sexta-feira, 29 de maio de 2015
Documentário: COGUMELO 35 ANOS (Não oficial)
Quem é que, gostando de Heavy Metal, seja no Brasil ou no exterior, nunca teve um disco ou ouviu falar da Cogumelo? Um belo documentário, contando a saga de 35 anos de uma das mais importantes gravadoras do Brasil está no ar. O documentário: Cogumelo 35 Anos, feito pelo brother Carlos Clinger Teixeira, conta a história (de forma não oficial), desta importante loja/gravadora que trouxe ao mundo nomes muito importantes como Sepultura, Sarcófago, Mutilator, Chakal, entre tantos outros!
Assista no link abaixo:
https://www.youtube.com/watch?v=PzjSI2FSDCs
quarta-feira, 27 de maio de 2015
GRAVE DIGGER - ROCK AND ROLL SINUCA BAR 09/05/2015 NOVO HAMBURGO/RS HEAVY METAL BREAKDOWN!!!!
Heavy Metal! Simples, direto e sem invencionices! Assim podemos descrever o show apresentado pela lenda alemã Grave Digger, no dia 09/05 no Rock and Roll Sinuca Bar em Novo Hamburgo, no Vale do Sinos. Uma celebração ao verdadeiro heavy metal! Em mais uma iniciativa da Ablaze Produções, o local escolhido foi de fácil acesso e com um horário que facilitou bastante o deslocamento de quem mora pela região, pois coincidiu com o horário do transporte (ônibus e trem)! Ponto positivo para a produção do evento. Mas o público, apesar de ter comparecido, poderia ter sido melhor...
Mesmo sendo a terceira passagem do grupo pelos pampas, a ansiedade de muitos dos presentes era visível. Marcado para para as 21 hs, o show foi precedido por um pronunciamento da produção (á cargo do Leonardo Schneider), solicitando que ninguém subisse ao palco pois em São Paulo, algum ser desprovido de cérebro, acabou fazendo isso e quase enforcou o vocalista Chris Boltendahl! Fato que se voltasse a ocorrer, encerraria a apresentação da banda. Pedido feito, pedido aceito!
Eis que ao som da intro Return of the Reaper, Marcus Kniep (teclados, que substituiu o folclórico H.P. Katzenburg - e que acabou sendo alvo de uma brincadeira feita pelo vocalista com alguém da platéia mais tarde), Stefan Arnold (bateria), Jens Becker (baixo), Axel Ritt (guitarra) e o carismático Boltendahl iniciam a apresentação com a excelente faixa Hell Funeral, que abre o mais recente trabalho do grupo, Return of the Reaper (2014). Com um som muito bom, o grupo mostrou porque está há tantos anos na ativa, e que, mesmo com a troca de integrantes, sua qualidade permanece intacta! Na seqüência The Round Table, presente em Excalibur (1999) e Witch Hunter (faixa título do álbum homônimo), com seus 30 anos, voltaram no tempo e nos entregaram grandes clássicos do gênero. The Dark of the Sun, um dos grandes momentos de Tunes of War (1996), mostrou uma grande receptividade da platéia. Algo que se manteve durante todo o show, diga-se de passagem...
Ballad of Hangman, faixa que dá nome ao trabalho lançado em 2009, precedeu uma das novas faixas do mais recente álbum. Season of the Witch, faixa pesada e cadenciada, que traz todas as características que sempre nortearam a carreira da banda. E aqui cabe ressaltar a qualidade do guitarrista Axel "IronFinger" Ritt. A banda sempre teve grandes guitarristas em seu line up, e dessa vez não é diferente. Lionheart, de Knights of the Cross (1998), trouxe o apoio do público novamente no refrão, que cantou a plenos pulmões! Em seguida, The Last Supper, do álbum de 2005, talvez tenha sido a faixa que não obteve o mesmo entusiasmo por parte da galera.War God, um dos destaques do novo trabalho veio a comprovar a qualidade dos músicos, com destaque para o baterista Stefan Arnold e para o baixista Jens Becker. Pesada e rápida, a faixa, apesar de recente, fez a galera interagir novamente de aneira contagiante. Hammer of the Scotts, faixa de The Clans Will Rise Again (2010), precedeu a mais uma faixa do novo álbum. Tattooed Rider, que foi um dos destaques do show. Uma faixa bem "Grave Digger", se me faço entender...
