ART OF ANARCHY
LET THERE BE ANARCHY
Pavement music - importado
LET THERE BE ANARCHY
Pavement music - importado
Formado em 2011 pelos irmãos Votta (Jon Votta, guitarrista e o baterista Vince Votta) em conjunto com a amizade de longa data com ninguém menos que o ex-guitarrista do Guns n' Roses, Ron "Bumblefoot" Thal, o Art of Anarchy navegou em diversas direções musicais desde sua criação, o que não é demérito nenhum, visto que a banda teve três vocalistas diferentes (o falecido Scott Weiland, ex-Stone Temple Pilot e Scott Stapp, ex-Creed) em seus três primeiros álbuns e que soube de maneira primorosa se adequar a cada um deles e é isto, o que torna o som e a banda mais fascinante ainda de se ouvir.
Mesmo com a infelicidade que pairou a banda no início (a morte de Weiland e a separação com Stapp), os dois primeiros álbuns do Art of Anarchy são ótimos. E esta é a parte ruim da trajetória da banda até aqui, pois as trocas de vocalistas afetaram imensamente o reconhecimento e visibilidade da banda no cenário mundial da música, especialmente o Hard Rock mais moderno. No entanto, estes dias infelizes para a banda parecem que chegaram ao fim após o anúncio de ninguém menos que Jeff Scott “Fucking” Soto (mais conhecido por seus trabalhos em Rising Force de Yngwie Malmsteen e Talisman) para compor a banda como membro oficial a partir de setembro de 2023. Outra importante mudança na banda, foi a entrada do baixista Tony Dickinson (que já trabalhou com o Trans-Siberian Orchestra), no lugar de John Moyer, do Disturbed.
E Pensando nisso, a banda fez o lançamento do primeiro single "Vilified", do que viria a ser o lançamento futuro “LET THERE BE ANARCHY”, no qual foi lançado em 16 de fevereiro de 2024. Uma música intensa, com um groove típico da dupla de guitarristas e que lembra até um pouco Sons of Apollo, a música também virou videoclipe, e é altamente recomendável assisti-lo, se você ainda não o fez, pois ela é carregada de emoção, além de que o clipe foi estrelado pelo fantástico Cuba Gooding Jr. Música esta que deu início a este álbum quando o guitarrista Jon Votta foi diagnosticado com uma doença misteriosa e que poderia causar sua morte. E neste meio tempo, o que ele mais fez foi assistir ao filme do Coringa, estrelado por Joaquin Phoenix. E foi a partir daí que começou a tocar violão e escrever o que culminou neste lançamento que vos escrevo. Outro destaque do videoclipe é que a influência do filme foi tão grande, que a banda resolveu gravar justamente nas escadarias do Coringa, no Brooklin, NY.
Dito isto e curiosidade lá em cima por conta da nova formação, o play começa com “Die Hard” em uma breve introdução orquestrada e épica, que nos deixa ainda mais ansiosos pelo que está por vir, até que de repente explode em um maravilhoso riff heavy metal, com a bateria em seguida ditando o ritmo pesado da música. Não demora muito para o monstro JSS entrar em ação com seu estilo único de cantar, deixando a música ainda mais agradável e agressiva a seu modo. "Echoes Your Madness" e já citada "Vilified" seguem com um groove e melodias vocais excepcionais (como canta esse cara chamado JSS), além do peso cadenciado das guitarras. Já em “Bridge of Tomorrow” temos um momento de calmaria, o que eu diria ser uma “power ballad” onde podemos ver e ouvir claramente a influência de JSS, que por momentos nos remetem a carreira solo do mesmo, bem como dos recentes álbuns do SOA.
A pancadaria e a intensidade continuam nas músicas seguintes, como "Rivals", "Dying Days", que contam com elementos um pouco mais sombrios e sendo executadas com perfeição, que por sinal deve-se destacar a cozinha da banda, que literalmente destrói durante todo o álbum. Em “Blind Man’s Victory” o destaque, mais uma vez vai para a letra, bem como JSS que faz uma interpretação espetacular, acompanhado pelo resto da banda, onde todos detonam, que faixa forte. Um dos maiores destaques do play.
Se as músicas anteriores eram mais sombrias, carregadas de intensidade, em "Writing on the Wall" e "The Good, the Bad and the Insane" a banda uma mistura de calmaria com porradaria (ao melhor estilo SOA) e encerra com “Disarray” que é um pouco mais arrastada e groovada.
De maneira geral, “Let There Be Anarchy” é um disco furioso com uma pegada mais Hard/Heavy e progressivo que seus anteriores, é o renascimento de uma banda que pelo calibre de seus integrantes, pode ter um futuro muito promissor.
E para finalizar, a grande questão é: essa formação do Art of Anarchy se sustentará? Isto só o tempo dirá, no entanto, se isso acontecer, não há razão alguma que esta banda não possa ganhar um lugar de direito no alto escalão junto as bandas do Metal moderno atual.
Fernando Aguiar
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