segunda-feira, 12 de agosto de 2024

ANTHRAX - FOR ALL KINGS (2016 - RELANÇAMENTO 2024)

 


ANTHRAX
FOR ALL KINGS (2016 - RELANÇAMENTO 2024)
Shinigami Records/Nuclear Blast - Nacional

Lançado em fevereiro de 2016, "For All Kings" pode ser considerado um dos grandes trabalhos do Anthrax. O álbum transborda energia e criatividade, mostrando uma enorme jovialidade — um resgate do poder de “Among the Living”(1987) e “State of Euphoria”(1988), ambos de clássicos absolutos.

Obviamente, não se trata de copiar a si próprio. Em “For All Kings”, a banda coloca as melodias lado a lado com a velocidade característica do thrash metal, fazendo com que as 11 faixas sejam únicas. Sendo o segundo disco após o retorno de Joey Belladonna ao comando dos microfones, aos meus ouvidos soa muito melhor que *Worship Music*, de 2011. O início com a maravilhosa "You Gotta Believe" já deixa claro que teríamos um novo clássico. Ou vai me dizer que os riffs atmosféricos e infernais de Scott Ian não te empolgam logo de cara?

“For All Kings” traz em seu tracklist uma mistura melódica memorável junto com uma agressividade eficaz. Existe também um toque dramático, como em "Breathing Lightning", e em uma das minhas favoritas, "Evil Twin". "Blood Eagle Wings" é um capítulo à parte. Seu andamento arrastado é cativante, sua narrativa é envolvente e explode em um excelente refrão. A mudança de andamentos é o clímax perfeito para uma das melhores músicas já compostas pelo Anthrax, não é por menos que ela segue no setlist dos shows até hoje.

A Shinigami Records acerta ao relançar o álbum para o mercado brasileiro, pois é obrigação ter em casa um trabalho que conta com as destruidoras "Defend Avenge", "All of Them Thieves" e "Zero Tolerance". Essa trinca merece ser escutada no volume máximo, fazendo as paredes tremerem com cada "marretada" certeira de Charlie Benante.

For All Kings” mostra o quão relevante e forte o Anthrax é. Mesmo décadas após sua formação, a banda ainda é capaz de criar um trabalho que pode caminhar ao lado dos “chapas” dos anos 80 e, ao mesmo tempo, acompanhar a renovação sem perder sua identidade.

William Ribas 





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