terça-feira, 8 de outubro de 2024

POWERWOLF - WAKE UP THE WICKED (2024)

 


POWERWOLF
WAKE UP THE WICKED
Shinigami Records / Napalm Records - Nacional

O Powerwolf é um nome grande no mercado do Metal europeu. Seus shows são dotados de grandes produções, e é visível que a banda não para de crescer. Considero-os o Slipknot do Power Metal, não apenas pelo figurino, mas também pela enorme capacidade de cativar e fazer de seus shows, um espetáculo teatral.

Quando apertamos o play em nosso reprodutor de áudio, invariavelmente sabemos o que vamos ouvir: Power Metal furioso, pomposo, repleto de arranjos orquestrais, além da voz potente e marcante de Attila Dorn. Importante caracterizar a banda como daquelas que parece não se importar nem um pouco em soar datada e ano após ano, soltar materiais inéditos como “mais do mesmo”, fato recorrente nas bandas alemãs, em especial no Power Metal.

Wake Up the Wicked” é nada menos que o decimo trabalho de inéditas da banda e algo que me chamou a atenção logo de cara foi ver que as 11 faixas ultrapassam a marca dos 36 minutos de duração, ou seja, aqui mais do que nunca, as músicas foram diretas e retas, sem abrir mão da grandiloquência, epicidade e aquele aura de um concerto com orquestra que pode afugentar os mais desavisados, e paralelamente, atrai quem admira bandas ousadas e que sabem se auto promoverem.

Se você, caro leitor, já ouviu na íntegra qualquer trabalho anterior do Powerwolf, como já citamos, saberá o que vai encontrar aqui. Os arranjos orquestrais estão cada vez mais elaborados, e que por vezes substituem até as guitarras, transformando a audição em uma experiência quase que singular. Ouça por exemplo, faixas como “1589”, “We Don’t Wanna Be No Saints” e a linda “Vargamor” e imagine-se em uma batalha épica no século XV, XVI ou qualquer outro próximo a esta época e divirta-se.

O Powerwolf é daquelas bandas que parecem imortais e que passarão o resto de sua existência fazendo a mesma coisa, sempre com paixão e sentimento destacados em linhas melódicas que por vezes chegam a arrepiar. Como todos os outros discos do catálogo, “Wake Up the Wicked” é primoroso, tanto que me deu vontade de fazer a limpa em meu Spotify e ouvir tudo de novo. Iniciando em 3, 2, 1…

Mauro Antunes




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