segunda-feira, 5 de fevereiro de 2024

ROLAND GRAPOW - SESC BELENZINHO - 03/02/2024 - SÃO PAULO/SP


ROLAND GRAPOW
SESC BELENZINHO - SÃO PAULO/SP
02/03/2024
PRODUÇÃO: TC7 Produções
Assessoria: JZ Press

Texto e vídeo: William Ribas
Fotos: Emerson Santos (One Photography Media - @onephotographymedia)

Uma das melhores coisas na vida, é revisitar o passado. Relembrar como conheceu tal música, tal banda, quem te apresentou e por vai. O Helloween nos meus 10 primeiros anos na música pesada esteve sempre no meu discman, microsystem, pôsteres na parede e nos bons  e maus momentos da vida.

O guitarrista Roland Grapow já é figurinha carimbada no nosso país, não importa qual banda ou projeto, Grapow e o público brasileiro têm uma sinergia ímpar onde cada segundo de música valem a pena. Sabendo disso, a noite do último sábado era de jogo ganho dos dois lados (público e banda). Do lado de cima do palco, uma banda coesa, competente e carismática. Na pista, todos os ingressos vendidos - Um SESC abarrotado, quente e apaixonado.

Pontualmente às 20h30, João Luiz (Voz), Roland Grapow (Guitarra), Affonso Júnior (Guitarra), Fabio Carito (Baixo) e Marcus Dotta (Bateria) deram o ponta pé com a pesada “Mr. Torture”, com o público agitando bastante, mas foram nas seguintes que o “bicho pegou”.“Spirit Never Dies” e “The Chance”, ambas pareceram um rolo compressor, não houve cidadão que não berrou os refrãos, que não se arrepiou com tamanha maestria de Grapow e sua turma. Mas, o melhor estava por vir.


Com um set recheado de clássicos e lados B de Helloween e Masterplan, o público foi contemplado de diversas formas. Os fanáticos tiveram a oportunidade de ver músicas que há anos não estão no set do Helloween, e aqueles fãs mais “best of”, ganharam a oportunidade de descobrir que existe vida além dos hits. Faixas como “A Million to One”, “A Handful of Pain” e “The Departed” trouxeram um ar mais intimista ao espetáculo, com alguns cantando cada frase, e outros querendo saber onde “habita” tais faixas, no meio desse misto de emoções tivemos um dos melhores momentos do show.

O que vi, ouvi e senti em “The Time of the Oath”, espero nunca esquecer. A comedoria do SESC Belenzinho tremeu, TODOS cantaram juntos, o refrão marcante ecoou alto a ponto de cobrir a banda no palco — Um momento único em que ficou nítida a felicidade de Roland Grapow de estar aqui novamente. Além do guitarrista alemão, vale um comentário sobre João Luiz, o Dio brasileiro. O vocalista é pura energia e entrega em cima do palco, o seu timbre é totalmente diferente de Deris ou Kiske, mas, por muitas vezes, era como se estivéssemos com Jorn Lande na nossa frente.

Algumas surpresas estavam reservadas para metade final do show. A primeira foi o vocalista Leandro Caçoilo que estava “endiabrado”, simplesmente soltou toda a agressividade e tons altos em “Push” (bruta, testosterona pura) e “Mankind” (um soco bem dado), ambas não deixaram pedra sobre pedra, e abriram o caminho para a festança no fechamento do set.


(Fotos: William Ribas)

O vocalista Victor Emeka (Hibria) e o guitarrista Bill Hudson (NorthTale) subiram ao palco para comandar o maior karaokê já visto na zona leste. Não tem ser humano no mundo que fique parado com “Eagle Fly Free” e “I Want Out”! São clássicos, hinos, músicas formadoras de caráter, e tenho certeza que todo o público se sentiu um pouco Michael Kiske no momento.

O grand finale se deu com duas do Masterplan: “Heroes”, onde Caçoilo e Emeka dividiram os microfones com João Luiz e “Crawling From Hell”, que curiosamente fez o show terminar do mesmo modo que começou, pesadíssimo!

Ver o Grapow ali há poucos metros, ouvir as músicas do Helloween e Masterplan sendo tocadas com tanta dedicação e paixão fizeram com que a noite fosse mágica. Só posso terminar esse texto parafraseando João Luiz ao final do show: Roland Grapow, You're the MAN.







Um comentário:

  1. Não pude ir mas por suas palavras, é notável o gabarito da apresentação. Tocaram 2 do "Better Than Raw" disco que tenho um carinho especial e ver "Eagle Fly Free", "I Want Out" e "The Chance" ao vivo deve ser revigorante, fora o fechamento com 2 clássicos do Masterplan. Numa futura apresentação dele por terras tupiniquins, estarei lá.

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