quinta-feira, 27 de julho de 2023

KATAKLYSM - "GOLIATH" (2023)

 

KATAKLYSM 
GOLIATH
Shinigami Records/Nuclear Blast - Nacional

São mais de 30 anos de estrada, diversos álbuns lançados e um mundo tomado por sua música. Pode não ouvir, mas o nome Kataklysm, você conhece. Uma instituição do underground com o seu som bruto, que inclusive recentemente passou pelo Brasil devastando tudo, com um show extremamente elogiado.

Goliath” carrega o ouvinte para diversas décadas da música pesada, uma viagem entre o passado e presente num tracklist de 10 faixas, com 40 minutos de duração. O primeiro impacto é na produção com todos os instrumentos audíveis, mas com aquela “sujeira” do passado explodindo nas caixas de som, como se estivesse ouvindo um trabalho assinado por Max Cavalera — Caótico e sem excesso de modernidade.

A agressividade é ímpar, não existe quase “respiro”, é peso em cima de peso, num mundo onde a melodia, vocais limpos e passagens de teclados estão cada vez mais infestando “o ambiente”, o Kataklysm parece querer caminhar na contramão aqui. O limite de velocidade é inexistente, faixas como “Dark Wings of Deception”, “Die As a King” e “Combustion”, você só enxerga o rastro deixado tamanho o peso descomunal do instrumental. Os urros despejados são “assustadores” tamanho o poder energético que aqui se aplica, a união entre todos os integrantes cria uma unidade indestrutível no trabalho.

Os riffs marcantes de “The Redeemer” e “Heroes to Villains” são dilacerantes, ainda mais que ambas são cativantes, possivelmente disputando como melhores momentos de “Goliath”. Aliás, é preciso destacar a constante do trabalho na totalidade, o fã é instantemente preso ao disco, seja pela agressividade, pelos momentos densos ou pela maneira que você não parará de banguear.

A cereja do bolo fica para o encerramento, “The Sacrifice of Truth”, sinistra, “leve” e com um “instrumental desconfortável” fora da curva, com interpretação lírica digna de troféu, mostrando que a brutalidade e genialidade são a qualidade de um Kataklysm inquieto.

William Ribas




Nenhum comentário:

Postar um comentário