segunda-feira, 30 de novembro de 2020

ENTREVISTA - THE DAMNNATION

 


Pense na fúria e agressividade do Thrash metal aliadas a uma pegada visceral. Guitarra, baixo e bateria. Não é preciso mais do que isso para que Renata Petrelli (vocal e guitarra, Marie Dolls, ex-Sinaya), Aline Dutchi (baixo) e Leonora Mölka(bateria), destruam tudo em seu EP de estréia! PARASITE traz quatro faixas que mostram toda a energia e brutalidade do trio, firmando de vez o nome da THE DAMNNATION no cenário nacional. E o REBEL ROCK não poderia deixar passar a oportunidade de trocar uma idéia com a guitarrista Renata e falar sobre o atual momento da banda. Confira!

Por: Willian Ribas

Rebel Rock: A The Damnnation surgiu no ano passado, e nesse espaço curto de tempo vocês vêm atingindo excelentes números e repercussão. Antes de tudo, como surgiu a banda?

Renata: Bom, a banda surgiu imediatamente após eu sair da banda anterior e logo em seguida a Cynthia também sair e se juntar a The Damnnation. A banda teve seu primeiro ensaio em maio de 2019.

Rebel Rock: Qual a o significado “poético” para a escolha do nome The Damnnation?

Renata: Junção das palavras Damn (maldita) + Nation (nação). Uma forma de protesto com o que estamos passando com o nosso país. Pensava que tinha que ser um nome atual.

Rebel Rock: O estilo apostado segue algo que para mim pode ser classificado como “Thrash N’ Roll”, mas com influencias bem abertas. Tem um pouco de Motorhead, aquela linha mais suja e ríspida e com uma boa junção inspirada em nomes como Sodom, Kreator e um pezinho no início do Paradise Lost. Como colocar todas as influencias no liquidificador e criar um som bem orgânico, inspirado e sem soar uma cópia dos ídolos?

Renata: Sendo sincera, na hora de compor os riffs, arranjos, não penso muito se parece com uma ou outra banda ou se deveria soar como um estilo específico, deixo isso para quem ouve, rs! Acho curioso que algumas pessoas, como você percebem algumas influências não tão óbvias haha. Então na realidade, eu sento na cadeira começo a “brincar” com um riff, até amadurecer como música, sem me preocupar com o estilo que mais se assemelha, ou banda.

Rebel Rock: As letras do EP de estreia, “Parasite”, giram do cotidiano atual e seus diversos problemas. Infelizmente, ter um mundo tão podre e doente acaba sendo uma excelente fonte de inspiração para a banda na hora de compor?

Renata: Ah, com certeza! Diria que a sociedade em si, o egoísmo, a ganância que a gente se depara por aí e quanto nos choca, e isso em todas as vertentes, é uma ótima fonte de inspiração, haha.

Rebel Rock: Aliás, ter um engajamento ácido acaba sendo uma via de escape para os sentimentos diários, mas também serve como aviso para muitos fãs, correto?

Renata: Sim, acho que é até uma forma de se conectar mais com os fãs, que de repente, ao ouvirem as letras ou lerem, se identifiquem.


Rebel Rock: O legal de “World´s Curse”, “Apocalypse”, “Parasite” e “Unholy Soldiers”, são que nenhuma segue uma formula exata, se tornando uma audição bem prazerosa, principalmente por nunca se saber o caminho que as músicas seguirão. Existe algo melancólico e denso, numa outra algo mais rápido e sujo, mas aí vem aqueles riffs certeiros que somente o thrash metal nos presenteia. Como foi o trabalho de composição do EP?

Renata: Nossa, algumas destas músicas tem em torno de 10 anos, que é o caso de Apocalypse! Tinha muita música engavetada, e ainda tenho haha.  Mas todas elas começam com uma ideia de riff principal, testo algumas ideias de estrofe e em seguida penso no andamento, vem algumas ideias bem cruas de bateria que muitas vezes influenciam na pegada do refrão. Letras definitivamente vem por último, grava algumas demos e mostro para o produtor que dá sugestões =)

Rebel Rock: Os clipes das músicas “World´s Curse”, “Apocalypse” e “Parasite”, vem alcançando excelentes números no YouTube. O Spotify da banda tem uma média de mais mil ouvintes mensais e no Facebook, mais de três mil seguidores. O mundo digital se tornou algo indispensável para as bandas, sejam pequenas, medias ou grandes. Sem poder se apresentar ao vivo, qual a visão de vocês  para essa “nova” realidade?

Renata: Acho que na atual conjuntura a internet é indispensável como aliada para fazer nossa música alcançar mais e mais pessoas. Lógico que ter um planejamento para as coisas, um cronograma é indispensável, afinal a internet tem um volume gigantesco de novidades e a máxima de quem não é visto, não é lembrado, faz muito sentido, então sempre precisar estar alimentando isso, principalmente enquanto não dá pra tocar.

Rebel Rock: Tiveram algumas músicas que não entraram no EP? Já pensam no full lenght?
Renata: Na verdade essas músicas eram de demos que já estavam prontas, então a escolha foi fácil. A World’s Curse e a Unholy Soldiers foram as mais novas em termos de composição no EP. Sobre o Full-Lenght já estamos trabalhando nele, quisemos nos adiantar pensando de forma otimista que 2021 será cheio de shows e não teríamos tanto tempo hábil para compor.

Rebel Rock: Para finalizar, todas as 3 integrantes são experientes, com uma boa bagagem dentro do underground. Qual é o lado positivo em saber driblar alguns percalços e, existe algum sonho que já conseguiram realizar nesse começo de The Damnnation?

Renata: Lado positivo é que já se sabe o que funciona e o que não no andamento de uma banda, então erros e acertos das bandas anteriores a gente traz como uma forma de otimizar o processo/tempo etc =)

Rebel Rock: Obrigado pela entrevista. Deixe uma mensagem para os nossos leitores.

Renata: Obrigada você pela entrevista, obrigado a todos pelo apoio e estarem curtindo nossa música! Estamos trabalhando duro para trazer mais música e esperamos vê-los nos shows muito em breve!

 



 


2 comentários:

  1. Show, ficou da hora, parabéns William.

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  2. William essas mulheres são fodas, tudo completamente perfeito, claro lembram bandas, mas a vocalista eu me amarrei na voz dela, muito mas muito diferente, parabéns ficou show tua resenha com as meninas da The Damnnation. Virei fã com esse EP.

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