The Curse of Jaques, de Knights of the Cross, antecedeu á três dos maiores clássicos do grupo: Excalibur, Knights of the Cross e Rebellion (The Clans Are Marching). Um momento único dentro do universo Heavy Metal. Três grandes clássicos, com destaque para a épica e sensacional Rebellion. E como é bom ver uma grande banda, com mais de 30 anos de carreira, tocando com aquela "gana" que ultimamente, vemos apenas em bandas iniciantes. E cabe aqui também elogiar a performance do grupo em relação ao local. Apesar de pequeno, e das restrições em relação ao tamanho do palco ( o batera Stefan Arnold, quando se levantava do seu kit, ficava meio de lado devido a sua altura - fato esse levado na esportiva por ele), a banda tocou como se estivesse tocando nos grandes festivais da Europa, onde é figura carimbada. Sinal de respeito pelo público.Chegava ao fim a primeira parte do show.
Após os pedidos de retorno, o grupo volta ao palco para detonar mais três petardos.
Highland Farewell, também presente em The Clans Will Rising Again, a fantástica Morgane Le Fay , presente em Excalibur, cantada em uníssono e o hino Heavy Metal Breakdown, faixa título do álbum de estréia da banda em 1984. Indescritível a sensação de presenciar esse momento. Qual fã de heavy metal, nunca cantou junto esse refrão enquanto empunhava sua air guitar? Um show pra ficar na memória de quem tem nesse estilo sua inspiração!
O único ponto que ficou um pouco a desejar, foi o acesso aos fotógrafos. Talvez pelo pedido da banda, eles não tiveram acesso a frente do palco. Mas é um ponto pequeno, perto da grandiosidade do evento. Fica aqui um agradecimento a Ablaze Produções pelo credenciamento e atenção dispensada. E que venham os próximos shows! Fotos: Diogo Nunes.
terça-feira, 5 de maio de 2015
MARDUK, SYMPHONY DRACONIS E REVOGAR - HELL OVER SÃO LÉO! SOCIEDADE ORPHEU 20/04/15 - SÃO LEOPOLDO - RS
Uma véspera de feriado que se iniciou chuvosa mas que, com o passar das horas deixou o clima mais frio e com a cara típica do outono gaúcho. Assim foi o dia 20/04/15, data que, entrou novamente pra história do underground dos pampas. Em mais uma grande iniciativa da MAKBO Produções em parceria com a Heavy and Hell Press, a Sociedade Orpheu, no centro de São Leopoldo, foi o palco de um massacre sonoro. Dessa vez, as bandas Revogar, Symphony Draconis e a lenda Marduk, trouxeram toda a fúria e ódio do black metal ao Vale dos Sinos. Preço justo, uma excelente estrutura oferecida, local de fácil acesso, horário perfeito. E mesmo assim o público deixou a desejar... Pouco mais de 300 pessoas compareceram ao evento, que por tudo citado anteriormente, merecia uma maior platéia.
REVOGAR
Começando com um pequeno atraso (mínimo, diga-se de passagem), a Revogar deu inicio aos shows. Formada por Wagner Santos (vocal e guitarra), André Cruz (guitarra), Jeverson Eberle (baixo e backing vocal) e Cristiano Fava (bateria - que alguns dias após o show, deixou o grupo), a banda destilou seu death/black metal cru e agressivo de forma emocionante! Com aquele famoso "sangue no zóio", o grupo mostrou muita qualidade e uma garra digna de nota. Após a introdução (instrumental), Rotten Crown mostrou que a escolha da banda foi acertada! Peso bem dosado com a velocidade e os vocais de Wagner cheios de raiva, aliados ao bom trabalho de backing vocal de Jeverson, algo que se mostrou muito eficiente no decorrer do show. Na seqüência, anunciada de forma bastante "singela" pelo vocalista, Rape the Virgin Mary continuou o massacre. Uma banda muito boa de palco, a Revogar sabe o estilo que pratica e não procura inventar no palco. Vale dos Suicidas ( que dá nome ao álbum da banda lançado em 2010) também se fez presente. Wagner agradeceu o público que atendeu a convocação feita e compareceu cedo para prestigiar as bandas de abertura. Uma banda coesa, com uma cozinha que carrega tanto no peso quanto na velocidade imposta. E a dupla de guitarristas despeja os riffs de forma correta, com uma pegada por vezes death, e por vezes black. Não á toa o grupo se intitula Revogar Brazilian Death Black Metal. Cerca de 40 minutos depois, se encerrava o show da banda. Está na hora de um novo trabalho, pessoal!
