MACHINE HEAD
THE BLACKNING (2007 - RELANÇAMENTO 2024)
Shinigami Records/Nuclear Blast Records - Nacional
THE BLACKNING (2007 - RELANÇAMENTO 2024)
Shinigami Records/Nuclear Blast Records - Nacional
Quando o Machine Head assombrou o mundo com o seu álbum de estreia, o petardo “Burn My Eyes” (1994), ficou difícil acreditar que a banda poderia repetir o feito de ao menos se igualar a este trabalho futuramente, isso em termos de técnica e agressividade, em um nível que pouquíssimos conseguem alcançar.
Após esse início avassalador, vieram o ótimo “The More Things Change” (1997), e os questionáveis “The Burning Red” (1999) e “Supercharger” (2001), fazendo com que este pensamento inicial parecesse cada vez mais real. Com “Through the Ashes of Empires” (2003) a banda parecia determinada a voltar aos seus melhores dias e após um intervalo de mais de 3 anos, chegaram novamente ao ápice com o fabuloso classico “The Blackening”, uma aula de técnica e ferocidade com um Thrash Metal cheio de feeling e groove.
Chama a atenção a primeira vista a duração das músicas que estava mais longas desta vez, repleta de faixas técnicas e cadenciadas que formaram este tracklist, algo similar ao que Metallica fez com o classico “…And Justice for All” (1988).
A abertura “Clenching the Fists of Dissent” aflora na letra o lado politizado de Rob Flynn em seus mais de 10 minutos de duração. Cheia de reviravoltas o climax dos minutos finais mostra uma criatividade que pouco se vê em um disco de Metal. Soberba!
Outro hino é “Aesthetics of Hate” que em várias passagens remete a Sepultura da fase clássica, um Thrashão com ares mais modernos com solos caprichados. A faixa é o que podemos chamar de um tributo ao inesquecível Dimebag Darrel, ex guitarrista do Pantera e Damageplan, morto em 2004 durante um show. A faixa é uma resposta nada educada a William Grim que em um artigo sobre o músico, ele afirmou que Dimebag era um guitarrista sem talento e um bárbaro ignorante. Pra mim, essa é a melhor do disco!
“Now I Lay Thee Down” e “Halo” tem Rob cantando em linhas melódicas abrindo mão do gutural em várias passagens, sendo estas as faixas mais cool do disco. “Slanderous” tem muito do Thrash Old School oitentista o que não é tão comum em se tratando de Machine Head; dá quase pra imaginar ela em um disco do Exodus, por exemplo.
“Wolves” e “A Farewell to Arms” fecham a conta com a pancadaria afiada mesmo soando mais cadenciados em várias passagens dando ao ouvinte aquela sensação de que apesar do trabalho ter mais de uma de duração, tudo passou como uma avalanche em nossos ouvidos.
“The Blackening” é um marco atemporal na discografia do Machine Head. Analisando a discografia da banda, esse trabalho foi fundamental para tudo o que fizeram nas últimas duas décadas pois fundamentou definitivamente que o som do Machine Head é Thrash e não Nu Metal ou algo parecido.
Mauro Antunes
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