quinta-feira, 10 de outubro de 2024

SATAN - SONGS IN CRIMSON (2024)

 


SATAN
SONGS IN CRIMSON
Metal Blade Records - Importado

A banda britânica Satan é responsável por um dos álbuns mais cultuados da New Wave Of British Heavy Metal, o mais que clássico “Court In The Act”, lançado em 1983. De lá pra cá, entre idas e vindas, o grupo se manteve ativo e lançando álbuns que, se não chegaram nem perto do clássico trabalho citado, pelo menos não decepcionou nenhuma vez.

E segue assim, com “Songs In Crimson”, lançado agora em Setembro/2024. Impressionante que a banda foi formada em 1979 e tem apenas sete álbuns na sua discografia. Muito disso se dá por conta do excelente e lendário vocalista Brian Ross ser muito atuante também na não menos lendária banda Blitzkrieg e também alguns longos períodos “sabáticos” que a banda se deu o direito.

Desde o seu retorno em 2011 com a formação clássica, o Satan seguiu sem interrupções e nos entrega, através do selo Metal Blade, o novo trabalho. O que temos aqui é, antes de mais nada, um testemunho honesto de puro Heavy Metal.

O Já citado Brian Ross, os guitarristas Steve Ramsey e Russ Tippins, o baixista Graeme English e o baterista Sean Taylor não estão nem um pouco preocupados se irão soar datados. Ao escutar “Songs In Crimson”, temos a nítida impressão de que as composições são feitas com o coração e alma de quem realmente acredita e ama o Heavy Metal tradicional.

A sonoridade do álbum tem, propositalmente esta aura “old school” e orgânica, onde a produção se apresenta crua e não tão cristalina e “esterilizada” como podemos ver na maioria dos lançamentos atuais. Esse aspecto é mais um ponto que torna este novo trabalho do Satan muito interessante.

Destacando algumas faixas, “Frantic Zero”, a abertura, é uma ótima entrada para o álbum. A música é furiosa com ótimas alterações de andamento e com solos emocionantes. Podemos dizer que é uma faixa que é exemplo de metal tradicional.

Visível também a influência do Heavy Rock setentista em faixas como “Whore Of Babylon” e do rock progressivo em “Curse in Disguise”. Destaque total para o incrível trabalho vocal de Brian Ross, que alterna vocais hora operísticos, hora fantasmagóricos, mas sempre com categoria de um cantor que merecia muito mais reconhecimento do que tem.

A audição de “Songs in Crimson“ é extremamente prazerosa para os amantes do metal tradicional. Obviamente não vamos cometer a injustiça de compará-lo com “Court In The Act”. Mas caso você seja fã da banda e fã de uma das épocas mais prolíficas da história do Heavy Metal, vai gostar muito deste álbum. Satan is Metal!!

José Henrique Godoy




BENEDICTION - TRANSCEND THE RUBICON (1993 - RELANÇAMENTO 2024)

 


BENEDICTION
TRANSCEND THE RUBICON
Shinigami Records/ Nuclear Blast - Nacional

Existem álbuns que merecem as alcunhas de “Clássico Absoluto”, “Obra Prima” e “Trabalho Definitivo”. Sem dúvida alguma, “Transcend the Rubicon" está entre estes trabalhos. Lançado pelo Benediction em Agosto de 1993, é um trabalho que até hoje é reverenciado pelos fãs old-school do Death Metal Mundial.

O álbum apresenta um trabalho bem mais trabalhado e lapidado, em comparação aos dois primeiros, mas de forma alguma perde o peso e a agressividade, características tão marcantes do som do Benediction.

A violência sonora mesclada com muita técnica e alterações de andamento nas composições dão o tom durante toda a audição, muito pela trabalho infernal dos guitarristas Darren Brooks e Peter Rew. Outro que esbanja técnica é o baterista Ian Treacy. Infelizmente este seria o último trabalho com ele, pois foi substituído já na tour por Neil Hutton, que segue na banda até hoje.

Transcend the Rubicon" é um trabalho excelente de ponta a ponta, e após mais de 30 anos de lançamento segue atemporal, capaz de agradar até fãs que curtem outros estilos, como Thrash Metal por exemplo, devido a vários flertes com o estilo neste álbum. A Shinigami Records acaba de lançá-lo o mercado brasileiro, e caso você ainda não conheça este pérola, não perca mais tempo.

José Henrique Godoy




ALTA TENSÃO - PORTAL DO INFERNO (1987 - RELANÇAMENTO 2023)




ALTA TENSÃO
PORTAL DO INFERNO
Dies Irae Records - Nacional

O Metal brasileiro oitentista... Não há como não tratar cada banda, cada músico como heróis. Para os mais jovens, fica difícil imaginar uma época que os lançamentos das bandas internacionais demoravam a serem lançados no Brasil, as publicações especializadas eram raras, e no caso das bandas, os equipamentos, estúdios, técnicas de produção ainda eram precárias. Mas existia muita vontade e talento.

