Rebel Rock: A The
Damnnation surgiu no ano passado, e nesse espaço curto de tempo vocês vêm
atingindo excelentes números e repercussão. Antes de tudo, como surgiu a banda?
Renata: Bom, a banda surgiu imediatamente após eu
sair da banda anterior e logo em seguida a Cynthia também sair e se juntar a
The Damnnation. A banda teve seu primeiro ensaio em maio de 2019.
Rebel Rock: Qual a o
significado “poético” para a escolha do nome The Damnnation?
Renata: Junção das palavras Damn (maldita) + Nation
(nação). Uma forma de protesto com o que estamos passando com o nosso país. Pensava
que tinha que ser um nome atual.
Rebel Rock: O estilo
apostado segue algo que para mim pode ser classificado como “Thrash N’ Roll”,
mas com influencias bem abertas. Tem um pouco de Motorhead, aquela linha mais
suja e ríspida e com uma boa junção inspirada em nomes como Sodom, Kreator e um
pezinho no início do Paradise Lost. Como colocar todas as influencias no
liquidificador e criar um som bem orgânico, inspirado e sem soar uma cópia dos
ídolos?
Renata: Sendo sincera, na hora de compor os riffs,
arranjos, não penso muito se parece com uma ou outra banda ou se deveria soar
como um estilo específico, deixo isso para quem ouve, rs! Acho curioso que
algumas pessoas, como você percebem algumas influências não tão óbvias haha.
Então na realidade, eu sento na cadeira começo a “brincar” com um riff, até
amadurecer como música, sem me preocupar com o estilo que mais se assemelha, ou
banda.
Rebel Rock: As letras
do EP de estreia, “Parasite”, giram do cotidiano atual e seus diversos
problemas. Infelizmente, ter um mundo tão podre e doente acaba sendo uma
excelente fonte de inspiração para a banda na hora de compor?
Renata: Ah, com certeza! Diria que a sociedade em si,
o egoísmo, a ganância que a gente se depara por aí e quanto nos choca, e isso
em todas as vertentes, é uma ótima fonte de inspiração, haha.
Rebel Rock: Aliás,
ter um engajamento ácido acaba sendo uma via de escape para os sentimentos
diários, mas também serve como aviso para muitos fãs, correto?
Renata: Sim, acho que é até uma forma de se conectar
mais com os fãs, que de repente, ao ouvirem as letras ou lerem, se
identifiquem.
Rebel Rock: O legal
de “World´s Curse”, “Apocalypse”, “Parasite” e “Unholy Soldiers”, são que
nenhuma segue uma formula exata, se tornando uma audição bem prazerosa,
principalmente por nunca se saber o caminho que as músicas seguirão. Existe
algo melancólico e denso, numa outra algo mais rápido e sujo, mas aí vem
aqueles riffs certeiros que somente o thrash metal nos presenteia. Como foi o
trabalho de composição do EP?
Renata: Nossa, algumas destas músicas tem em torno de
10 anos, que é o caso de Apocalypse! Tinha muita música engavetada, e ainda
tenho haha. Mas todas elas começam com
uma ideia de riff principal, testo algumas ideias de estrofe e em seguida penso
no andamento, vem algumas ideias bem cruas de bateria que muitas vezes
influenciam na pegada do refrão. Letras definitivamente vem por último, grava
algumas demos e mostro para o produtor que dá sugestões =)
Rebel Rock: Os clipes
das músicas “World´s Curse”, “Apocalypse” e “Parasite”, vem alcançando
excelentes números no YouTube. O Spotify da banda tem uma média de mais mil
ouvintes mensais e no Facebook, mais de três mil seguidores. O mundo digital se
tornou algo indispensável para as bandas, sejam pequenas, medias ou grandes. Sem
poder se apresentar ao vivo, qual a visão de vocês para essa “nova” realidade?
Renata: Acho que na atual conjuntura a internet é
indispensável como aliada para fazer nossa música alcançar mais e mais pessoas.
Lógico que ter um planejamento para as coisas, um cronograma é indispensável,
afinal a internet tem um volume gigantesco de novidades e a máxima de quem não
é visto, não é lembrado, faz muito sentido, então sempre precisar estar
alimentando isso, principalmente enquanto não dá pra tocar.
Rebel Rock: Para
finalizar, todas as 3 integrantes são experientes, com uma boa bagagem dentro
do underground. Qual é o lado positivo em saber driblar alguns percalços e,
existe algum sonho que já conseguiram realizar nesse começo de The Damnnation?
Renata: Lado positivo é que já se sabe o que funciona
e o que não no andamento de uma banda, então erros e acertos das bandas
anteriores a gente traz como uma forma de otimizar o processo/tempo etc =)
Rebel Rock: Obrigado
pela entrevista. Deixe uma mensagem para os nossos leitores.
Renata: Obrigada você pela entrevista, obrigado a todos pelo apoio e estarem curtindo nossa música! Estamos trabalhando duro para trazer mais música e esperamos vê-los nos shows muito em breve!
Show, ficou da hora, parabéns William.
ResponderExcluirWilliam essas mulheres são fodas, tudo completamente perfeito, claro lembram bandas, mas a vocalista eu me amarrei na voz dela, muito mas muito diferente, parabéns ficou show tua resenha com as meninas da The Damnnation. Virei fã com esse EP.
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