Sucesso, polêmicas, mudanças de integrantes e, acima de tudo, qualidade musical. Tudo isso faz parte da história do Angra, banda criada em 1991 e que elevou o metal melódico nacional ao alto nível. Foram diversos momentos marcantes na carreira do grupo, sendo um deles o lançamento do quarto álbum: “Rebirth” (2001). Como o nome sugere, o trabalho foi um renascimento para o conjunto após reformular a formação e voltar à ativa com Edu Falaschi assumindo a função de vocalista deixada por Andre Matos, Felipe Andreoli (baixo) na vaga de Luis Mariutti e Aquiles Priester pegando as baquetas antes tocadas por Ricardo Confessori.
A gira pelo sul do país inclui ainda Florianópolis (em 24 de junho, no John Bull Pub) e Curitiba (em 26 de junho, no Ópera de Arame).
Ingressos
PISTA
4º lote
Inteira — R$ 180
Solidário — R$ 95*
Meia — R$ 90**
MEZANINO – cadeiras com mesas (por ordem de chegada)
2º lote
Inteira — R$ 220
Solidário — R$ 115*
Meia — R$ 110**
* Solidário — limitados e válidos somente com a entrega de 1kg de alimento não perecível na entrada do show.
** Meia-entrada — para estudantes são válidas somente as seguintes carteiras de identificação estudantil: ANPG, UNE, UBE’s, DCE’s e demais especificadas na LEI FEDERAL Nº 12.933. Não será aceita NENHUMA outra forma de identificação que não as oficializadas na lei.
Pontos de venda
Bilheteria oficial (sem taxa de conveniência - somente em dinheiro)
Loja Planeta Surf Bourbon Wallig (Av. Assis Brasil, 2611 – Loja 249 – Jardim Lindóia, Porto Alegre). Horário funcionamento: das 10h às 22h.
Bilheteria Araújo Vianna (Av. Osvaldo Aranha, 685 – Bairro Bom Fim). Aberta somente em dia de eventos 2 horas antes do início dos shows.
Demais pontos de venda (sujeito à cobrança de taxa de conveniência – somente em dinheiro):
Loja Verse Centro (Rua dos Andradas, Galeria Chaves, 1444 – Loja 06 – Centro Histórico, Porto Alegre).
ANGRA
O conceitual e atemporal álbum "Rebirth", do Angra, que marcou época e traz inúmeras características que fizeram com que o som da banda se tornasse único, completou duas décadas em 2021. Com a efeméride, surgiu a ideia de uma turnê comemorativa aos 20 anos do disco. A gira se realizará no Brasil nos meses de junho e julho. Sobre a empreitada, o guitarrista e fundador da banda, Rafael Bittencourt diz:
"Estou muito feliz em realizar a turnê do “Rebirth” juntamente com o Fabio Lione, Felipe Andreoli, Marcelo Barbosa e Bruno Valverde. Será muito emblemático retornar e reviver uma época em que a banda estava renascendo, pois nesse momento o mundo inteiro está renascendo. Nós estamos no meio de uma pandemia, pois não se sabe ainda quanto tempo as coisas irão demorar para retornar como eram, e muito possivelmente nunca seremos os mesmos. Mas, para mim, também será o resgate de um trabalho que representou muito em minha vida. Trabalho esse que revelou o que eu estava sentindo na época, já que a banda havia se separado, estávamos nos reconstruindo.
Em relação à história do álbum, ele enfatiza: “"Rebirth" é uma civilização reconstruindo o mundo, que é um pouco do que estamos vivendo nesses momentos. E também será importante, pois logo a banda irá se reunir para criar um novo trabalho, e revisitar o "Rebirth" nos trará inspiração para escrever um material belíssimo, não só sobre o drama de renascimento da banda, mas sobre o renascimento de toda a sociedade mundial”, observa Rafael Bittencourt.
Rafael complementa ainda sobre a falta que sente dos palcos em função da pandemia: "Fora a saudade dos palcos, tem a saudade de ver o público. Estou muito ansioso para o começo dessa Nova Era!", conclui o músic, fazendo um trocadilho com o nome de umas das composições do álbum homenageado.
Com relação à turnê e ao que o público poderá esperar dos shows, o Angra garante que fará apresentações vigorosas, enérgicas e cheias de paixão.
“Rebirth” saiu em 2001, marcando o renascimento do Angra, sendo o primeiro álbum a contar com o vocalista Edu Falaschi. O material, conciso e repleto de excelentes composições, mostrou a força da banda: vendeu mais de 100 mil cópias em menos de dois meses, algo inconcebível para uma banda de metal sem nenhum apoio da grande mídia no Brasil, onde o grupo recebeu disco de ouro. “Rebirth” já ultrapassou a marca de um milhão de discos vendidos ao redor do mundo.
RAGE IN MY EYES
Banda brasileira de heavy metal que surgiu em 2002 sob o nome de Scelerata. Ao longo de 19 anos, construiu uma história de respeito no cenário do metal brasileiro e internacional. Com quatro full-length lançados mundialmente e um EP, incluindo o álbum internacionalmente aclamado “The Sniper” — parcialmente gravado na Alemanha no estúdio da lendária banda Blind Guardian e produzido por Charlie Bauerfeind (Blind Guardian, Helloween, Angra) —, que contou com as participações de Paul Di’anno (ex-Iron Maiden) e Andi Deris (Helloween).