Junto a tudo isso, coloque uma banda que estava localizada fora do centro do país, e estava isolada na sua própria cena local, no caso na região Centro-Oeste do Brasil, mais precisamente no estado do Mato Grosso. Estamos falando do Alta Tensão.

Formada em 1981, a banda lançou seu primeiro álbum em 1985, “Metalmorfose”. Porém, ganhou reconhecimento nacional com este segundo álbum, “Portal do Inferno”, lançado em 1987. A sonoridade aqui é aquela que você pode esperar e realizado na época, com muita influência de Maiden e Priest, com letras em português, com exceção de “Sacrifice”, cantada em inglês.

O disco segue uma linha bem linear e no mesmo bom nível, porém há de se destacar a faixa “O Silêncio”, com seus mais de nove minutos de duração, um verdadeiro épico do metal nacional. A produção é meio tosca, abafada, e sem brilho, porém o Alta Tensão demonstra toda a garra que as bandas brasileiras dos anos oitenta tinham para gravar e lançar seus trabalhos, em uma época que tudo era muito difícil, e que o hi-tech que hoje em dia é comum, naquela época era coisa do desenho “Os Jetsons”. A Dies Irae relançou estre trabalho com muito capricho, encarte, livreto e mini pôster, e vale a pena conhecer este histórico lançamento.

José Henrique Godoy




ANTHARES - O CAOS DA RAZÃO (2015 - RELANÇAMENTO 2023)

 


ANTHARES
O CAOS DA RAZÃO
Dies Irae Records - Nacional

O Anthares é uma das excelentes bandas da safra paulista do Thrash Metal oitentista, formada mais especificamente no ano de 1984. Três anos após, lançou o seu clássico LP, “No Limite da Força”, que teve grande destaque entre os headbangers .

Passaram-se 28 anos até o lançamento do segundo trabalho. Muita coisa rolou durante quase três décadas. Com os membros da formação original, o baixista Pardal, o baterista Evandro Jr, e o membro de longa data, Eduardo Toperman ( ex-Korzus), o Anthares lançou em 2015 “ O Caos da Razão”.

O Caos da Razão” é composto de dez faixas do mais puro e agressivo Thrash Metal, enraizado até a alma no que se fazia nos anos oitenta, porém sem doar datado. A produção é ótima, dando brilho para todos os instrumentos. Riff furiosos e rápidos, bem como solos muito bem construídos pelos guitarristas Eduardo e Maurício Amaral.

“Sementes Perdidas”, de largada já mostra que o Anthares não voltou só por voltar e dá inicio a pancadaria Thrash. O baterista Evandro Jr. Tem levadas e viradas seguras, constituindo uma cozinha sólida com Pardal. O vocalista Diego Nogueira vocifera as letras em português, letras essas que falam do cotidiano como problemas politico-sociais e econômicos, que finalizam levando o ser humano à paranóia e loucura.

Faixas destaques? A citada “Sementes Proibidas”, “O Caos da Razão” (esta com um quê de Slayer), e a melhor do álbum: “Mercadores da Fé”. Esta além de ter variações incríveis de andamento, a letra é ótima, falando obviamente daqueles fdps exploradores da fé humana.

A Dies Irae relançou este álbum com excelente parte gráfica, e caso ele tenha passado desapercebido por você, em 2015, agora é a sua nova chance para conhecer este ótimo trabalho do Anthares. Ainda para este ano, teremos o lançamento de novo álbum do grupo, mas até lá, procure curtir “O Caos Da Razão”.

José Henrique Godoy




BENEDICTION - THE DREAMS YOU DREAD (1995 - RELANÇAMENTO 2024)

 


BENEDICTION
THE DREAMS YOU DREAD
Shinigami Records/ Nuclear Blast - Nacional

Após o lançamento do cultuado e celebrado “Transcending the Rubicon” (1993) o Benediction dá sequência em 1995 a sua sólida carreira com “The Dreams You Dread”, mantendo-se no topo do mundo do Death Metal nos anos 1990.

Neste trabalho, o Benediction segue a mesma direção do clássico “Transcend...”, ou seja, mantém a brutalidade, aditivando passagens mais trabalhadas, porém, desta vez, com  passagens ainda mais cadenciadas e cheias de groove e peso. Existem até passagens com guitarras “limpas” como na introdução da ótima “Down on Whores”, onde a música vai num crescendo até chegar num peso em doses cavalares.

As faixas velozes ainda estão lá, como na faixa titulo e em “Certified”, convites a rodas e “walls of death” nos shows. Novamente os destaques são a dupla de guitarristas Peter Rewinsky e Darren Brookes, donos de riffs e solos empolgantes. A estreia do baterista Neil Hutton também se faz marcante e obviamente o vocal de Dave Ingram, como sempre.

