Formada em 1998 pelo vocalista Chris Bay e pelo baterista Dan Zimmermann (ex-Gamma Ray), a banda FREEDOM CALL chega agora ao seu 9° trabalho de estúdio. Buscando resgatar um pouco daquela pegada de seus trabalhos iniciais, MASTER OF LIGHT, lançado em 2016 e que chega por aqui através da Shinigami Records, traz 12 faixas onde aquele power metal melódico característico do grupo mostra, com guitarras mais pesadas, o estilo ainda vive. Obviamente que o excesso de bandas acabou meio que saturando o metal melódico, mas cabe aos fãs separarem as bandas de qualidade daquelas que apareceram pra aproveitar o momento. E os alemães do FREEDOM CALL se encaixam, com toda a certeza, na primeira turma.
O grupo hoje é formado pelo vocalista/guitarrista Chris Bay, pelo também guitarrista Lars Rettkowitz, pelo baixista Ilker Ersin e pelo baterista Ramy Ali. Após várias mudanças de formação, apenas Chris Bay permanece da formação original (o baixista Ilker Ersin, integrou o grupo nos primeiros anos, saiu e agora está de volta). Mesmo assim, a essência do som do grupo continua intacta, ou seja, aquele power metal, por vezes mais melódico, influenciado por nomes como Helloween, Gamma Ray, Iron Savior, entre outros, está presente. Produzido por Chris Bay e por Stephan Ernst, o álbum apresenta uma sonoridade limpa, mas que não esquece de manter uma certa dse de peso, afinal, estamos falando de um cd de heavy metal, não é mesmo? Já a mixagem e masterização ficaram sob a responsabilidade de Stephan Ernst. A capa, dessa vez traz um desenho simples e que foge um pouco do estilo que a banda sempre adotou nesse quesito.
Nas doze faixas apresentadas aqui, o grupo navega com facilidade e bom gosto pelas águas do já citado metal melódico, mas sem esquecer daquele lado mais pesado do power metal germânico. Sem muito o que inventar, a banda busca resgatar, como dito anteriormente, uma linha mais voltada aos seus primeiros trabalhos, onde o melódico era "auxiliado" pelo peso (quando digo isso, me refiro ao peso das bandas do estilo, que fique claro), e ganhava mais intensidade. Podemos destacar algumas faixas, como a abertura com Metal Is For Everyone, uma daquelas cujo refrão foi feito para se cantar junto nos shows. Melódica, mas com passagens mais cadenciadas e pesadas, a faixa vai agradar em cheio os fãs. Assim como Hammer of the Gods, que tem uma atmosfera que nos remete aos bons momentos do Stratovarius. World Beyond poderia estar em um trabalho do Gamma Ray que passaria como uma composição do grupo de Kai Hansen. E tome metal alemão com Emerald Skies, Hail The Legend, Riders in The Sky e High Up.
Resumindo, MASTER OF LIGHT consegue, sim, resgatar o que o FREEDOM CALL fazia em seus primeiros trabalhos mas sem que isso se torne, digamos assim, datado. Com melodias bem estruturadas e com guitarras que dão uma dose de peso, fazendo com que essa junção fique no lugar certo, o grupo alemão acerta de forma eficiente. Que mantenha esa pegada nos próximos trabalhos. Os fãs do power metal/melódico agradecem.
Sergiomar Menezes
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