segunda-feira, 16 de dezembro de 2024

THE WHITE BUFFALO - 13/12/2024 - BAR OPINIÃO PORTO ALEGRE/RS

 


THE WHITE BUFFALO
13/12/2024
BAR OPINIÃO
PORTO ALEGRE/RS
PRODUÇÃO: POWERLINE

Texto: José Henrique Godoy
Fotos: Carolina Capelleti Peres


Numa sexta-feira 13, Porto Alegre teve a sorte de receber uma das vozes mais marcantes do Country/Folk Rock americano. Jake Smith, idealizador do The White Buffalo, trouxe seu show pela primeira vez para solo gaúcho, em sua primeira tour brasileira, e não decepcionou, entregando todos os hits da sua carreira para uma plateia que a muito o aguardava.

Há algum tempo, o show estava com todos os seus ingressos esgotados, uma pena para quem ficou de fora, mas é muito bom ver o Bar Opinião abarrotado de gente. O público também era bem variado: pessoal com pinta de membro de motoclube, os tradicionais rockers com camisetas pretas de diversas bandas (incluindo camisetas do The White Buffalo), e o pessoal apreciador das séries televisivas, principalmente fãs da série “The Sons Of  Anarchy”, série que consagrou o White Buffalo.

Pontualmente as 21h, adentra o palco Jake Smith, apenas ele e violão, e executa “Wish It Was True”, que foi recebida por um coro da plateia cantando a letra da música, e que arrancou um sorriso do simpático e carismático artista. Ali já se sabia que a noite seria “jogo ganho”. Para a segunda música, entram no palco os companheiros de Jake: baixista/tecladista/guitarrista Christopher Hoffee e o baterista Matt Lynott.


A bateria de Matt colocada ao lado direito do palco, a frente, ao lado de Jake e Christopher, nos dava a total noção de quão espetacular é este baterista, batendo forte dando uma ênfase as já energéticas e emotivas canções do trio, enquanto sorria e interagia com o público. O guitarrista Christopher caminhava pelo palco, também distribuía olhares e sorrisos para o público, enquanto sua guitarra, cheia de melodia, dava um clima quase “western” ao show.

Jake Smith é um show a parte, sua voz preenchia e ecoava por todo o bar opinião, enquanto sorria e acenvaa para o público, apesar de não falar muito entre as músicas, deixando as composições “conversarem” com a plateia. As preferidas dos fãs foram quase que todas executadas: “Kingdom For a Fool”, “Problem Solution”, “The Matador”, “Big Guns And Dirt Bikes” e obviamente “The House Of The Rising Sun”, cover do The Animals e destaque máximo na trilha sonora de “The Sons Of Anarchy” . Após uma hora e quarenta minutos, ‘Oh Darlin’ What Have I Done” finaliza uma sensacional apresentação para um Bar Opinião totalmente lotado e com um público em delírio.


A espera valeu a pena, e que esta seja apenas a primeira de muitas apresentações do The White Buffalo em Porto Alegre. Se você perdeu, saiba que perdeu uma grande noite de Rock/Country Rock e numa próxima ocasião, tente não ficar de fora.


quinta-feira, 12 de dezembro de 2024

BLIND GUARDIAN - SOMEWHERE FAR BEYOND REVISITED (2024)

 

BLIND GUARDIAN
SOMEWHERE FAR BEYOND REVISITED (2024 - ORIGINAL 1992)
Shinigami Records/ Nuclear Blast -Nacional

Revisitar o passado é perigoso, é sempre de grande responsabilidade, e se tratando de clássicos impecáveis, isso se torna um grande desafio.

Nono disco dos bardos germânicos, Somewhere Far Beyond (1992) colocou de vez a banda no patamar dos grandes nomes do heavy metal, consolidando o que iniciaram em antecessores como "Tales of Twilight World" e o mais speed "Follow the Blind".

O disco é repleto de tudo aquilo que podemos esperar de Blind Guardian: peso, velocidade, refrãos poderosos e melodias únicas. Época em que cada banda de Power metal tinha sua peculiar identidade.

Faixas como "Time What is Time", "Journey Through the Dark" nos fazem parar de bangear para entoar os refrãos, "The Quest of Tanelorn" é empolgante com suas melodias marcantes, "Ashes to Ashes" empolga do início ao fim com sua intensidade e riffs primorosos, e sem contar com um dos pontos altos da banda com a linda "The Bard Song: in the Forest", nascida clássica e entoada até hoje em coro em apresentações da banda… mágica. "Somewhere Far Beyond", fecha o disco com chave de ouro. Soberbo.
.
Ao meu ver, falando agora especificamente da regravação em si, a banda consegue resgatar aquela sonoridade mais clássica embora a polidez das gravações, o que pode incomodar alguns mais ferrenhos fãs, mas quem viu as apresentações na íntegra do álbum pode conferir bastante sangue no olho nas performances, mesmo sendo impossível tentar resgatar uma atmosfera da época. Hansi, Marcus, André e Frederik merecem uma chance nessa. Merece um lugar na prateleira junto ao clássico de época de sua coleção!

Gustavo Jardim