The Dreams You Dread” não chega a ter o mesmo impacto do que o seu antecessor, porém é um excelente trabalho desta instituição inglesa do Death Metal mundial chamado Benediction. A Shinigami Records lançou toda a discografia da banda aqui no Brasil, para a felicidade dos fãs e apreciadores do estilo.

José Henrique Godoy




POWERWOLF - THE SACRAMENT OF SIN (2018 - RELANÇAMENTO 2024)

 



POWERWOLF
THE SACRAMENT OF SIN
Shinigami Records/ Napalm Records - Nacional

Lançado originalmente em 2018, “The Sacrament of Sin” seguiu o caminho de elevar o Powerwolf a patamares que pouquíssimas bandas de Heavy Metal alcançam.

Pra termos uma pequena ideia do tamanho alcançado pelo Powerwolf, nada menos do que 7 videoclipes de faixas deste álbum foram lançados pela Napalm Records, isso contar um lyric video, que totalizam impressionantes 8 clipes das 11 faixas da versão standard do disco. Guardadas as devidas proporções, o Metallica fez algo similar em seu penúltimo disco, “Hardwired… To Self-Destruct” (2016).

Um ponto que os fãs da banda não tem do que reclamar é que na já vasta discografia do Powerwolf não há absolutamente nenhuma derrapada, todos os seus trabalhos tem o mesmo jeitão de ser: Power Metal com toques épicos, potentes, sinfônicos, teclados em profusão, tudo o que um fã mais ama naquele subestilo que é a marca registrada do Metal germânico.

O lado mais épico e Heavy Metal do disco é ouvido em “Fire & Forgive”, “Incense and Iron” e em especial na contagiante faixa título, sendo esta, a melhor do disco. A balada fica a cargo de “Where the Wild Wolves Have Gone”, o momento Rammstein do disco fica por conta de “Stossgebet” que além da letra em alemão tem linhas melódicas vocais claramente inspiradas na conterrânea banda. Você pode escolher randomicamente qualquer faixa, e poderá perceber que a banda é diferenciada, acima da media não apenas pela qualidade das composições, dos arranjos, dos instrumentistas, mas principalmente na produção que é tão limpa e cristalina quanto um diamante.

Ouvir esse disco após algum tempo me fez a vontade de escutar toda a discografia do Powerwolf e viajar em seus caminhos. Incrível como os caras conseguiram ao longo dos seus 20 anos de carreira manter-se fieis a um estilo que se não foi criado por eles, ao menos foi devidamente evoluído por eles. Quem gosta de Power Metal e não gosta de Powerwolf tá vivendo e ouvindo Heavy Metal errado. Banda de carteirinha…

Mauro Antunes




quarta-feira, 9 de outubro de 2024

BENEDICTION - KILLING MUSIC (2008 - RELANÇAMENTO 2024)

 


BENEDICTION
KILLING MUSIC (2008 - RELANÇAMENTO 2024)
Shinigami Records/ Nuclear Blast - Nacional

Killing Music” é o sétimo trabalho editado pelo baluarte do Death Metal mundial, Benediction. Lançado em 2008, o álbum apresenta a banda no seu estado natural e fazendo o que de melhor praticava e o que os fez ser um dos expoentes do estilo: Death Metal agressivo, sem firulas e pesado.

Foram sete anos entre o lançamento de “Organized Chaos”, e a espera marcou uma diferença brutal. O retorno do Benediction ao som tradicional, sem grandes produções e composições mais intrincadas, e no lugar disso, a banda foca num Death Metal cru, aproximando-se por vezes do Punk, do Crust Punk e do Hardcore.

“Grey Man” inicia o trabalho após uma “Intro” curta, rápida e direta, com total destaque para o baterista Neil Hutton. “Controlopolis” segue a mesma linha. O álbum segue desta forma, crua e direta, onde é até possível ausência de solos, quando eles existem, são curtos e simples. Porém nada que afete o resultado final, e se encaixa perfeitamente a proposta.

Ao final do trabalho, temos dois covers: "Seeing Through My Eyes" (Broken Bones) e "Largactyl" (Amebix), duas versões para faixas de bandas punk /hardcore que atestam a influência do estilo ao trabalho do Benediction. Como convidados nestas faixas, temos Jock (GBH), Karl Willets (BOLT THROWER), Kelly Shaefer (ATHEIST), Billy Gould (FAITH NO MORE), The Fog (FROST).

Um bom álbum do Benediction, que se não é um clássico como “Transcend The Rubicon” ou “Subconcious Terror”, é um álbum que mantém a discografia do grupo em alto nível. Relançamento nacional pela Shinigami Records.

José Henrique Godoy




EVERGREY - THEORIES OF EMPTINESS (2024)

 


EVERGREY
THEORIES OF EMPTINESS
Shinigami Records/ Napalm Records - Nacional

Os mestres do Metal Progressivo sueco, estão de volta, desta vez com o lançamento de “Theories Of Emptiness”, o seu décimo quarto álbum. Formado a mais de trinta anos na cidade de Gotemburgo, na Suécia, conhecida por ser a terra do Death Metal Melódico, o Evergrey sempre se caracterizou por trabalhos com composições memoráveis, onde mescla o peso, melodia, melancolia e técnica, sempre sob o comando do vocalista/guitarrista/compositor Tom S. Englund.