Setlist Revogar:
Intro (instrumental)
Rotten Core
Rape the Virgin Mary
Vale dos Suicidas
Forged in Fire
The Kings of Immortalized
Out of Control
Worms of Submission
Hipocrisia Cristã
SYMPHONY DRACONIS
Após um pequeno intervalo, sobe ao palco a banda que, na minha opinião, protagonizou o melhor show da noite. Não, meus amigos. O Marduk não antecipou sua apresentação. Falo da banda gaúcha Symphony Draconis! E que grande show. Em todos os sentidos! Presença de palco, instrumental perfeito, músicas muito boas, bem estruturadas... Banda mais do que pronta pra estourar lá fora. Sim, lá fora, por que aqui... Uma banda de nível internacional que não fica a dever nada pra muita banda gringa. Stiemm Nechard (vocal), Thiernox (guitarra), Aym (guitarra), E. Follmer (baixo) e Helles Vogel (bateria) trouxeram ao palco um black metal mais elaborado, técnico, mas que também carrega consigo toda a fúria de nomes como Hellhammer, Bathory e porque não dizer, do próprio Marduk. Mas o grupo tem muita personalidade e o que é mais necessário, talento. As guitarras do grupo soam perfeitas, a cozinha é matadora e o vocal se encaixa de forma exata. Divulgando seu álbum Supreme Art of Renunciation (2013), a apresentação do grupo deixou claro que o metal daqui tem qualidade de sobra! Abrindo com a poderosa faixa título, cadenciada e com riffs cortantes, a banda segui sua apresentação com a mais "carregada Eris Aeon, e teve como grande destaque a pesada, veloz e brutal Ain Soph Aur. E, mais uma vez, há que se ressaltar a qualidade da banda, pois o show do Marduk não foi ruim, longe disso! Longa vida ao metal gaúcho!
Setlist Symphony Draconis:
Supreme Act of Renunciation
Eris Aeon
Transcending the Ways of Slavery
Ain Soph Aur
MARDUK
Era chegada a hora então, da atração mais aguardada da noite. A lenda sueca MARDUK subia ao palco pra divulgar seu mais novo petardo, o muito bom Frontschwein (2015). Formada por Mortuus (vocal), Morgan (guitarra), Devo (baixo) e F.Widigs (bateria), o grupo abriu com a faixa título do mais recente trabalho. Uma faixa com a cara da banda! Mas logo no início, uma atitude do vocalista Mortuus me chamou a atenção. Pouco antes do início da sua participação, ele percebeu que o microfone não estava Ok. Claro que não dava pra começar, mas sair do palco, até mesmo de dentro do local, enquanto o roadie resolvia o problema é demais, não acham? Estamos falando de um show underground! Tá certo que era o Marduk, mas respeito pela galera que estava ali para assisti-los, permanecendo no palco seria o mínimo aceitável. E não ficou só nisso, pois tive informações que no backstage, o mesmo também se mostrou por vezes arrogante. Atitude lamentável. Mas vamos falar do show, que é o que realmente importa.
Com o problema devidamente solucionado, a banda deu seqüência a apresentação com mais uma faixa novo trabalho, The Blond Beast. Um grupo afiado e destruidor em cima do palco, o Marduk ao vivo mantém em sua performance uma perfeita sintonia com sua proposta tanto musical quanto visual, ou seja, uma verdadeira máquina de guerra. Morgan é o grande destaque da banda. Dono do grupo, mas nem por isso querendo ou tentando ser esse destaque, o guitarrista mostra uma técnica apurada quando seus riffs ecoam pelos PAs. Devo também se mostra um grande baixista. F. Widigs, "novato" no grupo, não fica atrás, e Mortuus apesar de tudo, também é um grande frontman. A banda fez, em 14 músicas, um apanhando abrangendo quase toda a carreira, priorizando o último álbum com 3 petardos. Também merecem destaque na apresentação do grupo Cloven Hoof (World Funeral/2003), 502 e Panzer Division Marduk - que encerrou a apresentação- (do fenomenal Panzer Division Marduk/1999), Slay the Nazarene (Nightwing/1998) e The Black (The Endless/1992 - primeiro álbum do grupo). Uma grande apresentação de uma lenda do black metal.
Setlist MARDUK:
Frontschwein
The Blond Beast
Slay the Nazarene
The Levelling Dust
502
Wartheland
Serpent Sermon
Cloven Hoof
Burn My Coffin
Into Utter Madness
Womb of Perishableness
Warschau
The Black
Panzer Division Marduk
Fica aqui o registro de mais uma grande noite dedicada ao metal, dessa vez ao black metal, proporcionada pela Makbo Produções na figura do Márcio Makbo e com a assessoria da Heavy and Hell Press, representada pelo Renato Sanson, que trataram aos que foram realizar a cobertura de maneira respeitosa. Como sempre. Shows excelentes, local muito bom, estrutura muito boa, ingresso acessível. Faltou só mais público. \\m//
Fotos: Diogo Nunes (Road to Metal)
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