HEROES (SINGLE)
Nuclear Blast - Digital
Texto e fotos: Fernando Aguiar
2024 marca o relançamento de um dos álbuns mais marcantes da década passada, e estamos falando do clássico “Blood of the Nations” do Accept.
Quando a banda anunciou um novo integrante – o extraordinário Mark Tornillo - e que haveria um novo lançamento, houve um burburinho grande na cena, uma vez que o Accept já havia tentado seguir sem Udo Dirkschneider antes (sem o mesmo sucesso), com David Reecce nos vocais. Havia então, novamente, aquela desconfiança de como o novo integrante se sairia na banda e também como seria o som da banda após tantos anos sem lançar algo inédito.
“Blood of the Nations” o Accept assolou o mundo com a energia e uma sonoridade mais pesada, moderna e energia totalmente renovada. O álbum foi lançado em 2010, onde representou um marco na carreira da banda, onde foi o primeiro com o novo vocalista Mark Tornillo e assim consolidando a formação que cativou muitos fãs antigos e principalmente os da nova geração. E sim, “Blood of the Nations”, que já nasceu clássico e provou que quem é rei nunca perde a majestade.
O primeiro acerto da banda em “Blood of the Nations” foi ter incumbido ninguém menos que Andy Sneap para a produção do álbum, onde temos 13 faixas poderosíssimas e conseguiram capturar e resgatar a essência daquele heavy metal clássico que aprendemos a amar.
Já no início com “Beat the Bastards” – onde possui um Q de “Balls To The Wall”, porém com andamento mais rápido, já é um tapa na cara daqueles que não acreditavam mais na banda. Além disso, assim que Mark Tornillo solta voz, impossível não vir a mente: Esse é o cara certo para substituir o até então insubstituível Udo Dirkschneider.
Destaques do disco? Bem, como já dito acima que ele já nasceu clássico e discos clássicos se ouve do início ao fim, sem pular qualquer faixa. Todas as músicas, sem exceção, são destaques ainda mais que temos uma chuva de riffs e solos memoráveis como nos velhos tempos de anos 80.
“Teutonic Terror” e “Pandemic”, que foram lançados como single antes do álbum na época, são presenças marcantes como carros-chefes até hoje no setlist da banda. Caro leitor, espero ter entendido agora o motivo de não haver comentário apenas de algumas músicas como destaque.
Até hoje, assim como na época do lançamento, a crítica sobre “Blood of the Nations” é unânime como um dos melhores álbuns de heavy metal da década (se não o melhor), especialmente pela qualidade das composições, performance dos músicos e claro a produção de Andy Sneap!
Este álbum representou também, o retorno da banda aos holofotes da cena mundial, uma vez que para promover o álbum, embarcaram em uma gigantesca turnê mundial, que culminou na consolidação (e retorno) da posição da banda como uma das principais forças do heavy metal naquele não para aquele ano, mas para os anos seguintes também, pois o futuro parecia ser muito promissor (o que acabou acontecendo com um sucesso absoluto).
Dito tudo isto, “Blood of the Nations” é uma das obras-primas do heavy metal de todos os tempos, onde podemos sentir a essência e energia do gênero. Sabe aqueles álbuns que todo fã de heavy mental gosta de falar “Formador de Caráter”? Pois bem, a definição para “Blood of the Nations” é esta e é um item obrigatório na coleção de qualquer pessoa que se diz fã de Heavy Metal.
Fernando Aguiar