. E cabe um elogio aqui: Ainda que estejamos falando um álbum solo de um guitarrista, a música fala sempre mais alto. Ponto mais que positivo, uma vez que Alex dosa com classe a técnica e o feeling. "What Left Behind" e "Chains of Love" encerram o trabalho. Enquanto a primeira trafega pelo Hard 80's a segunda tem uma cara mais atual, com um refrão perfeito para encerrar o álbum em alto astral!

"Quem conhece meus trabalhos com o PLEASURE MAKER e MARENNA-MEISTER pode ter certeza de que vai encontrar a mesma assinatura, só que indo mais fundo ainda na musicalidade!” Essa frase de ALEX MEISTER é um belo resumo do que podemos encontrar em ROCK AND A HARD PLACE. Como escrito lá no começo, o guitarrista consegue aliar classe, técnica, bom gosto e ótima produção em mais um trabalho que só vem a abrilhantar ainda mais a sua já vitoriosa carreira. Que seus riffs e solos continuem nos brindando com trabalhos de tão alto nível como esse!

Sergiomar Menezes




quinta-feira, 24 de novembro de 2022

PÉTALAS INSANAS - PÉTALAS INSANAS (2022)

 


PÉTALAS INSANAS - PÉTALAS INSANAS (2022)
Insanity Records - Nacional

EMPOLGANTE! Essa é a primeira palavra que vem à mente quando se ouve o primeiro álbum do grupo gaúcho de Hard Rock PÉTALAS INSANAS. O autointitulado trabalho transpassa uma energia contagiante. nos fazendo lembrar daquela época em que tudo o que queríamos era ouvir um disco de Rock n' Roll que nos fizesse esquecer dos problemas e garantir alguns momentos de pura diversão. Uma pena que, por mais que o Brasil tenha ótimas bandas do estilo, esses grupos sigam sendo conhecidos apenas por um seleto grupo de fãs, não tendo a abrangência nem a devida atenção merecida, seja por parte do público, seja por parte da mídia. Mas o que realmente importa é a música e isso fica evidente em cada riff, cada melodia, cada verso que escutamos nas dez faixas que compõem este excelente trabalho!

Formada por Mateus Insano (voz, baixo e backing vocal) e Jailson "Véio" DIas (bateria e backing vocal), o grupo surgiu em 2005 em Porto Alegre, como milhares de bandas surgem: com a intenção de fazer música para se divertir e no estilo que mais curtiam. Após mudanças de formação, o grupo veio a se estabilizar e trabalhar de forma mais séria em 2010, ano em que surgem as primeiras composições e acontecem os primeiros shows. Nesse período, o grupo lançou alguns singles, vídeos e agora em 2022, chega ao tão sonhado debut, mostrando que a veia rocker segue firme e forte. O álbum foi gravado, mixado e masterizado no Estúdio Hurricane em Porto Alegre e a produção ficou sob a responsabilidade de Sebastian Carsin, que também participa como convidado especial tocando guitarra em três faixas. Mas a banda contou ainda com a participação de vários amigos, como Luciano Lee Wills, Mariane Prestes e também ex-integrantes do grupo: Paulo Pereira, que tocou guitarra em todas as faixas, além de Guida Cardoso, Israel Boca, Gabriel Wanner e Leandro Pereira nos corais da faixa "Por Todos Nós". A arte de capa é mais um trabalho sensacional do mestre Marcos Miller, que soube captar com precisão uma cena típica de Porto Alegre, trazendo detalhes muito bem pensados.

Mas de nada adiantaria uma ótima capa, uma bela produção se a música não fosse no mesmo nível. Acontece que, como escrito lá no início, ela é empolgante. O que se percebe logo nos primeiros acordes de "Velha Estrada". Timbragem de guitarra perfeita, bateria marcada e muita energia ditam o ritmo da faixa que traz influências não apenas das bandas clássicas de Hard mas também de bandas como Cascavelletes e Tequila Baby, mostrando que o grupo não se prende a rótulos. Impossível não se contagiar com os riffs presentes aqui. Assim como em "Garota da Noite" que é guiada pela guitarra. E esse é um dos grandes destaques do álbum, pois o instrumento, que muitas vezes é deixado de lado por algumas bandas ditas de rock, aqui é o guia central de todas as composições. Com uma linha de condução mais rápida, a faixa mostra a malícia e pegada rocker dos vocais de Mateus. "Instinto Animal" vem na sequência imprimindo a identidade do grupo, pois temos aqui as influências do grupo inseridas de forma simples, mas mantendo uma identidade própria. Enquanto isso, "Rodas a Cidade" tem aquela cadência Hard/Heavy, pois apresenta uma levada mais pesada, ainda que a melodia do refrão não saia mais da cabeça depois da primeira audição. "Hey Menina", conta com a participação de Mariane Prestes nos backing vocals, além trazer riffs típicos dos anos 80. A faixa também traz uma letra que pode vir a incomodar os mais puritanos e politicamente corretos. Mas quer saber? Foda-se! Isso é Rock n' Roll!!!

"Por todos Nós" traz a participação dos ex-integrantes do grupo nos backing vocals e é uma ode ao estilo musical mais libertador que existe. Outro ótimo momento das guitarras, que mesmo soando repetitivo, estão com uma ótima timbragem e peso na medida certa. E por falar em peso, " A Besta" é um exemplode como soar pesado na medida, ainda que as linhas do Hard Rock se mantenham intactas. Luciano Lee Wills, figura carimbada na cena hard gaúcha, é o convidado em "Por Prazer", uma das faixas mais rock n' roll do álbum. O piano tocado por Luciano deu um molho extra à composição, criando uma atmosfera totalmente clássica durante sua execução. "A Noite" tem riffs mais voltados ao metal, que se inserem de forma consistente na levada pesada pela cozinha composta por Mateus E Jailson. O encerramento vem com "Vai Garoto", outro momento que os riffs nos remetem ao peso, sem perder o andamento característico da sonoridade da banda.

Diversão garantida. Se tivesse que responder o que esperar do álbum de estreia do PÉTALAS INSANAS, essa seria uma boa resposta. Obviamente que há muito mais na música do grupo, como por exemplo, o ótimo trabalho de guitarra, as linhas de baixo e bateria que soam pesadas, a dosagem correta de influências, entre tantas outras qualidades que poderiam ser apontadas aqui. Acontece que estamos falando de um disco de Rock n' Roll. E se um disco do estilo não te divertir, alguma coisa está errada. E o que eu posso afirmar, sem nenhuma dúvida, é que esse aqui te diverte. E MUITO!

