quarta-feira, 14 de fevereiro de 2024

SUICIDAL ANGELS - PROFANE PRAYER (2024)


SUICIDAL ANGELS
PROFANE PRAYER
Shinigami Records/Nuclear Blast - Nacional

As primeiras notas de “When the Lions Die” anunciam mais um grande passo na carreira desta, que, para mim, é a melhor banda de thrash metal da atualidade. Os gregos do Suicidal Angels chegam no ápice, misturando o passado e presente, criando uma sonoridade certeira entre a agressividade do seu início, com as incursões melódicas que vem sendo o destaque dos seus últimos álbuns.

“Profane Prayer” apresenta o que queremos, mas, sem esquecer das novidades que estão espalhadas entre as 9 faixas. Um riff mais gordo, guitarras soltas, vocais limpos, coral, música épica, e muito peso são as chaves do sucesso. O grupo está na ativa há 23 anos, deixaram de seguir os heróis e vêm se tornando protagonistas. “Crypts of Madness” e “Purified by Fire” são belos exemplos - seus riffs de palhetadas rápidas, jogam a adrenalina para o alto, o “bate-cabeça” é inevitável! Jeff Hannemann no lado Sul do paraíso está aplaudindo de pé essa dobradinha.

“Deathstalker” traz uma breve calmaria, seu dedilhado carrega densidade e explode numa arrastada e melódica música. A faixa título provoca o caos perfeito - um ataque de abelhas sedentas por sangue e morte, que abre o caminho para a sorrateira “The Return of the Reaper”, música que te convida para vestir o colete, cinto de bala, jeans rasgados, tênis cano alto e cair no moshpit.

As notas graves do baixo iniciam a magnífica “Guard of the Insane”. Vale o destaque para gravação e mixagem, todos instrumentos nítidos, o som da bateria é algo descomunal, cada batida nas caixas tem o peso de um soco no Mike Tyson.

Hoje em dia muito se fala de uma geração que não consome álbuns. Se “Profane Prayer” não te despertar isso, desculpe, o Metal não corre em suas veias! Por favor, volte ao início de sua vida, e, como diria Raulzito: "Tente outra vez". O encerramento fica a cargo de "Virtues of Destruction" e "The Fire Paths of Fate". Enquanto a primeira é um clássico thrash metal, a segunda é a obra mais ambiciosa e progressiva dos gregos - quase dez minutos de duração, com vozes femininas, uma trilha cheia de nuances, peso, feeling e riffs.

Nick Melissourgos (Vocalista e Guitarra), Gus Drax (Guitarra), Angel Kritsotakis (Baixo) e Orpheas Tzortzopoulos (Bateria) são inquietos, endiabrados e brutais. Temos a sorte de vivenciar um grupo que cada novo trabalho supera o seu antecessor. “Profane Prayer” fica lado a lado de “Year of Aggression”(2019), “Division of Blood”(2016) e “Dead Again” (2010) como melhores álbuns de uma discografia até aqui, impecável .

William Ribas






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