sexta-feira, 28 de outubro de 2016

SOILWORK - DEATH RESONANCE (2016)



              O SOILWORK é, sem dúvidas, uma das melhores bandas da atualidade. Sendo muitas vezes comparada ao In Flames, os suecos se mantiveram muito mais constantes em sua carreira, sem fugir do estilo que os consagrou, o amado por muitos e odiado por outros, death metal melódico. Eu, particularmente, não gosto muito de deixar que o rótulo "prenda" a capacidade criativa das bandas, ainda mais aqui, visto que o grupo não se limita aos clichês do estilo. E DEATH RESONANCE, uma compilação de faixas que foram lançadas como bônus, além de duas inéditas, e que chega aqui via Shinigami Records, é prova incontestável disso.

                   O grupo hoje é formado por Björn "Speed" Strid (vocal), David Andersson (guitarra), Sylvain Coudret (guitarra), Markus Wibom (baixo), Sven Karlsson (teclados) e Dirk Verbeuren (bateria, e atual Megadeth). Mas aqui, temos participações de outros músicos que integraram a banda, pois trata-se de uma compilação de faixas extras lançadas em EPs, álbuns, algumas com novas remixagens e, como citado anteriormente, duas faixas inéditas. Temos aqui a participação de Ola Frenning, Peter Wichers e Daniel Antonsson (guitarras) e Ola Flink (baixo) E se muitos podem considerar esse tipo de lançamento um caça-níquel, ainda mais em tempos de download (onde se consegue discografias inteiras de bandas de forma "gratuita"), aqui, o trabalho serve como um presente aos fãs que podem ter todo esse material comilado em um único cd. E podem ter certeza, vale muito á pena! 

                     O cd abre com as duas faixas inéditas. Helsinki e Death Resonance. A primeira traz consigo as características que são a marca registrada do grupo. Agressividade e melodia aliadas ao peso brutal das guitarras. O vocal de Björn "Speed" segue intacto, pois o talentoso vocalista incorpora como poucos a linha rasgada e ao mesmo tempo melódica sem se tornar cansativo. Já a segunda tem um andamento mais cadenciado e é bastante intensa, colocado o teclado em posição de destaque, sem que a banda perca sua veia mais pesada. Algo que o grupo sabe fazer muito bem, diga-se de passagem. The End Begins Below The Surface foi lançada como bônus da versão japonesa de The Ride Majestic (2015) e é uma faixa bem agressiva, principalmente pelo trabalho executado pela dupla baixo/bateria. As faixas My Nerves, Your Everyday Tool, These Absent Eyes, Resisting The Current, When Sound Collides e Forever Lost in Vain compõem o EP Beyond The Infinite (2014), lançado anteriormente apenas na Asia. E pode-s e dizer aqui que o nível da banda alto. Músicas cheias de felling, adrenalina fluindo e muito bom gosto nos arranjos, mostram que até mesmo em lançamentos "menores" o grupo acerta em cheio.

                         Sweet Demise foi lançada na versão limitada (boxset) de The Panic Broadcast (2010) e tem seu destaque na bela junção dos teclados com as guitarras, ao passo que baixo e bateria executam um trabalho primoroso no que lhes compete. E cabe dizer que, os músicos que integram o gruo (e os que já integraram) são de extrema competência, pois as músicas demandam um alto nível técnico. Sadistic Lullabye 2010 foi bônus da versão japonesa do mesmo álbum e é bastante agressiva. O contrate fica por conta do solo bem melódico inserido de forma correta na execução da faixa.  Overclocled, Martyr e Sovereign fizeram parte de versões diferentes de Sworn To A Great Divide (2007). Enquanto as duas primeira receberam nova mixagem e integraram a versão 7" do referido trabalho, a terceira está presente na versão japonesa do mesmo lançamento e também recebeu nova mixagem. E destaque para essa ultima, que possui uma "certa" violência em sua linha de guitarras que eu acabo me perguntando como faixas assim não entram na versão regular dos trabalhos. Wherever Thorns May Grow também recebeu nova mixagem e faz parte da versão limitada de Stabbing the Drama (2005), enquanto que Killed By Ignition, que foi mixada novamente em nova roupagem, fez parte da versão japonesa do mesmo álbum. 

                         Muito mais do que apenas uma compilação, DEATH RESONANCE é uma oportunidade para os fãs conseguirem material da banda que antes não estava disponível. E não é qualquer material, pois o que temos aqui é de alta qualidade. As guitarras agressivas e melódicas, linhas de teclado muito bem elaboradas e executadas, cozinha extremamente pesada e técnica e um excelente vocalista, garantem muito mais do que apenas faixas bônus. Quem conhece o trabalho do SOILWORK sabe exatamente o que estou falando! 




                          

                 Sergiomar Menezes

4 comentários:

  1. Grande banda, uma das minhas preferidas. Só uma correção: o batera é "Dirk". Ótima resenha!!!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Valeu o toque! Bunca reviso antes de postar... dá nisso... hehehe...

      Excluir
  2. Ótima resenha, mas vai mais uma correção aí: o Markus Wibom é o responsável pelo baixo atualmente (ao invés do teclado, como diz no texto).

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Valeu o toque! Acabei deixando a banda com dois tecladistas... hehehe

      Excluir