Sergiomar Menezes 






quarta-feira, 23 de novembro de 2022

SKID ROW - THE GANG'S ALL HERE (2022)

 


SKID ROW - THE GANG'S ALL HERE (2022)
Shinigami Records/Sound City Records/Ear Music

Confesso que numa hipotética situação, em que eu estivesse fora do planeta Terra após 1992, e voltasse agora em 2022 e você me apresentasse THE GANG'S ALL HERE, novo álbum de estúdio do SKID ROW como o terceiro disco da banda, vindo na sequência de "Slave to the Grind", lançado pelo grupo em 1991, eu acreditaria de forma contundente. E esse é o sentimento que tenho ao ouvir as 10 faixas presentes aqui, neste que, na minha humilde opinião, é o melhor trabalho lançado em 2022. Saindo por aqui através da Shinigami Records/Sound City Records/Ear Music, o CD traz também a estreia de Erik Grönwall, ex- H.E.A.T., nos vocais, o que fez uma enorme diferença na força das músicas presentes aqui, ainda que Erick não tenha participado das composições, sua interpretação garantiu ao grupo um álbum forte, vibrante e sensacional!

O já citado Erik, ao lado dos guitarristas Dave "Snake" Sabo e Scotti Hill, do baixista Rachel Bolan e do baterista Rob Hammersmith, mostram que aquela veia Hard, com pequenos toques de Sleaze, foi resgatada de forma consistente aqui. Se em Subhuman Race, lançado em 1995 (ainda com Sebastian Bach nos vocais), existia muito pouco do Skid Row que entregou ao mundo dois clássicos como o já citado Slave to the Grind e o autointitulado trabalho de estreia (1989), em Thickskin (2003) e Revolutions Per Minute (2006), não tínhamos nada que viesse a empolgar, mesmo que poucos momentos trouxessem algo de relevância. Produzido e mixado por Nick Raskulinecz e mixado por Eike Freese, THE GANG'S ALL HERE tem tudo aquilo que um fã do grupo sempre esperou: vocais contagiantes, guitarras sujas, gang vocals e refrãos de fácil assimilação. Mas sem dúvidas, além das grandes faixas que compõem o trabalho, o grande destaque é Erik Grönwall.

"Hell or High Water" abre o play e já nos leva a uma viagem no tempo, resgatando aquela pegada dos bons tempos de "Living on a Chain Gang". Guitarra na cara, vocal lá em cima e uma levada pesada, cortesia da dupla Rachel Bolan e Rob Hammersmith. Um início mais que promissor para nos preparar para a faixa título, que dessa vez, tem aquele pique "Piece of Me", que também começa com aquela linha de baixo característica. Erik mostra seu poderio vocal aqui, contando os backing muito bem encaixados pelo trio Snake, Bolan e Hill. Aquele refrão que não sai mais da cabeça...Que música e que interpretação! Já em "Not Fead Yet", temos aquele hard rápido e sujo, lembrando os tempos em que o grupo chamou a atenção de Jon Bon Jovi... o resto é história. "Time Bomb", apesar de pesada, tem aquele aspecto mais comercial, que tocaria facilmente em algum Top 10 da falecida MTV. Outro refrão fácil e mais uma ótima performance de Erik. E aqui cabe uma constatação, difícil, mas verdadeira: com Sebastian Bach, o grupo não conseguiria lançar um álbum desse nível. Sou fã do Tião, mas hoje em dia ele não chega nem perto do que o ex-vocalista do H.E.A.T. pode acrescentar à banda.

"Ressurected", possui um lado mais pesado, mas ao mesmo tempo não esquece da melodia. Os backing vocals (ou gang vocals) estão presentes, deixando intacta a identidade do quinteto, algo que foi meio que deixado de lado (ou pelo menos, não foi feito com tanto afinco) nos álbuns anteriores. Enquanto isso "Nowhere Fast" é outro ótimo momento do CD, com seu peso e solos inspirados. E tome o bom e velho Skid Row em "When the Lights Come On"! Sendo sincero, você pode pensar: mas a banda não está se repetindo? Não! Está sendo ela mesma, com a sonoridade que todos nós aprendemos a curtir! E isso é ótimo! Baixão na cara, guitarra suja, levada groovada e Erik em outro grande momento. "Tear it Down" antecede "October's Song", aquela balada que não pode faltar em um álbum clássico do grupo. Ainda que não tenha a mesma linha que "I Remember You" e "In a Darkneed Room", nem o peso de "Wasted Time", a faixa passa seu recado e vai figurara nos shows do grupo, com toda certeza. O álbum fecha com World's On Fire", pesada e alternando momentos mais cadenciados e pesados com outros mais rápidos. 

É preciso dizer que eu tinha muito receio sobre o que ouvir em THE GANG'S ALL HERE. Seja pelos trabalhos anteriores, seja pelo entra e sai de vocalistas e pela instabilidade apresentada pelo grupo ao longo desses anos. Até mesmo quando Erik foi anunciado, ainda fiquei com um pé atrás. Mas logo no primeiro single disponibilizado, todo esse receio foi pras cucuias. Que disco meus amigos... QUE DISCO! Não tenho dúvida em afirmar que este é o melhor álbum de 2022. E é isso que esperamos de um verdadeiro disco do SKID ROW!

Sergiomar Menezes




MEDJAY - CLEOPATRA VII (2022)

 


MEDJAY - CLEOPATRA VII (2022)
MS Metal Records - Nacional

Uma das coisas que mais me impressionam no meio do metal nacional é a quantidade de bandas muito acima da média que temos por aqui e que não sabemos valorizar. Muitas vezes, acabamos por dar preferência à bandas gringas que não possuem metade da qualidade dos grupos nacionais, apenas pelo fato destas serem internacionais. Alguns diriam que isso é o famoso "complexo de vira latas", que nos faz sempre valorizar mais o que não é nosso. Mas eu, particularmente, acredito que é falta de vontade, preguiça ou qualquer outro nome que se queira dar pra esse tipo de atitude. A verdade é que já passou da hora de darmos o devido valor ao que se faz aqui e não esperar que tais bandas ganhem primeiro destaque lá fora. E uma das bandas que merece, e muito, essa valorização é a mineira MEDJAY. O nível de excelência do grupo não deve absolutamente nada a muitas bandas de fora. Esse fato fica ainda mais evidente em CLEOPATRA VII, segundo e mais recente trabalho do grupo que tem lançamento na Europa pela DyMM M&M e que saiu por aqui, pela MS Metal Agency.

O grupo, que iniciou suas atividades em 2018, é formado por Phil Lima (vocal e guitarra), Freddy Daniels (guitarra), Samuka (baixo), Riccardo Linassi (bateria) e Marco Herrera (percussão) nos apresenta um trabalho que mergulha na cultura e religiosidade do antigo Egito, trazendo em seu conceito, uma reflexão sobre a verdadeira Cleópatra, a última rainha do Egito. Produzido durante a pandemia, o álbum traz 12 faixas que contaram com a produção e orquestração de Tiago Della vega e direção vocal de Guilherme de Siervi. Para abrilhantar ainda mais o belo trabalho, o grupo contou com algumas participações especiais como de Mayara Puertas (Torture Squad), Oula Al Saghir, cantora Sírio-Palestina e Mafra, uma cantora de apenas 15 anos. A sonoridade do grupo viaja entre um power metal muito bem executado e linhas de musicalidade árabe, com orquestrações que nos remetem diretamente aos tempos dos Faraós. Ainda, é impossível não destacar o capricho e esmero que o grupo teve com a arte gráfica criada por Romulo Dias.

