A banda em sua página oficial no Facebook, diz praticar Blackned Heavy Metal. Você, antes de ouvir o CD, descobre que as influências do grupo vão de Accept, Iron Maiden e Mercyful Fate até In Flames, Dimmu Borgir, Satyricon, Amorphis, At The Gates, entre outros. E quando você coloca pra rodar o álbum... é exatamente isso que você encontra! O grupo ELIZABETHAN WALPURGA, formado em Recife/PE, nos brinda com um metal fortemente influenciado pelo heavy metal tradicional, mas tendo por base o Black e o Deah Metal. Seu álbum de estréia. WALPURGISNACHT, lançado pela Shinigami records, mostra um grupo maduro e dono de uma personalidade própria.
Leonardo "Mal'lack" Alcântara (vocal), Breno Lira (guitarra), Erick Lira (guitarra), Renato Matos (baixo e backing vocals) e Arthur Felipe Lira (bateria) integram o grupo, que foi formado nos anos 90, mas que encerrou suas atividades pouco depois depois. Em 2015, a banda retoma sua carreira e no ano seguinte, solta seu primeiro full lenght, garantindo aos apreciadores do lado mais obscuro do heavy metal, momentos dignos de reconhecimento. O Black/death praticado pelo quinteto tem influência forte do metal tradicional, e muito disso se dá pelo que apresenta a dupla de guitarristas Breno e erick. Seus riffs, apesar de todas a s características black, acrescentam muito do que as duplas Smith/Murray, Hoffmann/Frank, Denner/Shermann fizeram em seus melhores dias. O vocal de Leonardo também merece destaque, por criar linhas totalmente black, por vezes lembrando nomes diferentes como Shagrath e Dani Filth. A produção e os arranjos foram feitos pela própria banda, enquanto a mixagem e masterização ficaram sob a responsabilidade de Nenel Lucena. Já a capa, encaixada perfeitamente na proposta sonora do grupo, foi obra da Deafbird Design Lab.
Exordium é uma introdução macabra que nos deixa preparados para Vampyre, uma faixa que aflora de forma elucidativa que as guitarras serão o principal diferencial do grupo. Não que os demais integrantes fiquem atrás. Pelo contrário. Como dito antes, Leonardo tem uma voz perfeita para o estilo, enquanto que a cozinha composta por Renato e Arthur, cria bases trabalhadas e intensas. Mas o que os guitarristas mostram é que não é necessário s prender aos limites "impostos" pelo estilo para que a música se mantenha na proposta. Os solos ficaram perfeitos, sendo que em alguns momentos, esquecemos que estamos diante de um disco de Black Metal. Clamitat Vox Sanguinis também possui essa característica, deixando um espaço maior para a performance cheia de intensidade de Leonardo. Novamente, os solos apresentados são de excelente qualidade! Infernorium é uma composição que me remeteu rapidamente ao Mercyful Fate. Preste atenção nos riffs e linhas de baixo aqui (obviamente que antes da faixa adentrar o sombrio mundo do black metal) e me diga se estou errado...
E tome mais metal tradicional em The Serpent's Eyes and The Horns of Crown. Talvez a faixa mais nesse estilo do trabalho, a composição é um belo exemplo de como a música do grupo é rica e cheia de personalidade. The Elizabethan Dark Moon é uma faixa típicamente Black Metal.Os riffs são cortantes, mas ganham a adição de momentos mais tradicionais. O título longo de The Canine Enchantment By The Phlebotomy (In The Jugular's Stream) traduz a angústia presente durante a execução da faixa. Sombria e com momentos variados, a composição é um dos destaques do trabalho. Transylvanian Cry também possui estas características, mas de uma forma menos intensa. O fechamento do álbum vem com Walpurgisnacht, é uma faixa bem estruturada, repleta de mudanças de andamento, dando ao álbum, em encerramento em grande estilo.
WALPURGISNACHT é mais do que um simples trabalho de estréia. É a firmação do ELIZABETHAN WALPURGA como um nome a ser lembrado no Brasil quando o assunto for metal extremo. Mesmo com apenas um trabalho, o grupo ostra mais personalidade e qualidade que alguns grupos que estão na cena há algum tempo.
Sergiomar Menezes
Show!!!! Parabéns galera!!!!
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