Trazendo aquele Hard n' Heavy que tanto agrada aos fãs, mas ainda com pequenas passagens que nos remetem aos trabalhos anteriores, Blackie Lawless (Vocal, guitarra teclados), Doug Blair (guitarra), Mike Duda (baixo e vocais) e Mike Dupke (bateria), voltam a investir em melodias que sempre caracterizaram o trabalho da banda. A produção ficou sob a responsabilidade do próprio Lawless, afinal, ninguém melhor do que ele sabe como o grupo deve soar, não é mesmo?
O início se dá com a excelente Mercy. Com riffs bem típicos, a faixa resgata a linha Hard n' Heavy do grupo, com um pouco mais de peso. A guitarra de Doug Blair mostra que veio a acrescentar, pois o músico mostra muito feeling além de boa técnica. A rápida Long, Long Way To Go vem na seqüência e mantém o ritmo iniciado na faixa anterior. Mike Duda e Mike Dupke fazem um grande trabalho na cozinha, enquanto, novamente, Doug Blair se mostra uma escolha acertada (o que seria ainda mais afirmado nos próximos trabalhos). Take Me Up tem um início mais suave, melodioso, e logo ganha um ritmo mais cadenciado. Aqui, Blackie Lawless tem um de seus melhores momentos no álbum. Uma interpretação carregada de sentimento onde podemos sentir aquela veia mais melódica da banda. Burning Man mostra que as composições com aquela veia anos 80 estão definitivamente de volta. Uma mistura entre o peso do heavy e a malícia do hard. Como só o W.A.S.P. sabe fazer. A introspectiva Heeaven's Hung in Black é uma faixa bem interessante, pois além de ser uma balada, traz aquela forma de composição que Blackie Lawless é especialista. Sentimento e uma interpretação bastante forte são a tônica aqui.
Heaven's Blessed tem uma pegada bem hard, com mais um grande trabalho do guitarrista Doug Blair. Um refrão bem estruturado, além dos vocais de Lawless, que se não são mais aqueles dos anos 80, ainda mantém a força e qualidade, são os pontos fortes da composição. Teacher mantém o hard n' heavy em alta, com uma linha de baixo e bateria bem arranjada, formando uma base perfeita para o belo solo de Doug Blair. Heaven's Hung in Black (Reprise), é uma releitura da própria faixa, executada anteriormente. De forma mais introspectiva ainda e com uma letra diferente, a música é mais curta que a anterior. Deal With The Devil encerra o álbum com a volta do estilo W.A.S.P. de compôr. Aqui, a guitarra solo ficou á cargo de Darrell Roberts (que gravou o trabalho anterior).
DOMINATOR traz a volta daquele Hard n' Heavy que sempre foi a marca do W.A.S.P. Guitarras marcantes, belos solos, baixo/bateria técnicos e bem estruturados e Lawless mostrando que ainda têm muito a oferecer. Os álbuns que vieram na seqüência - Babylon (2009) e Golgotha (2015) - também lançado por aqui pela Shinigami Records, revelam que essa retomada iniciada aqui, se manteve, colocando novamente a banda em destaque na cena. Se você é fã, pode conferir sem medo. Se não é, está aí mais uma chance de se tornar.
Sergiomar Menezes
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