"Stargate" abre o álbum e é uma introdução que nos convida a adentrar esse mundo misterioso e rico em detalhes que é a cultura egípcia. Na sequência "Shemag in Blood" traz uma bela mistura entre o metal tradicional e música árabe, com orquestrações e corais que criam um clima perfeito para a faixa. As guitarras se destacam, com ótimos riffs, que grudam na cabeça, mostrando a veia melódica da banda. O peso não fica para trás, como podemos perceber em "Warrior People", um heavy metal intenso, com uma atmosfera típica, embalado por vocais muito bem construídos por Phil Lima, que possui um timbre bem peculiar, indo do mais tradicional até o mais melódico. O solo da faixa traz essa veia mais melódica do grupo. "Mask of Anubis", mais cadenciada, é aquela faixa densa e dona de linhas mais pesadas, ainda que o grupo insira de forma consistente orquestrações que elevam o nível da composição. Assim como em "Osiris e Seth", que deixa a mostra que a cozinha composta por Samuka e Ricardo não estão pra brincadeira quando decidem criar estruturas fortes e pesadas. Outra vez, os solos melódicos se encaixam perfeitamente na faixa. Podemos destacar o cuidado com os arranjos, que foram criados e executados com perfeição.

Já a faixa título merece um destaque a parte. A composição é uma obra de arte, executada pela banda com técnica, mas acima de tudo, sentimento e envolvimento. Viajando por diversos estilos, com variações que comprovam a versatilidade do grupo, "Cleopatra VII" é uma faixa que deve demandar a banda uma grande dedicação para sua execução ao vivo, principalmente com Phil fica "a sós" com o piano, logo após os riffs dele próprio e de Freddy mostrarem que o Heavy metal está ali. Parabéns ao grupo pela criatividade nessa bela composição!

"Magic of Isis" traz a participação de Oula Al Saghir e é uma faixa com clima árabe e tem um belo dueto entre a cantora Sírio-Palestina e Phil Lima. E por falar em participações, Mayara Puertas, vocalista do torture Squad, é a convidada em "Sarcophagus", que por sinal, é um dos momentos mais pesados e intensos do álbum. As participações especiais se encerram com a cantora Mafra, de apenas 15 anos, que empresta sua bela voz para "Ankhesenamon" e, confesso que me veio à mente o filme "A Múmia", estrelado por Brendan Fraser... hehehe... O peso volta, com melodias orientais em "Book of the Dead" enquanto "Return to Medjay" traz de volta as características power metal do grupo. "The Boat of Rá" encerra esse belo trabalho, de forma consistente, numa marcha que nos faz querer voltar ao início do trabalho.

CLEOPATRA VII é um álbum cheio de detalhes que merece ser ouvido muitas vezes para que se perceba cada um deles. Mas na primeira audição, fica a certeza: estamos diante de um grande disco de HEAVY METAL! O Brasil segue sendo um dos maiores nomes do metal mundial e a MEDJAY integra esse rol com o devido merecimento. Falta só o público brasileiro aprender que aqui temos bandas fantásticas. Aliás, passou da hora...

Sergiomar Menezes



segunda-feira, 21 de novembro de 2022

CARNIÇA - A NEW MEDIUM AGES (2022)

 


CARNIÇA - A NEW MEDIUM AGES (2022)
Heavy Metal Rock/Extreme Sound Records/Thrash or Death Records/Brutaller Records - Nacional

E o HEAVY ROTTEN METAL da CARNIÇA está de volta! O agora quarteto retorna com força total em seu mais novo trabalho, o pesado e agressivo A NEW MEDIUM AGES. Não há muito o que falar sobre o grupo afinal, estamos falando de uma das bandas mais importantes e relevantes da cena gaúcha, com mais de 30 anos de estrada e que continua destruindo tudo por onde passa. Trazendo seu tradicional estilo que mescla de forma simples e direta o Thrash e o Death, sobrando ainda criatividade para inserir influências do metal tradicional (Iron Maiden à frente), o grupo comprova mais uma vez seu poderio em 9 faixas repletas de peso, brutalidade e muita garra e energia!

Mauriano Lustosa (vocal), Parahim Neto (guitarra e backing vocal), Kaue Muller (baixo) e Marlo Lustosa (bateria) formam a banda, que antes era um trio, pois Mauriano além de cantar, era o responsável pelas 4 cordas. Eis que 5 anos após o último trabalho do grupo, autointitulado, lançado em 2017, sua sonoridade permanece intacta, ainda que em alguns momentos se mostre até mesmo mais agressiva, agregando elementos ainda mais brutais a sua sonoridade. A NEW MEDIUM AGES foi produzido pela própria banda em parceria com Henrique Fioravanti, responsável também pela mixagem do álbum. Embalado em um bonito slipcase, o CD traz a arte gráfica assinada pelo renomado Alcides Burn. O conjunto da obra é muito mais do que um disco de thrash/death e sim, uma aula de como fazer isso de forma pessoal e insana!

"Intro the DArk" abre o álbum trazendo um clima épico, uma espécie de marcha, com uma atmosfera death metal e que antecede "Dog of War", uma pedrada thrash metal como nos velhos tempos, onde os riffs de guitarra dominavam o estilo. Sem tempo para descanso, o quarteto mostra versatilidade, pois a faixa carrega momentos mais intensos que variam para passagens mais rápidas sem perder a identidade. Kaue e Marlo (baixo e bateria, respectivamente), mostram coesão e entrosamento, entregando um peso acima da média. O que fica ainda mais latente em "País sem Salvação". Parahim apresenta riffs na escola germânica, impondo sua personalidade. Cantada em português (meio óbvio pelo título, não?), a composição traz uma letra que reflete o que o Brasil vem sendo através dos anos, pois entra ano e sai ano, continuamos sem perspectiva de um futuro próspero. Já "Command" traz passagens mais melódicas, o que se mostra logo no início da faixa, principalmente pelas linhas de guitarra de Parahim. Mas estamos falando da Carniça, então... o peso ganha mais intensidade no decorrer da execução. 

Por falar em peso, a faixa título é dona de um que beira as raias do absurdo. Fico imaginando o poder de destruição dela ao vivo! Aqui, temos também o momento mais death metal do grupo, que sabe dosar essa mistura thrash/death como poucos. "You Are Dead" é mais cadenciada, mas a bateria "castiga" nossos ouvidos ao criar linhas bem extremas em alguns momentos, contrastando com o andamento mais, por assim dizer, lento da faixa. Destaque para o solo de Parahim, melódico e bem encaixado. Na sequência, "Sexual Perverted" (seria uma homenagem ao W.A.S.P, Marlo? hehehe...) é uma faixa tipicamente thrash enquanto "World Demise" traz um outro direcionamento, agregando velocidade em muitos momentos. O encerramento vem com "Powerslave", cover do Iron Maiden, banda preferida do vocalista Mauriano e que ganhou uma interpretação bem pessoal por parte da Carniça. Mantendo as características originais, o grupo imprimiu sua marca neste clássico do metal mundial!

