GLENN HUGHES - THE CHOSEN YEARS
Abertura: MARENNA
11/11/2025
BAR OPINIÃO
PORTO ALEGRE/RS
Produção: ABSTRATTI PRODUTORA
Abertura: MARENNA
11/11/2025
BAR OPINIÃO
PORTO ALEGRE/RS
Produção: ABSTRATTI PRODUTORA
Texto e fotos: Sergiomar Menezes (Marenna)
José Henrique Godoy (Glenn Hughes)
Glenn Hughes, The Voice Of Rock... Esta alcunha o senhor Hughes já carrega a décadas. Porém na noite do dia 11 de novembro, tivemos mais uma vez mais um testemunho coletivo de que o senhor Hughes está melhor do que nunca. Esta é a quinta passagem dele pela capital gaúcha, e eu estive presente em todas as anteriores, e posso garantir que o que presenciei hoje no palco do Bar Opinião beirou a perfeição.
Para a abertura, a escolha não poderia ter sido melhor: Marenna. Uma das bandas mais legais pra assistir ao vivo e que vem numa crescente em sua carreira, tendo excursionado pela Europa recentemente, comemorando seus 10 anos de carreira e que ano que vem, se apresentará no Bangers Open Air.
Pontualmente às 19h40, como agendado, o quinteto gaúcho formado por Rod Marenna (vocal), Edu Lersch (guitarra) Bife (baixo), Luks Diesel (teclados) e Arthur Schavinski (bateria) adentram o palco mostrando desenvoltura, entrosamento e coesão que só a experiência e a estrada entregam a uma banda. Desdea intro, passando pelas ótimas "Voyager", "Never Surrender", a "aquela que deu inicio a tudo isso, onde tudo começou" (palavras do próprio Rod), "You Need to Believe", com uma melodia que nos remete aos saudosos anos 80, o grupo mostra uma dinâmica bem trabalhada no palco, com destaque para o guitarrista Edu Lersch, com seu jeitão "guitar hero", circulando com facilidade por todo o palco. A cozinha composta por Bife e Arthur é uma das melhores do país, pois sabem como poucos dosar peso, técnica e melodia sem soar repetivivos. Luks e suas linhas de teclado reforçam a clássico do músico que também é um excelente compositor. Já Rod Marenna, apenas confirma aquilo que todos já sabem: além de ser o melhor vocalista do estilo em atividade no país, se mostrou bastante emocionado ao dividir o palco com o mestre Glenn Hughes.
Ainda tivemos mais algumas faixas que culminaram com o grande final que veio com "Had Enough", uma música que já se tornou clássica para os fãs. Uma banda que finalmente está recebendo o reconhecimento merecido. E, acredito, está apenas começando...
Um rápido intervalo para ajustes no palco e em seguida, o mestre Glenn Hughes surge no palco. O nome da tour é “ The Chosen Years”, e como o nome sugere, abrange toda a carreira de quase seis décadas de Glenn. Junto a ele estão os parceiros de tour Soren Andersen (guitarra) e Ash Sheeham (bateria). E as 21h em ponto, iniciam o show com a poderosa faixa “Soul Mover”, faixa título do álbum de 2005. Na sequência vem “Muscle and Blood” do álbum de 1982, do projeto Hughes And Thrall. O som estava perfeitamente equalizado, o peso e o groove do baixo de Gleen, eram um soco no peito. Sua voz incrível, poderosa e funkeada deixa tudo sempre cada vez melhor.
“Voices in My Head” vem a seguir, uma ótima faixa do recém lançado “Chosen”. Mas é com a próxima que o público delira: “One Last Soul”, uma das melhores faixas do Black Country Communion. Antes dela, Glenn conversa com o público e revela que os equipamentos da banda, guitarras, baixos e tudo mais tiveram problema no translado dos Estados Unidos para o Brasil, e não chegaram a tempo!! Sendo assim, a solução foi a produção buscar junto à músicos amigos de Porto Alegre, instrumentos das marcas e modelos utilizados por Glenn e banda. Felizmente tudo correu bem, e Glenn aproveita para fazer uma agradecimento cheio de emoção para, como ele disse: “Meus amigos músicos de Porto Alegre”.
“Cant Stop The Flood” e “First Step Of Love” (outra faixo do Hughes & Thrall) dão sequência ao espetáculo, e a seguir vem um dos pontos altos do show: Glenn conta que a sua primeira banda, o Trapeze, foi seu primeiro amor e foi formado com seus amigos Mel Galey (guitarra) e Dave Holland (bateria) (que mais tarde ficariam famosos no Whitesnake e Judas Priest respectivamente). Sempre sorridente , Hughes conta que a próxima faixa é uma faixa do Trapeze e que ele a escreveu por sugestão da sua avó, pois uma noite ele chegou em casa e contou a ela que tinha encontrado a mulher mais linda que já havia visto. E ele diz que a avó dele disse: “Porque você não faz uma música pra ela?" Glenn imita uma voz de senhorinha... Então é executada a poderosa e funkeada “Way Back To The Bone”. Esta contou com um show a parte do baterista Ash Sheeham. O cara é um lenhador, bate muito forte e com muita técnica.
A faixa seguinte é outro clássico do Trapeze, “Medusa”, e Glenn nos fala que escreveu na cozinha da avó. Agradece e diz amar a vó, e assim como diz amar também Porto Alegre. Antes de apresentar a faixa seguinte, Glenn diz não ter irmãos de sangue, porém muitos irmãos que a vida lhe deu, e um deles foi o mestre supremo Tony Iommi. “Grace/Dopamine” é a faixa escolhida composta pelos dois, do álbum “Fused” (2006), e como não poderia deixar de ser, tem aquela atmosfera Sabbathica.
A ótima faixa título de “Chosen”, é a próxima, e ao vivo fica tão boa como em estúdio. Então, vem o momento em que Hughes anuncia que a próxima música foi recolocada no seu setlist especialmente para a tour no Brasil: a super clássica “Mistreated” do Deep Purple é executada, com o público presente cantando a plenos pulmões, surpreendendo o próprio Hughes, que era só sorrisos. “Stay Free” finaliza o show antes do bis.
E que Encore foi essa..?! Glenn retorna ao palco com um violão, nos conta sobre a próxima faixa, que também foi escrita na época do Trapeze novamente na cozinha da avó dele. Fiquei pensando realmente o que teria na cozinha da vovó Hughes, para tanta inspiração... A belíssima “Coast to Coast” nos é oferecida de forma acústica, para nos deixar em êxtase. A paulada “Black Country” do primeiro álbum do Black Country Communion segue o desfile de clássicos com mais um show de vocalização de Hughes. Lembrando que ele já está com 74 anos, e os agudos são atingidos com perfeição. Como não poderia deixar de ser, “Burn” do clássico álbum de mesmo nome do Deep Purple fecha a noitada, com o Bar Opinião com quase sua capacidade tomada cantando como se não houvesse amanhã.
Ao final desta, Gleen Hughes apresenta a banda, os músicos se retiram ficando apenas Gleen no palco. Uma vez mais ele agradece ao público presente e relembra e agradece mais uma vez a generosidade dos músicos portoalegrenses por suprirem a banda com instrumentos para que o show corresse dentro dos conformes. A resposta foi com o público gritando o nome de Glenn. Visivelmente emocionado, ele diz que nunca irá esquecer esta noite em Porto Alegre e se retira do palco, sob gritos e aplausos. E nós nunca iremos esquecer você, Glenn. Que tenhamos mais algumas visitas suas. Agradecemos pelo credenciamento à Abstratti Produtora e ao staff do Opinião, pela gentileza de sempre!

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