quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016
AZORRAGUE - BRINGER OF TERROR
É apostando em uma sonoridade baseada nas vertentes old school do death metal, que o trio curitibano AZORRAGUE chega ao seu segundo full lenght. BRINGER OF TERROR traz também, forte influência de thrash metal, principalmente aquele mais cru e direto. Em 2012 o grupo lançou Die With Us, seu primeiro trabalho. Já em 2014, é lançado o EP Fall By Pride, que antecedeu o lançamento deste mais recente trabalho. Sem nenhum tipo de concessões em seu som, o trio despeja muito peso e energia no seu mix death/thrash com uma pegada que por vezes nos remete aos bons tempos do Mortification.
O grupo é formado por Fernando Frogel (baixo e vocal, ex- Evilwar e Doomsday Hymn), Roney Lopes Simões (guitarra, ex- Vestigium Dei, Silver Blade, Motorbreath e Doomsday Hymn) e Jarlisson Batista "Macarrão"(bateria e vocal, ex- Mediator). Gravado entre novembro de 2014 e março de 2015 no Silent Music Studio em Curitiba, teve na produção Karim Serri (Doomsday Hymn), o mesmo produtor do debut do grupo. As guitarras afiadas e pesadas, o bom trabalho de baixo e bateria que garantem a pegada característica e os bons vocais, transformam o cd em uma boa pedida pra quem não tem pena do seu pescoço!
A rifferama tem início com Bloody Hands. Uma faixa cheia de fúria e velocidade, com a cara do death metal anos 90! Algumas mudanças de andamento, alternando entre velocidade e momentos mais cadenciados, com um solo que pode-se dizer, traz um pouco de melodia á composição. Bringer of Terror inicia com um riff direto e já entra com os dois pés na porta, mostrando o bom entrosamento da dupla baixo/bateria. A Voodoo Journey possui riffs bem thrash, assim como o andamento da faixa. Talvez seja a faixa mais thrash do trabalho, mas sem perder aquela pegada death metal. Vocais envenenados são o destaque na acelerada Devil's Army Destruction, que além de manter a porradaria em alta, tem um solo bem interessante. Funeral Invitation alterna momentos rápidos e cadenciados criando uma atmosfera perfeita para aquela dor no pescoço.
O Ciclo Maldito da Perversão, como o nome entrega, é cantada em português e soa mais forte! Com uma letra agressiva e instigante, a velocidade impera e apesar de manter as características do grupo, percebi alguma influência de hardcore aqui. The Voice of Who Cries é uma porrada direta. Agressiva e com passagens bem na linha do thrash metal alemão. Riffs e mais riffs logo no início ditam o ritmo de Catapulted to the Void, com destaque para o bom entrosamento do grupo. O refrão é daqueles "pra cantar junto". E tome mais porrada em Strident, que em algumas passagens traz toques mais atuais ao som do grupo. Mas nada que possa interferir na sua maneira de tocar ou compôr. For All Believe é a faixa mais "diferente" do cd. Cadenciada, com variações e partes mais limpas, incluindo um suave vocal feminino que cria um contraste bem interessante, criando um momento único na execução do trabalho. A última faixa é Fall By Pride em uma versão remasterizada do EP de mesmo nome que saiu em 2014.
Fazendo um som direto, agressivo e com muita influência da cena thrash/death de antigamente, o AZORRAGUE se mostra uma banda que não segue tendências e acredita naquilo que faz. BRINGER OF TERROR é a prova disso. Uma grande pedida pra quem curte o estilo sem invencionices ou modernidades.
Sergiomar Menezes
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