A NEW MEDIUM AGES é um álbum que mostra a força do CARNIÇA. Um grupo que luta a cada dia para levar sua música aos bangers que apreciam um heavy metal feito com garra, esforço, dedicação e muita qualidade. Por sabermos das dificuldades que existem pra quem faz esse tipo de som no Brasil, é preciso louvar quando bandas lançam trabalhos como esse, repletos de peso e agressividade. Longa vida ao grupo! Longa vida ao HEAVY ROTTEN METAL!

Sergiomar Menezes




sexta-feira, 18 de novembro de 2022

FORKILL - SICK SOCIETY (2022)

 


FORKILL - SICK SOCIETY (2022)
Dies Irae - Nacional

Não é novidade para ninguém que o Thrash Metal é um dos estilos preferidos deste que vos escreve. Obviamente que não é o único, mas ao lado do Hard Rock e do Punk Rock, os riffs criados pela turma da Bay Area e da Alemanha continuam fazendo a cabeça desse humilde redator. E se formos falar sobre bandas brasileiras que seguem essa linha e que a fazem com extrema competência e maestria, a FORKILL é uma delas. Impressiona o que o grupo mostra em seus três trabalhos e que consegue avançar ainda mais em brutalidade, peso e criatividade em seu mais recente álbum, o excelente SICK SOCIETY, lançado agora em 2022 pela Dies Irae Records. Desde a capa sensacional até o último segundo do CD, o que vemos é uma banda "sanguenozóio" e que não está nem aí para modinhas ou invencionices. o negócio aqui é porrada atrás de porrada sem tempo para descanso. E, fala a verdade, não é isso que se procura em um trabalho do estilo???

Igor Rodrigues (vocal/guitarra), Ronnie Giehl (guitarra), Gustavo Nascimento (baixo - que gravou o álbum, mas deu lugar ao atual baixista, Dudu Martins) e Rodrigo Tartaro (bateria) capricharam, não apenas nas treze faixas presentes no álbum, como também na apresentação do próprio, vez que o CD acompanha um pôster com a arte da capa, adesivo, palhetas e vem em um belo slipcase. Ou seja, mais profissional impossível! O FORKILL sabe que, apesar de todas as dificuldades enfrentadas, o fã valoriza esse tipo de atitude e sabe reconhecer o esforço da banda. Gravado no Tellus Studio (RJ) por Daniel Escobar e tendo Caio Mendonça como assistente de gravação, o álbum foi mixado e masterizado pelo próprio Daniel, tendo a produção executiva assinada por Ronnie Giehl e Ader Jr. E não há o que se falar sobre isso pois temos uma sonoridade limpa, mas suja ao mesmo tempo, como o estilo pede. Guitarras na timbragem correta, baixo/bateria na cara e vocais na medida certa. A receita certa para um petardo Thrash Metal!

A introdução "Open Wounds", nos prepara para a rifferama de "The Seed". Como é bom ouvir bandas que valorizam o verdadeiro thrash metal! Nada de barulhinhos, samplers ou qualquer outra coisa que possa atrapalhar aquela sonoridade "old school", mas que não soa datada. Igor é um vocalista que navega entre momentos mais rasgados e outros mais calmos e ainda forma uma dupla perfeita com Ronnie, como nos bons e velhos tempos de Holt/Hunolt. O peso ganha intensidade em "Brain Shaped Youth", com sua introdução carregada de intensidade, pra em seguida ganhar doses certeiras de riffs típicos do estilo. Essa faixa vai fazer um estrago nos shows, tamanha a energia que passa ao ser ouvida. Ah... E não tem como não tocar a famosa "air guitar" aqui... "Merchants of Faith", muito mais que uma crítica severa aos religiosos que usam e abusam da fé das pessoas para obter vantagens monetárias, é uma faixa em que a cozinha formada por Gustavo e Rodrigo não estão pra brincadeira, criando bases mais do que sólidas e pesadas, deixando Ronnie e Igor livres para, mais uma vez, despejar seus riffs. E tome Bay Area em "Every Corner". E uma coisa que é interessante no trabalho da Forkill é que ainda que as influências do thrash americano sejam bem latentes, o grupo ainda incorpora alguns momentos do thrash germânico, mas tem sua identidade. Ponto mais que positivo!

A velocidade dita o ritmo de "The Joker", outro belo exemplo de como fazer Thrash sem soar repetitivo. Já a instrumental "Seven Plagues" carrega consigo influências de metal tradicional sem perder as características do estilo que consagrou nomes como Exodus, Overkill, Testament, entre outros. "Behind the Mask" começa mais cadenciada e ganha velocidade e peso durante sua execução enquanto "No Land Beyond the Volga" mostra que a banda não esquece de inserir momentos mais "melódicos", por assim dizer, em algumas passagens, mesmo que aqui, o peso e a agressividade imperem. Os backing vocals também se destacam, criando um clima bem oitentista. A cadenciada "Violence Ritual" nos dá um pequeno momento para respirar, ainda que o pescoço insista em se movimentar involuntariamente... A faixa título, com seus mais de 9 minutos é quase um épico, pois possui mudanças de andamentos e muita rispidez, o que não é fácil tendo em vista o tempo de duração da faixa. Mas é um exemplo de como a criatividade do grupo consegue prender a atenção do ouvinte, pois não sentimos o tempo passar! Temos mais uma faixa instrumental, a pesada e cadenciada "Scars" e para encerrar o excelente álbum, "Killed at Last", regravação da faixa presente em "The Sound of the Devil's Bell" (2019), curta e eficiente, nos faz apertar a tecla repeat do CD Player para voltar ao início!

Não há muito o que falar sobre o FORKILL. Prestes a completar 23 anos de existência, o grupo não se vende aos modismos nem pretende reinventar a roda. A excelência em fazer Thrash Metal está no sangue dos integrantes, o que não é nenhuma novidade, pois a discografia (curta, é verdade) do quarteto mostra isso de forma contundente. SICK SOCIETY é um petardo que merece estar em todas as listas de melhores do ano de 2022 de quem se diz fã de Heavy Metal. O que eu posso garantir é que na minha estará! THRASH 'TILL DEATH!!!

Sergiomar Menezes





quinta-feira, 17 de novembro de 2022

SUMMER BREEZE BRASIL

 


SUMMER BREEZE OPEN AIR

TUDO O QUE VOCÊ PRECISA SABER SOBRE A PRIMEIRA EDIÇÃO DO FESTIVAL NO BRASIL


Agendado para abril de 2023, o evento conta com destaques globais de diversas vertentes do rock’n’roll. Confira lineup completo e muitas outras informações sobre este megaevento.

Para vídeos e fotos, acesse: http://tinyurl.com/52y6b8ek

A primeira edição do Summer Breeze Open Air no Brasil, que acontece nos dias 29 e 30 de abril de 2023, no Memorial da América Latina (SP) anuncia novos headliners: o retorno do Blind Guardian ao país depois de 7 anos de seu lendário show por aqui, e de ser o grande destaque e headliner do lineup de 25 anos do festival na Alemanha neste ano; o powertrio norte-americano The Winery Dogs, que lançará novo single e vídeo clipe em suporte ao álbum The Winery Dogs III com lançamento previsto para março de 2023 e que será apresentado em primeira mão ao público do Summer Breeze; e a banda britânica de metalcore Bury Tomorrow, atendendo ao clamor do público.

