sexta-feira, 28 de julho de 2023

ASHRAIN - "REQUIEM RELOADED" (2023)

 

ASHRAIN
REQUIEM RELOADED
Metalville Records - Importado

Reunir um excelente time de músicos não é uma tarefa fácil. Compor, gravar e lançar um DISCAÇO logo de cara se torna ainda mais complicado, certo? Pois bem, o guitarrista Nozomu Wakai conseguiu tudo que foi descrito acima. O cara recrutou uma equipe dos sonhos com: Peter Baltes (Baixo, ex-Accept), Iuri Sanson (Vocal, ex-Hibria) e Andy C (Bateria, ex-Lords of Black) nascendo o Ashrain.

Juntos, o quarteto está lançando “Requiem Reloaded”, um disco de Power Metal com pitadas de Hard Rock chiclete. Ao primeiro instante que “Are You Ready to Rock ” ecoa é inevitável não sentir a adrenalina percorrer a espinha com uma música tão empolgante com a linha melódica remetendo ao final dos anos 90. “Requiem for Screamer”, começa com um “tecladinho” cheio de suspense para logo explodir um agudo de Iuri e tudo pegar fogo com a parte rítmica acelerando até cair num refrão fácil, mas maravilhoso (o melhor de todo disco).

O grande destaque de todo álbum fica pela sinergia dos integrantes, cada um é ”perito” no seu instrumento, mas, ninguém joga para si, o metal aqui é de equipe, cada sabendo o seu para o som do Ashrain soar melhor. O instrumental é açucarado, mas não ao ponto de subir a glicose, a banda adiciona melodia na medida certa, sentimento nos solos de forma que verse com o ouvinte e bumbo duplo quando requisitado (quase sempre).

“Still Burn”, “Break Through the Fire”, “Believe” e “No Surrender” trazem nostalgia e alegria para aquele adolescentes que cresceram ao som de Edguy, Hammerfall, Stratovarius e Crystal Ball. O Ashrain só comete um pequeno pecado, onde está aquela balada? A banda pisa tão fundo no acelerador que não quis frear e fazer o ouvinte respirar. As duas últimas faixas “End of Sorrow” e “We Fight to Win” fecham de maneira primorosa, uma boa variação estrutural, com bastante quebradeira em meio a virtuose e refrãos chicletes, quase um encontro entre Yngwie Malmsteen e Gamma Ray em seus tempos áureos.

O disco é rápido (em todos os sentidos), de fácil assimilação e te faz perder a voz na tentativa de imitar os incríveis agudos de Iuri Sanson. O “deslize” estraga o belíssimo trabalho em “Requiem Reloaded”? Não, mas, ficar sem uma balada, ainda mais com tanta qualidade e refrão marcante, é um crime perante as leis do heavy melódico (risos).

William Ribas



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