E “Theories of Emptiness” não foge ao formato tradicional da banda, e ele segue musicalmente onde a banda parou, no álbum antecessor de 2022, "A Heartless Portrait (The Orphean Testament)" .Fica nítido que o novo trabalho se apresenta como uma continuação do que escutamos no trabalho anterior, porém ligeiramente com menos peso.

A abertura do álbum com “Falling from the Sun” é a sequência da terceira faixa “Ominous” do álbum anterior da banda. Ele inicia o disco com um ritmo acelerado e energético e riffs robustos. Com certeza se tornará uma das preferidas dos fãs e obviamente estará na tour que a banda fará para promover o lançamento.

Outros destaques, a seguinte “MISfortune”, poderosa e melódica, mais lenta e carregada de riffs e emoção. Falando em emoção, um dos pontos altos é a faixa “Cold Dreams”, onde conta com vocais convidados de Jonas Renkse, do Katatonia, e os backing vocals femininos adicionais da filha de Tom, Salina Englund. Os vocais limpos de ambos os cantores se alternam, dando uma atmosfera extremamente sombria, ao mesmo tempo que muito bonita. Provavelmente se tornará um clássico do Evergrey.

“Our Way Through Silence” tem uma diminuída no peso, e possui uma aura quase “radiofônica” e acessível, porém sem perder a classe e categoria. Destaque para os lindos solos de guitarra apresentados nesta faixa.

O Evergrey entrega aqui um dos melhores lançamentos do ano. E veja, quem está falando isso não é um aficcionado do estilo. O grupo ensina mais uma vez com “Theories of Emptiness”, que é possível fazer Prog Metal sem ter que ser chato, e nem fazer músicas que duram uma tarde inteira. Se você tem preconceito com o estilo, procure conhecer o Evergrey, e tranquilamente você pode começar com este novo trabalho. Lançamento nacional Shinigami Records.

José Henrique Godoy




POWERWOLF - PREACHERS OF THE NIGHT (2013 - RELANÇAMENTO 2024)


 

POWERWOLF
PREACHERS OF THE NIGHT
Shinigami Records/ Napalm Records - Nacional

O Powerwolf já tem 20 anos de estrada! Se há uma coisa que os fãs da banda não podem reclamar, é a de que a banda parece incansável e nunca parou de tocar, compor novas músicas e lançar coisas novas sempre ousando e vislumbrando coisas grandes.

Lançado em 2013, “Preachers of the Night” marcou a mudança de selo, saindo da Metal Blade e assinando com a Napalm Records onde permanecem até hoje, onde parecem ter toda a liberdade e autonomia para fazer sua música.

Faixas como “Amen & Attack” e “In the Name of God (Deul Lo Vult)” são uma espécie de resumo de tudo o que o Powerwolf se dispõe a tocar: Power Metal épico, pomposo, teatral e virtuoso. Outros destaques vão para: “Secrets of the Sacristy” (ouvir essa é como ouvir Helloween do final dos anos 90), a levemente progressiva “Sacred & Wild”, a rápida e pegajosa “Lust for Blood” e a épica a níveis estratosféricos que encerra o tracklist, “Last of the Living Dead” altamente indicada a fãs de Manowar, e que poderá causar sono ao fã mais desavisado, já que a Segunda metade da faixa, fica apenas naquele barulho de chuva, algo do tipo, “Raining Blood” do Slayer.

Apenas de se lamentar que a versão nacional aqui lançada não tenha nenhuma faixa bonus, e os brasileiros ficarão “apenas” com a versão standard do trabalho, um balde de água fria para colecionadores como é o caso deste redator. De qualquer forma, termos um trabalho original tão relevante e de uma banda que não para de crescer é um privilégio. Consigo imaginar o Powerwolf lançando daqui uns 20 anos, discos novos mantendo-se fiel às suas origens. Dá gosto ser fã da banda…

Mauro Antunes




terça-feira, 8 de outubro de 2024

RIOT V - MEAN STREETS (2024)

 


RIOT V
MEAN STREETS
Shinigami Records/Atomic Fire Records - Nacional

O Riot V existe como banda com um objetivo maior: manter vivo o legado de Mark Reale, guitarrista e mentor do Riot, banda de Nova Iorque, que existiu entre 1975 e 2012, com um sem-número de integrantes e formações diferentes, mantendo sempre Reale como capitão do navio. O grupo é dono de uma discografia bem longa e variada, indo do hard rock americano até beirar o Power Metal. Infelizmente Mark veio a falecer, em Janeiro de 2012, devido complicações da Doença de Chron.

