BLACKNING
AWAKENING RAGE
Black Lion Records - Importado
AWAKENING RAGE
Black Lion Records - Importado
Permanecer passando um rolo compressor por cima de qualquer obstáculo parece ser um dos objetivos dos paulistanos do Blackning. Desde o lançamento do seu primeiro disco, “Order of Chaos", em 2014, o grupo já passou por poucas e boas, e, incrivelmente, estão de pé e fortes.
O novo capítulo dessa história começa a ser escrito agora no final de julho, com “Awakening Rage”. Existem diversos pontos positivos nas 11 faixas presentes, mas algumas chamam bastante atenção. A linha musical do grupo sempre foi uma ode ao thrash metal rápido e sorrateiro dos anos 80, mas, agora em seu terceiro ato, houve um amadurecimento com elementos sendo incorporado ao som dando uma “engordada” e fazendo com que houvesse um ganho de brutalidade extra no instrumental. É como se tivéssemos Slayer (Seasons in the Abyss para frente), Exodus (fase Rob Dukes), Testament (dos últimos 15 anos). Sepultura (Chaos AD) e uma peça atual como o Gojira são as referências para o amigo leitor.
A simples frase: "O Blackning está lançando um voleio na fuça dos fãs e desavisados” já seria o suficiente para destacar o poderio da banda, pois, literalmente jorram adrenalina, peso, destruição e agressividade com uma boa dose de groove. A honra de abertura é feita pela sugestiva “Violate”, um convite para qualquer camisa preta destroçar o pescoço com seu direcionamento rápido e sorrateiro, puxando mais pro lado clássico e old school do thrash metal. Seguindo com “Greed and Lies”, “Disfigured Trust” e “Lamb To the Slaughter” temos uma banda diversificada acelerando quando necessário, mas segurando a “desgraceira” para dar um clima denso e carregado para depois soltar o freio na banguela e ver o “coro comer”.
Os riffs são marcantes, os refrãos por muitas vezes são pegajosos prontos para os shows e a cozinha (baixo e bateria) trabalha de forma coesa. As faixas “Never To Be Free” e “Insanity In Power” são daquelas que você escuta já imaginando como vão soar ao vivo, com todos erguendo os punhos e urrando fazendo com que todas as pregas vocais sejam dilaceradas. O quarteto final “Vengeance is Mine”, “Eye For An Eye”, “Unnamed Reality” e “Lies That Blind” te dizem: “Tirem crianças e velhinhos” da sala, pois violência gera violência, rodas, moshpit devem ser formados imediatamente e “bangear” vira uma obrigação cívica.
O disco eleva o patamar do grupo mostrando uma sinergia ímpar que se criou entre os integrantes, “Awakening Rage”, não dá tempo para passagens puras e melodias açucaradas, muito menos para respirarmos após diversos “golpes brutos”. Cleber Orsioli (Guitarra e Voz), Zozi Silveira (Guitarra), Ricardo Brigas (Baixo) e Renan Pigmew (Bateria) não dão clemência aos tímpanos sensíveis, o que resulta num trabalho digno de nota 10.
Blackning — A máquina de destruição brasileira.
William Ribas
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