Um cd que não deve nada ás bandas internacionais. Tanto nas composições, como na excelente produção. Praticando um Heavy Metal com forte acento Thrash, mas bastante atual, o quinteto santista VETOR, estréia com CHAOS BEFORE THE END, que chega ao mercado via Shinigami Records. O grupo existe desde 2001, mas só agora lança seu primeiro trabalho. E se você pensa que foi muito tempo, você está certo. Mas essa demora faz valer a pena cada música que consta nesse excelente trabalho. Guitarras pesadas, riffs sujos e agressivos, baixo e bateria modernos (e não mudérnos) e vocais que se encaixam muito bem na proposta do grupo. Produzido por Anibal Pontes, os instrumentos ficarm bem nítidos e pesados. A mixagem e masterização ficaram á cargo do renomado Fredrik Nordström no Fredman Studio, na Suécia e completou de forma grandiosa o trabalho.
O grupo composto por Eduardo Júnior (vocal), Ricardo Lima (guitarra), Pedro Bueno (guitarra), Luiz Meles (baixo) e Afonso Palmieri (bateria) - as guitarras base foram gravadas pelo ex-guitarrista Luciano Gavioli - Capricha no peso/agressividade em todas as faixas, mas nem por isso esquece da melodia. A sonoridade, por vezes remete ao Nevermore, mas com personalidade própria. O vocal de Eduardo Júnior lembra um pouco o de Matthew Barlow (ex- Iced Earth), mas tem mais variação, indo do melódico ao mais agressivo com desenvoltura. Além de tudo isso, o cd vem com um belo trabalho gráfico. Tudo isso, em conjunta com a técnica dos músicos, fazem do trabalho, algo imperdível!
Intro/Religious Falsehood abrem o cd de forma brilhante. Guitarras pesadas com variações bem executadas vão de encontro a agressividade da cozinha, onde a bateria de Afonso Palmieri se destaca. Solos agressivos e melódicos na medida, fazem da faixa um dos destaques do trabalho. Strike Command, a segunda faixa, traz bateria e baixo muito bem entrosados, enquanto as guitarras aliam peso e melodia de forma muito interessante. Eduardo Júnior mostra versatilidade com seu vocal por ora agressivo, ora mais melódico. A faixa título Chaos Before the End dá seqüência e mantém o alto nível do cd, onde os riffs pesados se mantém, mostrando uma variedade no andamento que engrandece a composição. My Torment inicia com uma marcação de bateria e riffs mais acessíveis, mas nem por isso "leves". Toques mais "heavy" se apresentam, deixando a agressividade mais amena.
New Limits Within Procreation traz as guitarras á frente, mas encontram um excelente trabalho da cozinha, com destaque para o baixista Luiz Meles. Vocais bem variados e doses cavalares de agressividade ditam o ritmo aqui. In The Sound of The Wind mantém a agressividade e o trabalho das guitarras mostra uma complexidade nos riffs que são muito bem executados. Vetor, inicia com guitarras que lembram as bandas de metal dos anos 80, mas em seguida, adentram o período atual e trazem belos solos. Os vocais de Eduardo soam bastante agressivos em certas passagens. Endangered Species encerra o trabalho trazendo vocais agressivos, paredes de guitarra, cozinha pesada e dá ao álbum, um fechamento em grande estilo.
Peso e agressividade se encontram de forma perfeita com a melodia no som do grupo. Mas quando escrevo melodia, não leia "suavidade", pois a banda imprime doses generosas de agressividade em seus riffs, e o trabalho de baixo e bateria não dá descanso em nenhum momento. Um vocal com variações muito bem executadas e muita qualidade nas composições. Uma produção que deixou tudo de forma clara e suja ao mesmo. Esse conjunto de virtudes fazem de Chaos Before the End um dos melhores lançamentos nacionais do ano! Ouça no volume 10!
Sergiomar Menezes
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