TOXIC HOLOCAUST
Abertura: C.F.C. e FINALLY DOOMSDAY
Local: Oculto - Porto Alegre/RS
Produção: Ablaze Productions
Abertura: C.F.C. e FINALLY DOOMSDAY
Local: Oculto - Porto Alegre/RS
Produção: Ablaze Productions
Texto e fotos: José Henrique Godoy
Terça-feira à noite após um final de semana de eleições, véspera de feriado, parece não ser uma data boa para um show de Thrash Metal, certo? Errado! Muito errado. O que tivemos no Oculto, em Porto Alegre, foi uma verdadeira celebração ao estilo, com os americanos do Toxic Holocaust, e no suporte de abertura as bandas gaúchas, Finally Doomsday e CxFxCx.
O início da noite se deu em ponto as 19:30, mas por conta do trânsito de final de tarde, tradicionalmente caótico, agravado ainda por “manifestações que não vem ao caso”, cheguei atrasado e perdi a apresentação da CxFxCx, podendo assistir apenas a última música, um excelente cover de “How Will I Laugh Tomorrow”, do Suicidal Tendencies. Peço desculpas a banda e a produção, por não ter conseguido assistir ao show, mas pelo que me foi comentado foi uma apresentação muito boa da veterana banda de Canoas.
Às 20;30Hrs, pontualmente sobe ao palco o Finally Doomsday! As figurinhas legendárias do metal gaúcho Sebastian Carsin (guitarra e vocais, grande produtor de algumas centenas de álbuns do metal RS) Marcio Jameson (Bateria e proprietário da loja APlace) acompanhados do baixista Paulo Hendler (Integrante também da banda de Death Metal Horror Chamber) sobem ao palco e detonam seu Death/Thrash cheio de riffs empolgantes em uma apresentação mais que energética.
A apresentação abre com “Rise Again”, faixa do (por enquanto) único trabalho da banda, um EP lançado em 2011. Faixa rápida e forte é seguida de “Guess What” e outra faixa do EP, “ Ravens Circle”. Após estas Sebastian agradece o público, que já dava amostras de algumas “rodas” e stage divings, mas ainda tímidos perto do que veríamos mais ao longo da noite.
O Entrosamento do trio é.excelente, e contagiou o público durante o show de pouco mais de 30 minutos. Finalizaram o set com “From Slave TO Obliteration”, cover clássico do Napalm Death, juntamente com a faixa título do já citado EP “Post Nuclear Armageddon" e uma nova composição: “Subhuman Conditions”. Uma irretocável apresentação do Finally Doomsday, e o que nos resta é esperar que venha logo mais shows e trabalhos da banda.
Com um atraso de uns 20 minutos, é chegada a hora da atração mais aguardada da noite: Toxic Holocaust. O líder e mentor Joel Grind (baixo e vocais), escoltado pelo guitarrista Rob Gray e pelo baterista Tyler Becker sobem ao palco e sem muito papo despejam “Bitch” do álbum “Conjure And Command” seguidas de “Silence”, “Gravelord” e “Acid Fuzz”. O som totalmente “Old School”, uma mescla de ThrashMetal , com pegada Punk, juntamente a temática das letras nos faz voltar até os anos 80, e o ambiente do show também.
Falando em ambiente, aqui cabe um parágrafo exclusivo para o público: QUE PÙBLICO! Apesar de não muito numeroso ( creio que em torno de umas 250 pessoas) a qualidade era o que contava. Desde as primeiras notas, o que se via pelo recinto do Oculto, eram dezenas de jaquetas cobertas de patches e tênis “cano alto” branco, engalfinhados em rodas punks e moshes praticamente sucessivos e intermináveis, e os presentes cantavam todas as letras de todas as músicas. O que chama a atenção é que a maioria não eram os fãs old-thrashers da época de ouro do estilo, embora estes também estivessem presentes (este que vos escreve, incluso), mas sim uma molecada jovem que realmente entende do riscado! Se depender deles, o Thrash Metal será perpetuado, com a Graça de São Baloff e São Burton.
Voltando ao Toxic Holocaust, a banda fez também uma excelente apresentação, música após música sem intervalos, uma atras da outra. A discografia toda da banda foi visitada, com sons como “Primal Future”, “Hell On Earth”, “War Is Hell”, “Lord of The Wasteland”. O único, porém, creio que foi a duração do show, pouco mais de 50 minutos. A impressão que tive foi que passou rápido pois o show foi excelente, mas ao olhar o relógio, realmente foi menos de uma hora. Mesmo assim, a qualidade do espetáculo, não fez ninguém reclamar da duração do mesmo.
Mais uma grande noite de metal em Porto Alegre, novamente proporcionada pela excelente produção da Ablaze! Em direção de volta pra casa, fiquei com aquele sentimento de “tomara que não demore muito para o Toxic Holocaust voltar para a cidade”, bem como demais bandas do estilo. Porque público aqui temos, e é dos bons!
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