Além deles, e dos demais já divulgados anteriormente, também marcarão presença os recém escalados para os trending topics no Brasil após serem convocados para o festival, Skid Row, os finlandeses do powermetal Stratovarius e os icônicos australianos do Parkway Drive, headliners do dia 30 de abril, segundo dia do festival.

Fãs de rock’n’roll e o público no geral já podem garantir seus ingressos que se dividem em quatro modalidades.

Summer Card - ingresso que dá direito a um dia de festival

- A partir de R$ 700 inteira e R$ 350 meia entrada

Summer Lounge Card – ingresso com acesso ao lounge (válido para um dia de festival)

- A partir de R$1250 (R$700 ingresso + R$550 lounge) inteira e R$900 (R$350 ingresso + R$550 lounge)

Summer Pass - ingresso válido para os dois dias de festival - Esgotado

- A partir de R$ 1300 inteira e R$ 650 meia entrada

Summer Lounge Pass - ingresso com acesso ao lounge (válido para os dois dias de festival) - Esgotado

- A partir de R$2300 (R$1300 ingresso + R$1000 lounge) inteira e R$1650 (R$650 ingresso + R$1000 lounge)


Ingressos à venda na plataforma Ticket 360 pelo link:

https://www.ticket360.com.br/summerbreeze

Com mais de 30 bandas, quase 30 horas de programação, quatro palcos, o Summer Breeze Open Air Brasil é realizado pelos empresários Rick Dallal, Claudio Vicentin e Rodolpho Tourinho e já consta no calendário oficial de eventos da Prefeitura Municipal de São Paulo para acontecer anualmente a partir de 2023. 

Além dos shows, o público presente também contará com palestras e seminários sobre o universo da música (Waves Stage) com os nomes citados acima e que trarão informações e curiosidades sobre assuntos como carreira, empreendedorismo, mercado da música, curiosidades sobre turnês e muito mais. Todos os fãs que comprarem ingressos das modalidades SUMMER LOUNGE CARD e SUMMER LOUNGE PASS terão acesso.

“Diferente do que acontece na Alemanha, pensamos em trazer um mix de vertentes do rock para o Brasil. E isso ficou bem claro no lineup completo que acabamos de anunciar. Junte-se a isso toda a expertise que iremos ‘importar’ dos 25 anos do festival, um espaço amigável para toda a família, fácil acesso, atividades e ativações além shows e experiência gastronômica inesquecíveis, temos certeza de que o público saíra de lá já ansioso para voltar em 2024.”, comenta Rick Dallal, Free Pass Entretenimento.

Como tradicionalmente ocorre nos festivais europeus, o público poderá aproveitar uma atmosfera única que vai além dos shows em si, proporcionando uma experiência inesquecível. Por isso, o megaevento Summer Breeze Open Air Brasil contará com:


- Gastronomia diversa e com a culinária alemã presente (opções veganas e vegetarianas disponíveis)

- Feira de cultura GEEK

- Feira de cultura Urbana e Tatuagens

- Área de Descanso

- Lojas com diversos produtos relacionados a arte

- Merchandising variado do festival e das bandas participantes

- Um verdadeiro espaço kids com brinquedos, monitoria e iniciação musical

- Sessões de autógrafos com algumas bandas presentes no festival

- Side Shows chamados Summer Tours, onde algumas bandas que se apresentarão no festival também tocarão em casas de show em outros estados brasileiros;

- Lounge Premium

- Summer Party – a After Party do festival que contará com shows completos de alguns artistas que se apresentarão no festival, acontecendo na Audio nos dias 29 e 30 (Sábado e Domingo) com início as 22:00 e término as 03:00.

- Diversas ativações e instalações artísticas


Segue baixo mapa do festival e detalhamento de todos os espaços:

⦁ 1 (Palcos HOT & ICE): Palcos principais do festival, ficando um ao lado do outro, permitindo que não haja intervalo maior que 10 minutos entre o término de uma apresentação e o início da outra e onde os maiores nomes do festival estão escalados como Parkway Drive, Blind Guardian, Stone Temple Pilots, Avantasia, Kreator, Testament, Skid Row, Sepultura, The Winery Dogs, etc.

⦁ 2 (Área kids): Estrutura climatizada com banheiros privativos, fraldário, brinquedos diversos, monitoria especializada e ações de iniciação musical. Permitidas crianças de 2 a 8 anos.

⦁ 3 (Feira Geek): Em parceria com a Horror Expo trazendo o melhor do universo de Games, Comics em experiências indoors imersivas com diversas ativações, expositores, comercialização de produtos do segmento e experiência exclusiva.

⦁ 4 (Feira de Cultura Urban e Tattoo) – Em parceria com o Santos Tattoo Festival o Summer Breeze trará todo o universo da tatuagem e da cultura urbana através de exposições, instalações artísticas, stands com diversos expositores, marcas e artistas, além de ativações e live art.

⦁ 5 (Open Summer): O Open Summer é a área de descanso do festival. Para quem busca um pouco de sombra, um lugar pra sentar e relaxar;

⦁ 6 (Summer Store) – Nossa área de venda de merchandise oficial do festival e das bandas e produtos variados ligados a música, arte e a todo universo do Summer Breeze. Um espaço reservado e tranquilo possibilitando uma experiência de compra agradável, via sistema cashless do festival ou com pagamento direto.


“É a hora de o Brasil ser, através de São Paulo, a segunda casa da marca Summer Breeze. São Paulo é uma cidade que respira rock, onde os shows do estilo sempre acontecem de casa cheia desde os anos 90. Esperamos mais de 30 mil pessoas neste evento, que só tem a agregar positivamente à capital. Estamos muito felizes em poder trazer o melhor festival de rock da Alemanha para cá. E ele veio para ficar!”, completa Claudio Vicentin, Roadie Crew.

Mais informações em:

https://summerbreezebrasil.com

https://www.instagram.com/summerbreeze.fest


SERVIÇO

SUMMER BREEZE OPEN AIR - 1ª EDIÇÃO BRASIL

Data: 29 e 30 de abril de 2023

Local: Memorial da América Latina

Endereço: Av. Mário de Andrade, 664 - Barra Funda, São Paulo

Horário: 10h (abertura dos portões); 11h (início dos shows)

Acesso a pessoas com deficiência

Classificação etária: 16 Anos - Menores de 16 Anos somente acompanhado dos pais ou responsável legal.