Logo após o falecimento de Mark Reale, alguns membros da formação do Riot que gravou o clássico álbum “Thundersteel” (1988), mais precisamente falando, o baixista Don Van Stavern e o guitarrista Mike Flyntz, juntaram forças e começaram a compor material na mesma veia do Riot, e em 2014 retornaram com a banda rebatizada como Riot V.

Mean Streets” é o terceiro álbum gravado com o nome Riot V, e o que temos neste trabalho é o mais puro Heavy Metal na linha do que o Riot fez de melhor. Deveria ter sido lançado em 2023, mas com um “delay” da gravadora, acabou ficando para este ano. Mas a demora se viu compensada, tendo em vista o ótimo nível deste trabalho. Junto aos já citados Stavern e Flyntz, temos no line-up deste álbum o excepcional vocalista Todd Michael Hall, Nick Lee na guitarra base e Frank Gilchriest na bateria.

A abertura do álbum com a faixa “Hail To The Warriors”, é épica e rápida, demonstrando toda a força do Riot V, enquanto a segunda faixa é um cover do Judas... calma... não, não é. Acontece que “Feel The Fire” é simplesmente IGUAL ao clássico “Grinder” do Judas Priest. A semelhança chega a ser constrangedora... Mas vá lá, vamos encarar como uma “homenagem” do Riot V à banda de Rob Halford.
Outros destaques vão para “Higher”, com seu jeitão de hino Heavy Metal, a própria faixa título, "Mean Streets” que ficou entre as minhas favoritas e as selvagens “Mortal Eyes” e “Lost Dreams”, duas músicas que acertam em cheio no quesito “metal até o talo”.

Means Streets” é um ótimo lançamento, e no decorrer das doze faixas e cinquenta e dois minutos da audição, temos a certeza que o quinteto faz jus e mantém intacto o glorioso legado de Mark Reale. Lançamento nacional Shinigami Records.

José Henrique Godoy




EXODUS - LIVE AT DNA 2004 (OFFICIAL BOOTLEG) - (2005 - RELANÇAMENTO 2024)

 


EXODUS
LIVE AT DNA 2004 (OFFICIAL BOOTLEG)
Shinigami Records/Nuclear Blast - Nacional

Falar de EXODUS é falar de THRASH METAL. E vice versa. Não há o que se discutir, debater ou o que for. Talvez seja a banda que mais identifica e projeta o real do sentido do termo ao lado do Overkill. E em 2004, o mestre Steve "Zetro" Souza estava de volta ao grupo e assim, foi lançado "Tempo of the Damned", o álbum mais violento e desgraçado nos anos 2000. Podem comparar com outras bandas, mas a verdade é que aqui tínhamos um grupo que estava na ponta dos cascos, mesmo que muitas dessas faixas sejam sobras de estúdio, composições feitas para outras bandas, etc... E agora, com quase 20 anos de atraso (mas antes tarde do que nunca) a Shinigami Records em parceria com a Nuclear Blast, lança por aqui esse "Official Bootleg", gravado na festa de lançamento do já citado álbum, onde o próprio foi tocado praticamente na íntegra e que já rendeu lá fora, um lançamento duplo, além de muitas cópias do dvd com o show completo, onde mais músicas foram executadas. Assim, LIVE AT DNA 2004, é um registro de uma formação que respira e transpira thrash metal!

"Zetro" Souza (vocal), Gary Holt (guitarra), Rick Hunolt (guitarra), Jack Gibson (baixo) e Tom Hunting (bateria), formaram um dos line ups mais destruidores de todos os tempos, prova disso é a brutalidade  agressividade impressas em cada nota presente aqui. Embora venha numa bela embalagem digipack, o trabalho não traz encarte, informações relativas ao show, apenas o CD. E, talvez por se tratar de um "official bootleg", a qualidade sonora fica um pouco a desejar, pois soa mais crua que os ao vivo do grupo que conhecemos. Talvez por isso, essa sonoridade crua, deu ao álbum uma atmosfera crua e dinâmica, ainda que as guitarras soem abafadas em alguns momentos.

Como disse antes, essa versão lançado por aqui traz as faixas que compõem "Tempo of the Damned", exceção à "Impaler". Ou seja, temos a execução quase que completa de um dos clássicos lançados pela banda. Assim, desde o começo com "Scar Spangled Banner", onde a maior dupla de guitarristas do thrash metal mostra que ninguém criou riffs e solos tão destruidores como os "H-H", passando por outros petardos como "Blacklist" (que faixa, meus amigos... que faixa!), "Shroud of Urine", "War is My Sheppard" (outro coice violento na boca do estômago) e o final com a grandiosa faixa título, o álbum é um bom registro ao vivo, com as ressalvas já citadas.

Quem já assistiu a um show do EXODUS, sabe bem do que estou falando. E aqui, fica aquele gostinho de que poderia ter sido um pouquinho melhor, mas nem por isso, é um álbum pra passar despercebido. LIVE AT DNA 2004 é obrigatório aos fãs, principalmente por registrar ao vivo um dos melhores álbuns dos deuses do THRASH METAL!

