segunda-feira, 23 de maio de 2016
W.A.S.P. - BABYLON
Após a "volta ás origens" iniciada no trabalho anterior ( Dominator - 2007), o W.A.S.P. seguiu pelo mesmo caminho e em 2009, colocou no mercado BABYLON, que tem seu relançamento feito por aqui via Shinigami Records. Mantendo a mesma formação, o grupo manteve a mesma pegada e conseguiu superar o belo trabalho que já havia realizado no álbum anterior. Aquele hard n' heavy tão característico do grupo, estava de volta e em uma grande fase novamente!
Blackie Lawless (vocal, guitarra e teclados), Doug Blair (guitarra), Mike Duda (baixo) e Mike Dupke (bateria), mantiveram a linha que fez que o grupo voltasse a ser visto novamente com outros olhos em Dominator. E para isso, algo que no trabalho anterior já podia ser notado e que aqui se mostra mais ainda, a presença de Doug Blair na guitarra trouxe novo ânimo ao velho Lawless. Dono de boa técnica e muito feeling, o guitarrista fez com que aquela aura que fez do W.A.S.P. um dos principais grupos da cena Hard n' Heavy, voltasse. Com a produção sob o comando de Blackie Lawless e com a mixagem e masterização de Logan Mader, a sonoridade mais uma vez ficou perfeita, pois como no trabalho anterior, quem mais sabe a forma correta que o grupo deve soar? Cabe ressaltar que todas as faixas foram compostas por Lawless (exceção feita aos dois covers presentes).
A abertura com Crazy é aquela típica faixa de abertura dos trabalhos do grupo. Guitarras melódicas e bem timbradas, uma levada de baixo e bateria no melhor estilo hard n' heavy e os vocais característicos do mestre Blackie Lawless. O refrão, como sempre, uma das marcas da banda é daqueles que a gente ouve uma vez e já sai cantando! As guitarras predominam em Live To Die Another Day. Linhas melódicas mas com uma pegada mais direta e uma cozinha entrosada e mais uma vez, um grande refrão. Doug Blair mostra classe e bom gosto em um belo solo. Já Babylon's Burning é uma das melhores faixas desta "nova" fase do W.A.S.P. Um vocal mais rasgado, por vezes mais "raivoso", uma estrutura que alinha de forma perfeita o peso do heavy co aquela linha mais melódica do hard. E que solo espetacular! Uma faixa histórica para o grupo! Na seqüência, o primeiro cover do trabalho. Trata-se de Burn, do Deep Purple. Presente no homônimo álbum do grupo inglês, lançado em 1974. Ficando com a cara do W.A.S.P., a faixa se encaixou bem na proposta do disco.
A balada Into the Fire vem para dar uma acalmada nos ânimos. Bem estruturada, a faixa tem uma boa linha de guitarra, onde Doug Blair consegue de forma precisa, interpretar as linhas criadas por Lawless. As guitarras voltam a predominar na rápida Thunder Red. O vocal de Lawless se mostra ainda eficiente, pois por vezes, se faz necessário uma forma mais agressiva de cantar nessa faixa, e o "velhinho" segura numa boa. Seas of Fire tem uma cara mais atual. Baixo e bateria pesados e diretos, mas bem trabalhados e guitarras cheias de melodia. Em Godless Run, Blackie dá um show de interpretação, haja visto a complexidade da faixa. Uma balada que exige por parte do vovalista, muita concentração e talento. Mais uma vez, Doug Blair esbanja categoria em solos técnicos e cheios de feeling. O encerramento vem com mais um cover. Promised Land, de Chuck Berry. Rock n' Roll na veia, direto, sem firulas. Excelente escolha para encerrar um trabalho que mantém um alto nível em suas composições durante toda a sua execução.
Após Dominator, o W.A.S.P. seguiu a linha adotada anteriormente e conseguiu lançar um trabalho superior ao seu antecessor. BABYLON tem tudo aquilo que um fã do grupo espera encontrar. Músicos gabaritados, talento e músicas com a cara da banda.
Sergiomar Menezes
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