Vendas online: www.ticket360.com.br


Ponto Físico de venda sem taxa de contribuintes: Bilheteria360

Avenida Francisco Matarazzo, 694 – Água Branca, São Paulo – SP, 05001-100



– Considerando a segurança dos consumidores, não serão admitidos objetos tais como:

⦁ garrafas de plástico com tampa;

⦁ garrafas de plástico sem tampa;

⦁ garrafas de vidro;

⦁ embalagens rígidas e com tampa (exemplo: potes de plásticos do tipo “tupperware”);

⦁ latas;

⦁ capacetes;

⦁ armas de fogo ou armas brancas de qualquer tipo;

⦁ cadeiras/banquinhos;

⦁ guarda-chuvas;

⦁ objetos pontiagudos;

⦁ objetos perfurantes ou cortantes (tesoura, estiletes, pinças, cortadores de unha);

⦁ fogos de artifício, dispositivos explosivos, sinalizadores e dispositivos incendiários de qualquer espécie;

⦁ Objetos de vidro, plástico ou metal (perfume, cosméticos, inclusive desodorantes de qualquer tipo, pasta ou escova de dente);

⦁ Bebidas (em qualquer tipo de recipiente);

⦁ Skate, bicicleta ou qualquer tipo de veículo motorizado ou não;

⦁ bandeiras, faixas ou cartazes contendo mensagens ou símbolos com ações comerciais;

⦁ bandeiras, faixas ou cartazes de qualquer tamanho material, natureza, com qualquer tipo de mensagem e qualquer um;

⦁ objetos de vidro, plástico ou metal (perfumes, cosméticos, inclusive desodorantes de qualquer tipo, pasta ou escova de dente);

⦁ bastão de selfie (extensor para tirar autorretrato);

⦁ tripés ou qualquer tipo de acessório para câmeras, como sticks de iluminação, etc.

⦁ itens que podem ser utilizados para marketing de emboscada

⦁ substâncias venenosas e/ou tóxicas, drogas ilegais;

⦁ máquinas fotográficas e filmadoras profissionais, além de drones de qualquer tipo;

⦁ malas de viagem, banners, panfletos, cartazes grandes e ponteiros laser.

⦁ Qualquer um que seja qualificado para a lista de eventos, segurança e prejuízo do público, objetos, colaboradores, fornecedores, etc.


– Não será permitido o acesso com alimentos e bebidas que representem intuito de promoção ou que possam representar riscos à segurança. No entanto, será considerado um limite de até 03 (três) itens por, dando-se preferência a:

(a) alimentos industrializados devidamente lacrados (exemplos: biscoitos, torradas, barras de cereais etc.);

(b) frutas cortadas e acondicionadas em embalagem transparente e não rígida, do tipo “Zip Lock”; e

(c) pacotes acondicionados em embalagem transparente e não rígida, do tipo “Zip Lock”.

(d) garrafas plásticas sem tampa somente com água. Haverá pontos de abastecimento de água filtrado, gratuitos em todo o festival.

Qualquer quantidade que exceder este limite poderá ser descartada na entrada do evento.



Guia completo com todos os termos e condições pode ser encontrado no site:

https://summerbreezebrasil.com/termos-e-condicoes-2/


Como chegar:


Ônibus

Através das linhas 175P-10, 178A-10, 208M-10, 748R-10, 8615-10, 875P-10


Metrô

O Memorial tem uma saída da Estação Barra Funda dentro de suas instalações. A Estação Barra Funda fica na Linha 3 do Metrô.


Trem

Através da Linha 8 - serviço 710


Serviços de Aplicativo

Todos os principais serviços de aplicativo de transporte atendem a região como Uber, 99 taxi, etc.


Carro ou Moto

Principais vias de acesso ao local são Avenida Mário de Andrade e Rua Tagipuru.

Não há estacionamento no local, mas a região conta com diversos parques de estacionamento privados.


A organização do Summer Breeze encoraja os fãs do festival a utilizarem, sempre que possível, o transporte público ou privado coletivo.


Assessoria de Imprensa - Agência Taga

Guilherme Oliveira – guilherme@agenciataga.com.br

Fernanda Burzaca – fernanda@agenciataga.com.br




INSANE DRIVER - SILICON FORTRESS - (2021)

 


INSANE DRIVER - SILICON FORTRESS (2021)
Independente - Nacional

Muitas bandas lançam seu primeiro álbum e na maioria das vezes, criam uma ótima expectativa com relação ao seu futuro. Infelizmente, algumas delas acabam por não confirmar tal situação. Mas, por outro lado, algumas bandas não só confirmas essa expectativa como a superam, mostrando que aquele início promissor não era uma mera casualidade. E esse é o caso da INSANE DRIVER. Se no álbum de estreia, que levava o nome da banda, o grupo mostrava talento e muita garra, em SILICON FORTRESS, seu segundo e mais recente trabalho, o quinteto nos entrega uma excelente mistura de heavy metal tradicional e metal moderno, agregando momentos mais alternativos, com passagens pelo metal core, além de incorporar de vez a figura do prog metal, ainda que esse aparece de forma mais sutil, não tão explícito.

Composta por Eder Franco (vocal), Dan Bigal (guitarra/backing vocal), Dave Martins (guitarra), Cesar Castro (baixo/backing vocal) e Wagner Neute (bateria e teclados), a INSANE DRIVER apresenta 11 faixas repletas de peso, melodia e qualidade técnica. Ainda que esse último quesito não seja algo preponderante em uma banda, cabe ressaltar que este fator é, para as composições do grupo, de grande valia, pois alia o feeling da composição à técnica na hora da estruturação dos arranjos. Produzido, mixado e masterizado por Danilo Pozzani, SILICON FORTRESS traz uma produção limpa, mas pesada e muito bem ajustada, deixando todos os instrumentos "separados", o que deixa ainda mais interessante a audição do trabalho.

"Back to 1994" abre o play com uma bela introdução e que nos prepara para a segunda faixa, a pesada e intensa "Faceless Demons". Com uma pegada bem atual, a música traz um ótimo trabalho de guitarras e com uma interpretação de Eder Franco digna de elogios, vez que sua voz possui um timbre único. Dan e Dave mostram um belo entrosamento enquanto a cozinha composta por Cesar e Wagner (baixo e bateria, respectivamente) se encarregam de fornecer o peso suficiente para o alto nível da faixa. Peso esse que parece ganhar mais intensidade em "Keep Away", onde os backing vocals merecem destaque. As mudanças de andamento favorecem a execução, trazendo essa dose extra de energia. Por sua vez, a faixa título mantém a pegada intensa, e traz passagens onde podemos notar que o prog metal incorporado pelo grupo se encaixou muito bem nas linhas apresentadas. Se torna até difícil rotular a sonoridade da banda, o que no meu entendimento, é muito bom, pois livra o quinteto de limites dentro de sua criatividade. "Age of Lies" começa bem "metalzona", mas ganha linhas melódicas que alternam entre momentos mais pesados, mostrando a versatilidade do grupo.

"Insane Driver" pesada e rápida apresenta traços de metal mais moderno, com uma pegada bem atual, sem se prender a nenhum tipo de amarra. Mais uma vez, destaque para as guitarras que trazem influências de vários estilos, criando uma atmosfera bastante pessoal. "Desperate Prayer" Carrega consigo uma aura mais sombria e densa, num clima mais pesado. Já "Ghosts" tem um clima de power ballad, com uma melodia bastante criativa e interessante, com destaque para o belo solo de guitarra, muito bem encaixado na execução da composição. "Imaginated Realities" traz um mix de metal tradicional e moderno, alternando linhas vocais mais fortes enquanto "Invisible Chains" cria uma variação entre peso e melodia, que representa muito bem a personalidade e identidade da banda. O encerramento vem com "Distant Hearts", essa sim uma balada com todos as características de uma composição do tipo.