Sergiomar Menezes




SONATA ARCTICA - CLEAR COLD BEYOND (2024)

 


SONATA ARCTICA
CLEAR COLD BEYOND
Shinigami Records/Atomic Fire  Records - Nacional

Surgida no "boom" do metal melódico no início dos anos 2000 (o grupo existe desde 1995, mas se chamava Tricky Beans, posteriormente Tricky Means, até se rebatizar como a conhecemos hoje), a banda finlandesa SONATA ARCTICA ganhou o mundo com seus primeiros álbuns, que surfavam naquela sonoridade muito próxima do Stratovarius, mas com certa personalidade, muito pelas guitarras, que ainda que altamente técnicas, diferenciavam-se dos seus conterrâneos por buscarem fugir da mesmice, mesmo que na maioria das vezes não conseguisse. Lançado por aqui pela Shinigami Records/Atomic Fire Records, COLD CLEAR BEYOND, é o 11º álbum de estúdio do quinteto, que mantém de sua formação original apenas o vocalista Tony Kakko e o baterista Tommy Portimo, e tenta resgatar aquela relevância que a banda teve até 2007 com o lançamento de UNIA. A intenção foi boa, no entanto, o resultado, mesmo que bom, não consegue trazer aquele espírito de outros tempos. 

Os já citados Tony Kakko e Tommy Portimo, juntos à Elias Viljanen (guitarra), Pasi Kauppinen (baixo) e Henrik Klingenberg (teclados) voltam à carga 5 anos após o controverso "Talviyö", adorado por muitos, odiados por tantos outros. A verdade é que o grupo, mesmo que tenha feito trabalhos não condizentes com seu início de carreira, conseguiu manter uma boa parcela de seus fãs, muito mais interessados nas melodias vocais de Tony Kakko do que nas composições dos finlandeses. COLD CLEAR BEYOND é um trabalho muito superior aos seus cinco últimos álbuns, o que pode, de certa forma, resgatar admiradores que acabou perdendo ao longo desse caminho, incluindo este que vos escreve. Para ser sincero, desde "Winterheart's Guild" eu deixei de acompanhar o grupo, muito pela mesmice da cena, mas também pela falta de criatividade apresentada a partir de "The Days of Grays".

O álbum inicia com "First in Line", um metal melódico com todas as características do estilo: rápido, intenso e, obviamente, melódico! Os teclados de Henrik se destacam, enquanto a guitarra de Elias Viljanen ganha intensidade no decorrer da faixa. Se a primeira composição do álbum era uma faixa tipicamente "metal melódico", o que dizer de "California"? Mesma fórmula, mesmos elementos, mas com a classe do Sonata impressa, ou seja, vai agradar os fãs do próprio grupo e do estilo. Com um refrão grudento, tenho certeza que a própria estará nos setlists dos shows da banda. "Shat Mat", na sequência, mantém o clima "bumbo duplo" em alta, mesmo com seu início melancólico e introspectivo. Com um dos melhores refrãos do álbum,  faixa é um dos destaques. Os corais muito bem encaixados são a via condutora de "Dark Empathy", uma faixa climática e que foge do caminho que estava sendo trilhado até aqui, que logo dá lugar para  a "correria" de "Cure for Everything".

" A Monster You Can't See" começa de forma suave, mas ganha intensidade e peso (pros padrões sonato arcticos), e também é possuidora de um belo refrão. E aqui vai um comentário extra: o grupo parece ter se preocupado com essa questão, pois todas as faixas trazem consigo essa característica. "Teardrops" é outro momento que deixa de lado a velocidade em prol da harmonia, da mesma forma que "Angel Defiled", que tem essa característica mais exaltada em seu refrão. A balada "The Best Things", melódica e com belas harmonias, antecede o final que vem a faixa título. "Clear Cold Beyond", uma "power ballad", no sentido literal da expressão, uma vez que possui peso e não flerta com aquelas baladas tradicionais que muitas bandas do estilo compõem.

CLEAR COLD BEYOND é um bom álbum, que pode fazer com que o SONATA ARCTICA volte aos seus bons momentos, um tanto quanto longínquos. Ainda que muitos fãs possam vir a discordar, a verdade é que este álbum é o melhor do grupo em 15 anos. E podem ter certeza: não é pouca coisa!

Sergiomar Menezes




POWERWOLF - WAKE UP THE WICKED (2024)

 


POWERWOLF
WAKE UP THE WICKED
Shinigami Records / Napalm Records - Nacional

O Powerwolf é um nome grande no mercado do Metal europeu. Seus shows são dotados de grandes produções, e é visível que a banda não para de crescer. Considero-os o Slipknot do Power Metal, não apenas pelo figurino, mas também pela enorme capacidade de cativar e fazer de seus shows, um espetáculo teatral.

