terça-feira, 27 de maio de 2025

AS THE WORLD DIES - NEBULA (2025)

 


AS THE WORLD DIES
NEBULA
Shinigami Records/Reaper Entertainment - Nacional

Os ingleses do As The World Dies retornam com seu segundo álbum, que atende pelo título de “Nebula”, e tal qual ocorreu com seu álbum de estreia “Agonist” (2022), promete dar o que falar entre os fãs do Metal da Morte. Liderado pelo veterano guitarrista Scott Fairfax (Memorian, e com passagens por Massacre e Benediction), o grupos entrega em “Nebula” um álbum pesado, denso, técnico e perturbador.

A faixa inicial “Apophis” toma emprestada para o título, o nome do deus grego da destruição, escuridão e do caos total. E também o nome de um asteróide que foi descoberto em 2004, e por ter cerca de 370 metros, causou certa preocupação aos observatórios espaciais, devida a sua trajetória próxima a Terra. Até onde se sabe, o risco de colisão existe até o ano de 2029, mas com menor urgência de preocupação.

O que tem máxima urgência aqui, é a audição de “Nebula”. Embora algumas fontes citem o As A World Dies como “Progressive Death Metal”, na minha visão o que se escuta é um Death Metal trampado, por vezes cadenciado, que lembra e muito o também inglês e baluarte do metal extremo, o Bolt Thrower. Após a já citada “Apophis”, temos “Consumed” onde o grande destaque, além dos riffs soturnos, é o baterista Chris McGrath que dá um show de viradas e quebradas insanas, um verdadeiro monstro.

“Dark Oblivion” segue a mesma linha, porém com alguns toques góticos e trevosos durante sua execução. Esse clima gótico se intensifica ao final da faixa e serve de ponte para a próxima, “I Am The One”, que flerta com o Doom Metal, de forma visceral e brutal, algo que o Paradise Lost fez com maestria em seus primeiros trabalhos. “Blind Destiny” é puro sarrafo e porradaria, enquanto os riffs iniciais de “Playing God” evoca o pai de todos: Tony Iommi. “Voices Of Angels” retoma o clima Doom e as mesmas sombras tomam conta de “Under a Dying Sky”, arrastada, lenta e pesada. “Final Resting Place” fecha o trabalho de forma lúgubre, melancólica e caótica.

As faixas são interligadas e conceitualmente contam a história sob a temática de uma possível catástrofe causada pelo nosso já citado “amiguinho” “Apophis”. Parafraseando o nome da banda, será “Assim Que O Mundo Morre”? Esperamos que não, e que tenhamos ainda mais tempo para ouvirmos mais trabalhos desta ótima banda inglesa. Lançamento nacional pela Shinigami Records.

José Henrique Godoy




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