SILICON FORTRESS é um excelente trabalho, mostrando que o INSANE DRIVER merece uma melhor colocação dentro do cenário da música pesada brasileira. Vocais potentes, guitarras pesadas e em sintonia e uma cozinha que estrutura bases cheias de peso e intensidade fazem do grupo não mais algo que se tem uma expectativa, mas sim, uma banda que confirma sua excelência dentro do estilo. Que sigam esse caminho nos presenteando com trabalhos de altíssimo nível!

Sergiomar Menezes




quarta-feira, 9 de novembro de 2022

TOXIC HOLOCAUST - 01/11/22 - Porto Alegre /RS

 


TOXIC HOLOCAUST
Abertura: C.F.C. e FINALLY DOOMSDAY
Local: Oculto - Porto Alegre/RS
Produção: Ablaze Productions

Texto e fotos: José Henrique Godoy

Terça-feira à noite após um final de semana de eleições, véspera de feriado, parece não ser uma data boa para um show de Thrash Metal, certo? Errado! Muito errado. O que tivemos no Oculto, em Porto Alegre, foi uma verdadeira celebração ao estilo, com os americanos do Toxic Holocaust, e no suporte de abertura as bandas gaúchas, Finally Doomsday e CxFxCx.

O início da noite se deu em ponto as 19:30, mas por conta do trânsito de final de tarde, tradicionalmente caótico, agravado ainda por “manifestações que não vem ao caso”, cheguei atrasado e perdi a apresentação da CxFxCx, podendo assistir apenas a última música, um excelente cover de “How Will I Laugh Tomorrow”, do Suicidal Tendencies. Peço desculpas a banda e a produção, por não ter conseguido assistir ao show, mas pelo que me foi comentado foi uma apresentação muito boa da veterana banda de Canoas.

Às 20;30Hrs, pontualmente sobe ao palco o Finally Doomsday! As figurinhas legendárias do metal gaúcho Sebastian Carsin (guitarra e vocais, grande produtor de algumas centenas de álbuns do metal RS) Marcio Jameson (Bateria e proprietário da loja APlace) acompanhados do baixista Paulo Hendler (Integrante também da banda de Death Metal Horror Chamber) sobem ao palco e detonam seu Death/Thrash cheio de riffs empolgantes em uma apresentação mais que energética.

A apresentação abre com “Rise Again”, faixa do (por enquanto) único trabalho da banda, um EP lançado em 2011. Faixa rápida e forte é seguida de “Guess What” e outra faixa do EP, “ Ravens Circle”. Após estas Sebastian agradece o público, que já dava amostras de algumas “rodas” e stage divings, mas ainda tímidos perto do que veríamos mais ao longo da noite.

O Entrosamento do trio é.excelente, e contagiou o público durante o show de pouco mais de 30 minutos. Finalizaram o set com “From Slave TO Obliteration”, cover clássico do Napalm Death, juntamente com a faixa título do já citado EP “Post Nuclear Armageddon" e uma nova composição: “Subhuman Conditions”. Uma irretocável apresentação do Finally Doomsday, e o que nos resta é esperar que venha logo mais shows e trabalhos da banda.




Com um atraso de uns 20 minutos, é chegada a hora da atração mais aguardada da noite: Toxic Holocaust. O líder e mentor Joel Grind (baixo e vocais), escoltado pelo guitarrista Rob Gray e pelo baterista Tyler Becker sobem ao palco e sem muito papo despejam “Bitch” do álbum “Conjure And Command” seguidas de “Silence”, “Gravelord” e “Acid Fuzz”. O som totalmente “Old School”, uma mescla de ThrashMetal , com pegada Punk, juntamente a temática das letras nos faz voltar até os anos 80, e o ambiente do show também.

Falando em ambiente, aqui cabe um parágrafo exclusivo para o público: QUE PÙBLICO! Apesar de não muito numeroso ( creio que em torno de umas 250 pessoas) a qualidade era o que contava. Desde as primeiras notas, o que se via pelo recinto do Oculto, eram dezenas de jaquetas cobertas de patches e tênis “cano alto” branco, engalfinhados em rodas punks e moshes praticamente sucessivos e intermináveis, e os presentes cantavam todas as letras de todas as músicas.  O que chama a atenção é que a maioria não eram os fãs old-thrashers da época de ouro do estilo, embora estes também estivessem presentes (este que vos escreve, incluso), mas sim uma molecada jovem que realmente entende do riscado! Se depender deles, o Thrash Metal será perpetuado, com a Graça de São Baloff e São Burton.

Voltando ao Toxic Holocaust, a banda fez também uma excelente apresentação, música após música sem intervalos, uma atras da outra. A discografia toda da banda foi visitada, com sons como “Primal Future”, “Hell On Earth”, “War Is Hell”, “Lord of The Wasteland”. O único, porém, creio que foi a duração do show, pouco mais de 50 minutos. A impressão que tive foi que passou rápido pois o show foi excelente, mas ao olhar o relógio, realmente foi menos de uma hora. Mesmo assim, a qualidade do espetáculo, não fez ninguém reclamar da duração do mesmo.






Mais uma grande noite de metal em Porto Alegre, novamente proporcionada pela excelente produção da Ablaze! Em direção de volta pra casa, fiquei com aquele sentimento de “tomara que não demore muito para o Toxic Holocaust voltar para a cidade”, bem como demais bandas do estilo. Porque público aqui temos, e é dos bons!

terça-feira, 8 de novembro de 2022

10º RS METAL - EXTERMINATE, DISTRAUGHT & NERVOSA

 


10º RS METAL
EXTERMINATE
DISTRAUGHT
NERVOSA
Bar Opinião, Porto Alegre/RS - 28/10
Produção: Pisca Produtora
Texto: Sergiomar Menezes
Fotos: Sergiomar Menezes e Uillian Vargas

Um dos mais importantes festivais que valorizam o metal gaúcho chegou a sua 10ª edição. E o incansável amigo Eduardo Machado, mais conhecido por Pisca, presenteou o público headbanger do RS com um evento grandioso, com bandas que se encontram num nível de excelência absurdo, sem dever absolutamente nada a muita banda gringa, a saber EXTERMINATE e DISTRAUGHT e, para completar, trouxe o primeiro show no Brasil da nova formação da NERVOSA. Três shows que mereciam um público maior. BEM MAIOR. Claro que quem se fez presente é aquele fã de heavy metal que além de curtir, apóia de verdade a cena do metal gaúcho. Obviamente que muitos não estiverem ali por suas razões, mas eu me refiro particularmente aquele "fã" que sempre reclama nas redes sociais: "Porto Alegre fora de novo?", "Cadê Porto Alegre nas datas da turnê? e por aí vai... Mas esse pessoal não sabe o que perdeu. Ou melhor, vai saber a partir de agora.