O Scelerata foi a banda oficial brasileira de apoio ao vocalista Paul Di’anno (ex-Iron Maiden) de 2009 a 2014, tocando mais de 50 shows com o vocalista e ainda abrindo todas essas apresentações executando repertório autoral. Ainda sob o nome Scelerata, o grupo abriu espetáculos de nomes como Deep Purple, Gamma Ray, Angra, Shaman, Viper, Kamelot, Krisiun e Edguy e tocou no palco com Roy Z (Bruce Dickinson, Rob Halford) e Kiko Loureiro (Megadeth, ex-Angra).
Passando por uma mudança de nome em 2018, o Rage In My Eyes agora apresenta ao mundo um tipo de música único, especialmente por incorporar o acordeon ao metal. Por ser do sul do Brasil, a banda entrega um som que mistura heavy e prog metal com elementos da milonga — gênero musical do Sul do Brasil, Uruguai e Argentina. O guitarrista Magnus Wichmann, neto do lendário músico gaúcho Teixeirinha, e principal compositor, destaca os arranjos da milonga e o acordeon nos temas da RIME: “Já faz um tempo que acrescentamos esses elementos e percebemos que combinavam muito bem com o nosso estilo e com a composição. Queríamos trazer algo especial e único, e tudo aconteceu de uma forma muito autêntica e natural. A melhor parte é que os fãs aprovaram esses experimentos.”
O álbum de estreia, “Ice Cell”, lançado em agosto de 2019, abriu muitas portas e recebeu boas críticas em todo o mundo. O disco foi gravado em Los Angeles (EUA) e na cidade natal da banda, Porto Alegre (Brasil), produzido por Magnus Wichmann no Magneto Studio (Brasil) e Daufembach Studio (EUA). A mixagem e masterização foram realizadas em Los Angeles pelo renomado produtor brasileiro Adair Daufembach (Dirk Verbeuren, Aquiles Priester, Kiko Loureiro, Tony MacAlpine). A mudança do baterista Francis Cassol para Los Angeles contribuiu para o relacionamento mais próximo da banda com o produtor Adair Daufembach. “Gravar nos Estados Unidos com Adair foi uma experiência incrível. Alcançamos resultados impressionantes em termos de som de bateria”. Para divulgar o álbum, foram lançados dois videoclipes oficiais, o primeiro de ‘Death Sleepers’, faixa que explicita as influências da milonga e da cultura gaúcha. Mas a principal conquista foi a histórica abertura para o Iron Maiden durante a “Legacy of The Beast Tour 2019”, em Porto Alegre, para 40 mil pessoas na Arena do Grêmio, que resultou no videoclipe da faixa ‘Hole In The Shell’.
Em 2020, o grupo lançou um single e um lyric vídeo da música ‘I Don’t Want To Say Goodbye’, que é uma homenagem ao grandioso cantor brasileiro Andre Matos, infelizmente falecido em 2019. Ainda em 2020, sem poder se apresentar ao vivo em razão da pandemia, a Rage in My Eyes disponibilizou dois vídeos de “quarentena” ao vivo. Uma para a faixa de abertura de ‘Ice Cell’, ‘Winter Dream’ e outra para a música ‘A Perigo’, versão dos Engenheiros do Hawaii.
Em 2021, saiu o EP “Spiral”, que consiste em cinco faixas e mantém a essência da composição da banda, mas busca levar sua conexão com a milonga um passo adiante.
MORTTICIA:
A banda porto-alegrense Mortticia, formada originalmente na cidade de Alegrete/RS em 2010, aposta em uma sonoridade voltada ao heavy metal tradicional dos anos 80, com tendências mais modernas e progressivas. Entre as influências do grupo estão Black Sabbath, Iron Maiden, Queensrÿche e Angra.
O quinteto — Lucas Fialho Zawacki (voz), Vicente Telles (guitarra), Lúcio Brenner (guitarra), Guilherme Wiersbicki (baixo) e Anderson Dias (bateria) — compõe canções com estruturas complexas e letras que contam histórias em meio a riffs pesados e melodias marcantes. Dentro dessa esfera voltada ao metal tradicional, o grupo foi destaque no canal “NWOTHM Full Albums”, que é especializado em bandas de N.W.O.T.H.M. (New Wave of Traditional Heavy Metal), estilo ligado ao N.W.O.B.H.M (New Wave of British Heavy Metal). A ideia do gênero é resgatar sonoridade e visual clássicos do heavy metal praticado na década de 1980.
Até o momento, o Mortticia tem quatro registros: a demo “Existence/Resistance” (2017), os single “Ocean of Change” (2019) e “Hear My Words” (2020) e o EP “A Light in the Black”(2021). A capa do material mais recente, que apresenta uma sonoridade mais atual e trabalhada, foi feita pelo ilustrador Vinicius Gut, de Jundiaí (SP), que já trabalhou na produção de materiais gráficos para nomes internacionais (como Goldfinger, Wu-Tang Clan, Mice & Men, Real Friends, State Champs e Blessthefall), bem como de bandas brasileiras (Dead Fish, Hateen e Garage Fuzz).
No momento, a banda segue trabalhando na divulgação de “A Light in the Black” e também já dá os primeiros passos em direção a um novo trabalho, com diversas músicas em processo de composição, mas ainda sem previsão de gravação/lançamento. O grupo também faz parte de um novo movimento no Rio Grande do Sul, a “Nova Onda do Metal Gaúcho”, composta por bandas com cerca de 10 anos de formação e que dão uma nova cara ao metal gaúcho.
TEXTO: ABSTRATTI PRODUTORA