Quando apertamos o play em nosso reprodutor de áudio, invariavelmente sabemos o que vamos ouvir: Power Metal furioso, pomposo, repleto de arranjos orquestrais, além da voz potente e marcante de Attila Dorn. Importante caracterizar a banda como daquelas que parece não se importar nem um pouco em soar datada e ano após ano, soltar materiais inéditos como “mais do mesmo”, fato recorrente nas bandas alemãs, em especial no Power Metal.

Wake Up the Wicked” é nada menos que o decimo trabalho de inéditas da banda e algo que me chamou a atenção logo de cara foi ver que as 11 faixas ultrapassam a marca dos 36 minutos de duração, ou seja, aqui mais do que nunca, as músicas foram diretas e retas, sem abrir mão da grandiloquência, epicidade e aquele aura de um concerto com orquestra que pode afugentar os mais desavisados, e paralelamente, atrai quem admira bandas ousadas e que sabem se auto promoverem.

Se você, caro leitor, já ouviu na íntegra qualquer trabalho anterior do Powerwolf, como já citamos, saberá o que vai encontrar aqui. Os arranjos orquestrais estão cada vez mais elaborados, e que por vezes substituem até as guitarras, transformando a audição em uma experiência quase que singular. Ouça por exemplo, faixas como “1589”, “We Don’t Wanna Be No Saints” e a linda “Vargamor” e imagine-se em uma batalha épica no século XV, XVI ou qualquer outro próximo a esta época e divirta-se.

O Powerwolf é daquelas bandas que parecem imortais e que passarão o resto de sua existência fazendo a mesma coisa, sempre com paixão e sentimento destacados em linhas melódicas que por vezes chegam a arrepiar. Como todos os outros discos do catálogo, “Wake Up the Wicked” é primoroso, tanto que me deu vontade de fazer a limpa em meu Spotify e ouvir tudo de novo. Iniciando em 3, 2, 1…

Mauro Antunes




segunda-feira, 7 de outubro de 2024

MY DYING BRIDE - A MORTAL BINDING (2024)


 

MY DYING BRIDE
A MORTAL BINDING
Shinigami Records / Nuclear Blast - Nacional

Lento, sombrio e lúgubre. Algumas características que compõem a sonoridade do gigante do Doom Metal, My Dying Bride, desde a sua formação em 1990. Com o lançamento do novo trabalho “A Mortal Binding”, estes elementos vem à tona novamente com toda a força que imortalizou os ingleses como um os maiores expoentes do estilo.

A Mortal Binding” é o décimo quinto trabalho do My Dying Bride e é o sucessor de "The Ghost of Orion" de março de 2020. Houve algumas mudanças na formação desde então, já que o guitarrista Neil Blanchett se juntou definitivamente à banda, e o baterista Jeff Singer foi substituído por Dan Mullins, que já tocou com o grupo em 2007-2012.

Para um fã do My Dying Bride, não haverá sustos, tendo em vista que todos os ingredientes de um álbum da banda estão presentes. O vocalista principal Aaron Stainthorpe alterna momentos de brutalidade death metal com momentos de vocais limpos com um toque gótico sombrio e poético. Os riffs e ritmos são pesados, e os teclados dão uma atmosfera fantasmagórica, enquanto são completados por solos melancólicos, entregues por guitarras e violinos.

A produção sonora é mais crua, menos polida e mais direta do que nos últimos lançamentos. Ponto a favor para o My Dying Bridem que parece ter tido coragem para dar alguns passos atrás, em direção ao seus trabalhos de início de carreira. A faixa de abertura “Her Dominion” é o melhor exemplo disso, já que é uma faixa de death metal bastante pesado com apenas vocais rasgados.

Embora outras faixas do álbum também apresentem vocalizações Death Metal, "Her Dominion" é, no entanto, uma faixa um pouco diferente das demais em "A Mortal Binding", e eu diria que as faixas restantes estão mais alinhadas entre elas. Os destaques incluem "Thornwyck Hymn" e "The Apocalyptist" de 11:22 minutos.

Finalizando um trabalho consistente do My Dying Bride, que agradará a todos os fãs, e até alguns ouvintes que não estão tão familiarizados com a banda, pois não há nada neste álbum que não seja material de qualidade. Lançamento nacional pela Shinigami Records.

José Henrique Godoy




MARTY FRIEDMAN - DRAMA (2024)

 


MARTY FRIEDMAN
DRAMA
Shinigami Records / Frontiers Music srl - Nacional

Marty Friedman dispensa apresentações. Desde o seu início modesto na banda Hawaii em 1983, passando pelo super-projeto Cacophony, com o não menos genial Jason Becker, até se tornar mundialmente conhecido em 1990, ao ingressar no Megadeth, Friedman é reconhecido como um dos mais virtuosos guitarristas da história do Metal/Rock.

