ANGRA
Abertura: Luiz Toffoli
19/11/2023
BAR OPINIÃO - PORTO ALEGRE/RS
PRODUÇÃO: OPINIÃO PRODUTORA
19/11/2023
BAR OPINIÃO - PORTO ALEGRE/RS
PRODUÇÃO: OPINIÃO PRODUTORA
Texto e fotos: Henrique Lippert Cunha
Consagrada como uma das bandas mais influentes no cenário do metal nacional, o Angra voltou a Porto Alegre pela segunda vez este ano para trazer músicas do seu novo álbum “Cycles of Pain”, além de outras já bem conhecidas pelos fãs. No domingo (19), por volta das 19h, a fila já se estendia longa em frente ao bar Opinião. Devido a um problema com a aeronave em Joinville, a banda precisou ir a Campinas, para então voltar a Porto Alegre, o que acabou gerando um atraso considerável.
A abertura dos portões, que deveria ocorrer às 18h30, só aconteceu de fato por volta das 21h30. Para o público que já aguardava do lado de fora há algumas horas, essa espera marcou de forma negativa a experiência, visto que o show acabaria se encerrando bem mais tarde que o previsto, já na madrugada de segunda.
Mas vem um novo ânimo ao entrar no Opinião, enquanto os instrumentos são preparados para os shows desta noite. Ânimo esse que arrefeceu pouco a pouco, a espera se estendeu bastante e a primeira música veio somente após as 22h30. Subindo ao palco, a banda de Luiz Toffoli trouxe músicas autorais marcadas por velocidade e uma voz melódica com agudos potentes, entre elas “I’m Alive” e “Frenetic Freak”. A balada “The Place I Want to Be (With You)” fez o público ligar as lanternas dos celulares e curtir um momento mais calmo, que logo viria a ser quebrado pelo cover de “As I Am” do Dream Theater. Com muito peso e qualidade, Luiz Toffoli, Pedro Tinello, Douglas Máximo e Léo Leal agitaram o público, e encerraram a noite distribuindo alguns CDs para a plateia.
Após uma nova e longa espera, o baterista Bruno Valverde adentrou o palco sendo ovacionado, seguido pelos demais músicos que foram recebidos com igual carinho: Rafael Bittencourt, Fábio Lione, Marcelo Barbosa e Felipe Andreoli. Já passava das 23h30 quando a banda começou seu show com “Nothing to Say”, o que fez a galera cantar quase mais alto que o Fábio Lione. Toda energia e emoção seguiram com “Tide of Changes” I e II, entregando duas faixas do novo álbum para um público que acompanhou no vocal e na euforia. Nas primeiras notas de Angels Cry, o público vibrou e cantou uníssono com o “mago” Lione.
Entre as canções, Rafael Bittencourt comenta sobre os problemas nos vôos, mas se a banda estava cansada, em nenhum momento isso foi notado. Logo depois, ele aproveitou para puxar “Vida Seca”, que foi bem recebida e muito aplaudida, assim como “Dead Man On Display”, “Here In The Now” e a faixa título “Cycles of Pain”. Entre uma e outra faixa os músicos fizeram pausas para ajuste de instrumentos, momentos esses em que Fábio aproveitou para interagir com a plateia, inclusive chamando uma fã e conversando com ela diretamente. A menina, Giovana, foi incentivada a cantar uma parte de uma música que gosta, mas fosse a timidez ou nervosismo, acabou não conseguindo.
O vocalista aproveitou para cantar trechos curtos de outras músicas e executar alguns exercícios de vocalizes com um público que começava a demonstrar os primeiros sinais de cansaço. Trazendo seu violão, Rafael começa a dedilhar “Lullaby for Lucifer”, a qual canta solo, fazendo uma breve dedicatória a André Matos e comentando sobre os tempos de mudanças que estamos passando. De volta ao palco, Lione embala uma versão acústica de “Gentle Change” junto com Bittencourt, que preparou o terreno para outros dois clássicos tocadas em estilo medley: “Carry On” e “Nova Era” renovaram o fôlego da plateia, que cantou alto e interagiu até o fim das canções.
Neste ápice a banda teve seu grand finale. Ainda com energia, eles retribuíram todo carinho recebido e, entre agradecimentos e acenos, jogaram para o público palhetas, baquetas e o setlist, finalizando mais um grande show com muito carisma e qualidade. A banda estava “em casa” e isso foi evidente durante todas as músicas, mostrando como o Angra se sente à vontade em Porto Alegre. Mesmo com os atrasos e pausas longas, a performance do grupo encantou mais uma vez ao passear pela sua discografia e história, emplacando grandes hits e relembrando clássicos. Longa vida ao Angra!
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