Prog-Core. Dessa forma, o grupo mineiro R.I.V. (Rhythms In Violence), denomina sua sonoridade. Em um primeiro momento, fica aquela dúvida: Prog Core? Como unir um estilo altamente técnico e muito bem trabalhado com o outro onde a adrenalina e a intensidade se sobrepõem ante a técnica (não que isso seja uma regra)? Pois bem, ao ouvirmos o CD Demo WELCOME TO THE PROG CORE, percebemos que o Thrash Metal, o Hardcore e o Crossover ditam o ritmo do trabalho. Mas temos elementos de Progressivo dentro do que a banda executa em suas composições. Principalmente no que diz respeito às guitarras, que nos trazem riffs rápidos e em variados. Essa "mistura" resulta em um trabalho interessante, mas de difícil assimilação em um primeiro momento.
Na época da gravação a banda era formada por Helbert Sá (vocal), Cláudio Freitas (guitarra), Rodrigo Boechat (baixo ) e Ricardo Barreiras (bateria). Hoje, o grupo virou um trio contando com Helbert nos vocais e guitarra, Fabrício Soares (baixo) e Ricardo Barreiras na bateria. Cabe lembrar que a banda voltou à ativa depois de 20 anos. E pelo release enviado, o grupo encontra-se em fase de gravação do novo trabalho, contendo 12 faixas e intitulado "Progressive Core".
Contendo 04 faixas, o EP dá uma boa mostra do que teremos no full lenght. Headache abre o EP de forma rápida e violenta, pois a faixa agrega ao hardcore, momentos mais "quebrados", deixando com que o grupo possa apresentar sua personalidade. Vale destacar o bom trabalho da cozinha, que senta a mão sem dó. Animal é uma faixa mais na linha do Crossover. Curta, a faixa mostra bem que o hardcore é a força motriz do grupo. Freaks in Action é a faixa que melhor representa o Prog Core do grupo. Mesmo sendo guiada pelo HC, a faixa apresenta variações bem interessantes, trabalhadas, que alternam momentos rápidos com outros mais quebrados. O encerramento vem com No... P.A.S. que traz vocais cheios de raiva, enquanto a guitarra comanda o massacre.
Mesmo não sendo um trabalho de fácil "digestão", WELCOME TO THE PROG CORE agrada, principalmente por priorizar mais o lado Core do que o lado Prog. Obviamente, que quando pudermos ouvir o full lenght, teremos uma melhor opinião a respeito do trabalho do trio. Mas o R.I.V. mostra aqui, que seu "estilo" tem personalidade. Que venha o álbum completo!
Sergiomar Menezes
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