Paralelamente ao Megadeth, durante os anos 1990, Marty deu sequência a uma carreira solo, lançando álbuns hoje clássicos de guitarra instrumental, como “Scenes” (1992) e “Introduction” (1994). Após deixar a banda de Dave Mustaine, Friedman fincou pés no Japão, e lá seguiu sua carreira como artista solo.

“Drama” é o seu novo trabalho solo, e demonstra claramente que, após quase duas décadas, Friedman conseguiu mesclar toda a sua técnica e feeling à cultura japonesa. Durante a audição de “Drama”, é possível notar beleza e melancolia, características muito presentes nas composições japonesas. O que Friedman demonstra, como em toda a sua obra até hoje, é muito sentimento em cada nota tocada.

Este novo trabalho é, como não poderia deixar de ser, muito acima da média, seja em momentos mais calmos, como nas faixas “Illuminations”, e “Triumph”, orquestrada com arranjos de cordas e piano, executados pelos músicos nipônicos Mika Maruki e HIyori Okuda, sejam em momentos mais roqueiros como na pesada e cativante “Thrill City”, seja na bela balada “Dead Of Winter” com participação do vocalista Chris Brooks, da banda Like a Storm. O lendário baterista Greg Bisonette, ex Dave Lee Roth e tantos outros trabalhos, coloca sua participação em quase todas as faixas do álbum.

Marty Friedman a muito tempo deixou de ser apenas o ex-guitarrista do Megadeth, para se tornar um sólido artista solo e um dos guitarristas mais cultuados do planeta. Confira “Drama”, que teve seu lançamento nacional editado pela Shinigami Records.

José Henrique Godoy




DEEP PURPLE - =1 (2024)

 


DEEP PURPLE
=1
earMusic - Nacional

Quem começou a ouvir Rock e Metal nos idos dos anos 80, não tinha tantas opções para conhecer bandas novas como tem-se hoje. Era um vinil aqui, uma fita cassete de outro amigo ali, de vez em quando algum programa de clipes passava algo que chamava a atenção, enfim, as opções eram escassas. No meu caso, o Deep Purple eu passei a conhecer de uma forma extremamente curiosa: fiz uma troca de vinis com um amigo na época: dei a ele o “Piece of Mind” (Iron Maiden, 1983) e em troca recebi o mega classico “Machine Head” do Deep Purple totalmente no escuro sem nunca, até então, ter ouvido absolutamente nada da banda.

Obviamente, tive que gastar parte da minha suada mesada pra readiquirir o classico trabalho de Steve Harris e cia., mas o mais famoso trabalho da MKII citado aqui, o tenho até hoje, em boas condições. Com a iminente paixão de fã que o Deep Purple imediatamente causou neste redator, virei colecionador e hoje posso dizer que tenho muita coisa desta que é, uma das bandas do meu coração.
Falar deles pra mim é mais do que especial, é um deleite. Posso dizer que desde então nunca abandonei a banda mesmo que em alguns momentos tenha torcido o nariz para algumas coisas que tenham feito de lá para cá, mas sempre estiveram no meu radar.

Desde que Ritchie Blackmore deixou a banda em 1994, e uma nova fase iniciou para o Purple, “=1” já é nada menos que o nono trabalho completo de estúdio lançado por Gillan e cia., sendo este, o primeiro sem o exímio Steve Morse, demitido após o lançamento do trabalho de covers, “Turning to Crime” (2021).

Ao todo temos nada menos do que 13 faixas que trazem o Deep Purple em versão contida, afinal temos senhores de quase 80 anos de idade, que tem o dom da música fincado em seus sangues. Simon McBride que assumiu a guitarra já chegou chutando a porta com “Show Me”. Que solo, que viagem!
“A Bit on the Side” tem a insanidade de Ian Paice como ponto alto. Essa seria uma faixa bem legal de ouvi-la com a bateria isolada, seria uma experiência auditiva bem interessante. “Sharp Shooter” dá pra imaginar ouvir degustando uma bela dose de Jack Daniels acompanhando, com seu Rock & Roll simples e direto. E o que dizer de Don Airey na brilhante “Portable Door”? O clipe você pode assistir abaixo e o spoiler já está dado!

“Old-Fangled Thing” é onde Gillan parece se sentir a vontade e teve total liberdade para cantar como bem quisesse. Sábia decisão, já que a faixa transcende o Rock e invade o território do Metal com muita força. Pra mim, essa é a melhor de todas! “If I Were You” é outro grandioso destaque com sua levada em Blues Rock. Em suma, todas as faixas caminham por todas as vertentes do Rock & Roll feitas pela classe de músicos pra lá de veteranos que parecem que nunca mais vão parar de tocar.

Como em sã consciência não ama-los? Mais de 5 décadas de atividade, tantos e tantos clássicos transformam o Deep Purple em um verdadeiro patrimônio da humanidade. Que toquem até os 100 anos que certamente, continuaremos sendo fãs…

Mauro Antunes