quarta-feira, 3 de agosto de 2016

KHROPHUS - EYES OF MADNESS



              São 23 anos de estrada fazendo death metal. O KHROPHUS, de Santa Catarina, sempre praticou um brutal e agressivo death, buscando sempre níveis excelentes em seus trabalhos. EYES OF MADNESS, lançado em 2013, eleva ainda mais esse nível, pois, se em God From The Dead Images (2003) e Presages (2009) a banda já entregava músicas repletas de agressividade, neste novo álbum o grupo mostra maior maturidade em composições mais trabalhadas e intensas. E não podíamos esperar outra coisa, afinal, estamos falando de um dos grande nomes do estilo em nosso país. Experiência, turnês no exterior e muita disposição em levantar a bandeira do metal contam á favor do grupo catarinense.

             Formada por Alex Pazetto (vocal e baixo), Adriano Ribeiro (guitarra) e Carlos Fernandes (bateria), a banda traz neste seu terceiro trabalho, dez faixas intensas, brutais e pesadas. A produção foi feita pela própria banda, enquanto a masterização e mixagem ficaram sob a responsabilidade de Alexei Leão. E podemos dizer que ficaram muito boas pois ambas souberam ressaltar a agressividade e violência das músicas do grupo. Bateria bem trabalhada, veloz e brutal, baixo intenso e guitarras que despejam riffs carregados e fúria, fazem deste terceiro álbum, o mais bem elaborado da carreira do grupo até o momento. Já a arte gráfica ficou por conta de Alex Pazetto.

             O play já começa com o pé na porta! A paulada Smoke Screen (que possui vídeo), dá início ao massacre sonoro, com a guitarra de Adriano bem pesada e que recebem um suporte bem estruturado da dupla Alex e Carlos (baixo/bateria). O vocal de Alex possui muita intensidade, o que cai como uma luva no estilo do grupo. Dead Face segue mantendo o nível alto, e podemos destacar que o grupo se preocupa  com os arranjos, pois a velocidade alterna momentos mais trabalhados, o que acaba por dar versatilidade ao metal extremo do trio. A bateria merece destaque em By The Sun, uma faixa tipicamente death metal, mas que ganha alguns momentos que nos remete ao thrash metal. Em Interposition, os riffs de Adriano se sobressaem, e novamente percebemos a qualidade que o grupo emprega na estruturação das suas composições. As faixas sempre variam, sem se tornar repetitivas, o que muitos grupos do estilo, mesmo sendo muito bons, acabam fazendo e caem num lugar comum. Forbidden Melodies é outra faixa que carrega em energia e agressividade. Os blast beats comandam a insanidade e brutalidade aqui, sendo que os riffs continuam ríspidos e diretos.

            The Book of The Dead tem novamente na guitarra seu destaque. Que rifferama death metal! E  a linha de baixo e bateria que fica mais cadenciada em algumas passagens carrega no peso. Com o pescoço ainda no lugar, partimos para Lost Initiations, uma faixa forte e violenta, onde a pegada fica mais extrema e brutal. Na seqüência, a melhor faia do trabalho, em minha opinião. Master of Shadows. Que baita música! Riffs e mais riffs, bateria veloz e ao mesmo tempo bem trabalhada, vocal gutural e denso, baixo carregado de peso. Variações bem arranjadas. Sem dúvida, o grande destaque! Harvest (Eyes of Madness) possui momentos variados também, enquanto o encerramento com Chimeras, fecha o trabalho de forma violenta e grandiosa.

            Neste terceiro álbum, o KHROPHUS mostra que segue sendo uma das forças do metal extremo nacional. Um death metal brutal e agressivo é o que temos em EYES OF MADNESS. O grupo encontra-se em processo de composição do próximo trabalho, que está agendado para o segundo semestre de 2017. Se vier nessa mesma linha, haja pescoço!


             Sergiomar Menezes

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