JUDAS PRIEST
INVINCIBLE SHIELD
Sony Music - Importado
Sony Music - Importado
Todos os headbangers vivos do planeta Terra têm a oportunidade de viver nestes próximos dias, um evento raro quase que um cometa Halley do Heavy Metal: o lançamento de um novo álbum completo dos deuses do Heavy Metal, o Judas Priest. Afinal em 50 anos de carreira, este é a 19o. disco de estúdio dos britânicos, praticamente um disco a cada 2,5 anos. Como é bom ainda conseguir viver uma expectativa como essa, é quase como viajar no tempo.
Foram 6 anos de espera que valeram cada segundo. Os problemas de saúde de Glenn Tipton deixaram os fãs apreensivos quanto ao futuro da banda e eu particularmente, cheguei a ver o então atual Judas Priest quase como uma continuidade da carreira solo de Rob Halford; felizmente, eu me enganei. Judas continua com sua propria identidade, com fome de Metal, muito louvável para senhores com mais de 70 anos de idade.
Depois dos medianos “Nostradamus” (2008) e “Redeemer of Souls” (2014), cheguei a pensar em desistir de uma vez e ficar apenas com o material classico, o que vamos combinar, já estaria mais do que excelente. Mas Halford, Tipton e cia. não se deram por satisfeitos e lançaram o fantástico “Firepower” (2018) e aqui, foram ainda mais malignos e magníficos com este seu novíssimo trabalho.
Até nas faixas lançadas previamente como single, a banda foi cirúrgica: “Panic Attack” mostra um Judas renovado e Richie Faulkner se destaca amplamente com sua aula de bom gosto nos riffs. “The Serpent and the King” é a melhor de todas: poderia estar em “Painkiller” (1990) ou mesmo no ultra classico album solo de Rob Halford, “Resurrection” (2000), tamanha a pancadaria e potência da voz do senhor Metal God Rob Halford, mas claro sem se esquecer da feracidade de Tipton e Faulkner que já estão devidamente entrosados. E o que dizer da longa faixa título: começa com um riff tipicamente Judas Priest e Scott Travis, o polvo humano, destila seu veneno sem nenhuma compaixão ao ouvinte mais desavidado. Que trinca de abertura de encher os olhos, ou melhor, os ouvidos!
“Devil in Disguise” e “Gates of Hell” dão aquela acalmada na fúria toda sem perder a elegância e “Crown of Horns” me lembrou um classico da carreira solo de Halford, “Thunder and Lightning”; portanto, se você caro leitor não estiver muito familiarizado com a carreira solo do Metal God, é altamente recomendável que o faça de imediato. “As God Is My Witness” é outra que poderia estar em “Painkiller” então sobre ela nada mais precisa ser dito. “Trial by Fire” não é rápida, mas é uma aula de guitarras para todos os ouvidos.
Halford está ainda mais soberbo em “Escape from Reality” alternando tons algo que sempre fez com maestria. A pancadaria segue com ~Sons of Thunder” com Tipton e Faulkner se alternando nos vários curtos solos da faixa, e outro grande destaque vem a seguir: “Giants in the Sky” tem um groove muito interessante, sendo ela a mais, digamos, original de todo o trabalho. Candidata a clássica!
Ah, e obviamente temos as faixas bonus: “Fight of Your Life”, “Vicious Circle” e “The Lodger” são ótimas o suficiente para fazer o fã de mídia física desembolsar mais alguns reais em sua aquisição. Mesmo que não fossem tão boas assim, qual fã de verdade deixará de comprar a versão deluxe não é mesmo? Eu mesmo já comprei a minha!
Já que vivemos na era do streaming, alguém pode por gentileza, enviar para o mestre Steve Harris, o link do Spotify / Deezer / SoundCloud / Tidal / Apple Music ou sei lá mais qual Plataforma para mostrar a ele como se deve fazer? “Invincible Shield” beira facilmente a perfeição. Que forma absurda de comemorar 50 anos de carreira, uma ode ao Heavy Metal puro, bruto, potente e sem a menor firula. Que petardo nota 10 com sobras! Ouça já!
Mauro Antunes
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