Infelizmente, por motivos pessoais, acabei chegando ao Opinião e a EXTERMINATE já havia começado seu show. Isso mostra o profissionalismo da banda e da produção, visto que o horário que estava determinado para o começo do evento foi cumprido à risca, ou seja, 22hs. Mas, o que falar sobre uma banda que conta com músicos experientes no quesito brutalidade extrema? Que conta o melhor baterista do metal extremo nacional? Uma verdadeira máquina de moer ossos! Adriano Martini (vocal/guitarra), Felipe Nienow (guitarra), Marcelo Feijó (baixo) e a máquina destruidora chamada Sandro Moreira (bateria) mostraram que o RS foi, é e sempre será um dos maiores expoentes da música extrema mundial. Com um set curto, de apenas 40 minutos, o quarteto passou seu recado apocalíptico de forma ríspida e agressiva. 

Durante a apresentação, algumas surpresas como "Observe the Martyr", do Mental Horror, a faixa que foi composta especialmente para o Armageddon Fest, a brutal "The Gate to Armageddon", o grupo trouxe ainda uma nova composição, "A Sadistic Day Await for Us", além de faixas do mais recente trabalho da banda, "Pray for a Lie", lançado em 2018: "Blind Faith" e a faixa título, sendo que o álbum "Burn Illusion" (2015) foi representado por "Doom" e "The Bells of Damnation". Uma aula de como o death metal deve ser. Parabéns a banda pela ótima apresentação!

Setlist - EXTERMINATE

"Observe the Martyr (Mental Horror)"
"Blind Faith"
"A Sadistic Day Await for Us"
"The Bells of Damnation"
"The Gate of Armageddon"
"Pray for a Lie"
"Doom"






Na sequência, após o intervalo programado, às 23hs, um dos maiores patrimônios do metal gaúcho sobe ao palco do Opinião para apresentar aos gaúchos, sua nova formação. André Meyer (vocal), Ricardo Silveira (guitarra), Everton Acosta (guitarra), Alan Holz (baixo) e Thiago Caurio (bateria) mostraram o porquê de a DISTRAUGHT ser uma das melhores bandas do Brasil! Impressiona o nível de profissionalismo do grupo, ainda mais sabendo que foram apenas dois ensaios antes da apresentação. André segue sendo um frontman que traz o público consigo durante o show, incitando o mosh e batendo cabeça a todo momento. Ricardo e Everton estão entre as melhores duplas de seis cordas do Thrash metal brasileiro. Alan, se mostrou entrosado com o estreante Thiago, que se diga de passagem, é uma máquina! E aqui cabe uma constatação: a banda sempre teve em line up excelentes bateristas e Thiago mantém essa escrita.

A banda também contou com um set reduzido, devido a organização e os horários, mas manteve intacta a qualidade em sua apresentação, seja na sonoridade, seja na escolha do repertório. Passando pelos mais recentes trabalhos do grupo, dando prioridade aos mais recente "Locked Forever" (2015), com a faixa título, além de "Brazilian Holocaust", "Blacktrade" e "The Last Trip" e "The Human Negligence is Repugnant" (2012), com a faixa título, a banda trouxe ainda duas faixas de "Unnatural Dislay of Art", com "Reflections of Clarity" e a fenomenal "Hellucinations". "Crucified Life" nova composição, mostrou sua força e deixou a todos os presentes na esperança de que o grupo lança mais faixas, vez que o próprio André disse ser difícil lançar um álbum completo, devido aos custos e procura do público pelo trabalho físico. Uma pena, mas perfeitamente compreensível. Mais um grande show dessa verdadeira instituição do metal brasileiro!

Setlist - DISTRAUGHT

"Brazilian Holocaust"
"Locked Forever"
"Blacktrade"
"Crucified Life"
"The Human Negligence is Repugnant"
"The Last Trip"
"Reflections of Clarity"
"hellucinations"






Após o intervalo para os devidos ajustes, era chegada a hora da principal atração da noite, que trazia pela primeira vez ao Brasil sua nova formação, divulgando "Perpetual Chaos". A NERVOSA mostrou aos gaúchos solidez, garra e muita, mas muita energia no palco. Diva Satânica (vocal), Prika Amaral (guitarra/vocais), Helena Khota (baixo) e Nanu Villalba (bateria), abriram seu set com a furiosa "Kings of Damnation", pesada, intensa e com a confirmação de que as novas integrantes acrescentaram e muito ao grupo comandado por Prika. A presença de palco de Diva já fica evidente na sequência com a violenta "Genocidal Command", onde o grupo mostrou uma coesão e entrosamento que só a estrada e parceria podem dar a alguma banda. 

"People of the Abyss" encerrou a sequência advinda do mais novo álbum e antecedeu "Death", presente no álbum de estréia do grupo "Victim of Yourself" (2014), o que foi uma grata surpresa. O mais recente trabalho voltou com força nas violentas "Time to Fight" e "Venomous", uma faixa que desperta uma vontade imensurável de quebrar alguma coisa... hehehe... Mas em seguida tivemos uma bela surpresa: "Masked Betrayer" e "Time to Death", presentes na primeira demo da banda vieram para resgatar duas ótimas composições dos primórdios da carreira do, à época, trio. E pra dar aquele descanso pra Diva, Prika assumiu os vocais em "Urânio em Nós".

Outro momento que marcou bastante o público presente, foi a faixa "Into Moshpit" que causou, com o perdão do trocadilho, um moshpit insano no Opinião. Uma coisa que é importante ser citada que embora Fernanda Lyra imprimisse um vocal rasgado e cheio de personalidade, Diva conseguiu, ao seu modo, colocar sua identidade nos vocais das faixas antigas, fazendo com que as próprias ganhassem ainda mais força e intensidade. A baixista Helena, também merece destaque, tendo em vista sua performance e interatividade com o público. Prika, como sempre, comanda a banda com maestria, mostrando-se uma excelente guitarrista, batendo cabeça durante todo o show e trocando muita energia com a galera. Já a baterista Nanu... Dona de um carisma impressionante, Nanu toca fácil, com peso e pegada bem característicos, e por vezes, tocava em pé, lembrando os grandes bateristas dos anos 80, criando um clima de troca de vibração com o público.

O encerramento veio com três faixas "Perpetual Chaos": "Rebel Soul", que ao vivo ganhou mais peso e contou com forte participação da platéia, seguida de "Guided by Evil", uma das melhores faixas da carreira do quarteto, enquanto o "grand finale" veio com "Under the Ruins", que deixou o Opinião ansioso por uma volta das quatro belas guerreiras do Thrash Metal!

Setlist - NERVOSA

"Kings of Domination"
Genocidal Command"
"People of the Abyss"
"Death!"
"Time to Fight"
"Venomous"
"Masked Betrayer"
"Time of death"
"Kill the Silence"
"Perpetual Chaos"
"Blood Eagle"
"Urânio em Nós"
"Into Moshpit"
"Rebel Soul"
"Guided by Evil"
"Under Ruins"





Fica aqui meu agradecimento às bandas que proporcionaram um grande evento, valorizando ainda mais o metal gaúcho, ao Pisca, pela parceria e cordialidade, ao meu brother de longa data Uillian Vargas que cedeu gentilmente algumas fotos para essa cobertura, aos velhos e novos amigos que reencontrei no Opinião depois de um longo período. O Metal está em nossas veias.