quarta-feira, 14 de fevereiro de 2024

BESOMORA - DELUSIONAL MONSTER (EP - 2023)

 


BESOMORA
DELUSIONAL MONSTER
Independente - Importado

A mistura entre a brutalidade e melodias cativantes, ou alegres, não é mais novidade na vida de qualquer headbanger. Diversas são as bandas que optam pelo dois caminhos em seu som. O grupo Besomora, oriundo da Austrália, pisou fundo no quesito agressividade, mas soube adicionar uma dose cavalar de “modernidade”.

Confesso que o disco me pegou pela sua diversidade. As influências de Children of Bodom, Death, Jinjer e Insomnium trazem ao grupo um verdadeiro leque nas composições, que carregam uma carga destrutiva, ao mesmo tempo que o instrumental é progressivo, cheios de quebradeira e partes acústicas. “Delusional Monster” abre com “Vagabond”, uma típica faixa de abertura, com os dois pés no peito do ouvinte, agressiva, com riffs cortantes, mas, o diferencial começa surgir adiante. “No Remorse” e “Mass Starvation”, ambas as músicas, te entregam sutileza em meio ao caos, te arranca a cabeça com brutais urros ao mesmo tempo que a gangorra do instrumental de surpreende, pois, nunca o próximo passo é previsto.

“Beyond Atrocity” é cadenciada, com linhas melódicas, riffs mais largados, e que de certa forma me trouxe lembranças da banda Crypta, muito possível por conta dos vocais de Vlad Martynov. O vocalista das multi vozes nunca deixa o álbum cair na monotonia. Aliás, o trabalho lírico é tão eloquente quanto do instrumental.

“Suffocate Me” envolve o ouvinte em questão de segundos. Dramática, rápida e com ótimos solos que carregam em si tons mais clássicos dos anos 80. O nome “The End Of…” entrega que estamos no final de um trabalho primoroso - a faixa é um jeito de enfiar sentimentos sem qualquer palavra vociferada.

“Delusional Monster”, é o primeiro trabalho desses australianos. Um EP, com apenas 6 músicas, 20 minutos de duração, que, ao final, terá dois sentimentos: 1 - Repeat, 2 - Quando teremos um disco completo?

Se pudesse apostar minhas fichas numa banda que pode chegar longe, Besomora, é o nome!


William Ribas




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