SKULLFIST
DISTRAUGHT
BATTALION
GOATEN
Local: OCULTO - Porto Alegre/RS
Data: 21/02
Produção e Assessoria: NEVOEIRO PRODUÇÕES
Texto: José Henrique Godoy
Fotos: Uillian Vargas
DISTRAUGHT
BATTALION
GOATEN
Local: OCULTO - Porto Alegre/RS
Data: 21/02
Produção e Assessoria: NEVOEIRO PRODUÇÕES
Texto: José Henrique Godoy
Fotos: Uillian Vargas
Terça de Carnaval em Porto Alegre e o baile foi em alta velocidade, inaugurando os eventos metálicos do ano. Os canadenses do SkullFist, fizeram a sua estreia em solo gaúcho, acompanhados de Distraught, Battalion e Goaten.
Com a abertura da casa as 17 horas, cedo para os padrões costumeiros, e por se tratar ainda de um final de feriadão prolongado, o público ainda era pequeno, quando exatamente como programado, as 17h30, a Goaten inicia os festejos. A revelação do metal gaúcho e um dos melhores representantes do New Wave of Traditional Heavy Metal nacional, o trio formado por Francis Lima (baixo e vocal), Daniel Limas (guitarra) e Rafaah Drink Wine (bateria) iniciou o set com “ Mistress Of Illusion” do seu primeiro EP “ The Following”. Baseando o set list nas faixas mais rápidas, a Goaten apresentou as duas músicas do recém lançado single “Phantom Chaser”, a faixa título e “Finally Free”, bem como outras composições do segundo EP “Crimson Moonlight”. Após 30 minutos, a Goaten se despede com a já clássica “Bells”, cantada pelos presentes, que infelizmente ainda não estavam em grande número. Uma pena para quem chegou depois, pois deixou de assistir uma ótima apresentação desta banda que já uma realidade forte na cena do RS.
Às 18h30 a segunda banda, Battalion chega despejando seu clássico Speed Metal com total referência aos anos 80, e iniciam o massacre com as ultra velozes “Road Of Revenge” e “Night Rider”, ambas do último álbum da banda “Bleeding Till Death”. A formação da banda era totalmente nova, contando com líder Marcelo Fagundes nos vocais e baixo, enquanto a guitarra ficou a cargo de Lucas From Hell, da banda EvilCult e os tambores por conta de Maicon Marques. Conforme conversa após o show com Marcelo, ele relatou que só tiveram tempo de fazer 3 ensaios antes do apresentação em Porto Alegre, e apesar de uma óbvia falta de entrosamento, o Battalion fez um show excelente, para um público já bem maior, e que não deixou pedra sobre pedra. Para fechar esta apresentação cheia de garra e energia, um cover da clássica “ Violence And Force” do todo poderoso Exciter! Com certeza o Battalion conquistou vários fãs novos após seu show .
Após um intervalo de aproximadamente 20 minutos para a troca de palco, é chegada a hora do baluarte do Thrash Metal gaúcho, ou como poderia ter dito o apresentador Alborghetti: “Os grandes reservas morais do Thrash Metal gaúcho”, a Distraught adentra o palco as 19h30. Capitaneados por André Meyer (vocal), Ricardo Silveira e Everton Acosta (guitarras), Alan Holz (baixo) e Thiago Caurio (bateria), de início já mostram o poder de fogo com “Brazilian Holocaust” e “Locked Forever”. Com um público bem maior, a receptividade para a veterana banda que completou recentemente 33 anos de estrada, foi muito boa, e a Distraught por sua vez, entregou como de costume, uma apresentação cheia de técnica (todos os integrantes são exímios músicos), peso, performance e qualidade. Apesar do tempo não muito extenso (cerca de 40 minutos), a banda apresentou tanto material clássico como “The Human Negligence is Repugnant” como composições mais recentes como “ Crucified Life”. André Meyer é um excelente frontman, e quando “solicitou” que os presentes organizassem rodas e “Walls of Death”, foi prontamente atendido. A Distraught finalizou com “Hellucinations”, uma das “preferidas da casa”, que foi cantada e agitada por todo o público presente ao Oculto.
Falando agora especificamente do local, o Oculto tem se mostrado uma excelente opção para shows undergrounds em Porto Alegre, tendo em vista a carência da cidade em locais para abrir eventos deste porte. Cabe ao público dar força aos eventos realizados por lá, para que possamos continuar tendo o Oculto como um ponto de referência para a cena gaúcha.
As 20h40, chega então o momento mais aguardado da noite: os canadenses do SkullFist iniciam a sua apresentação. Liderados pelo vocalista e guitarrista Zach Slaughter, o SkullFist toma o palco de assalto em alta velocidade, com “Hour to Live” e “Get Fisted”, e imediatamente ganham os presentes. Totalmente perceptível o entusiasmo da banda, que esbanjou simpatia no palco, enquanto tocaram músicas como “Long Live The Fist , “You're Gone Pay”, entre outras. A mescla de estilos da banda, o Metal tradicional, o Speed Metal, e até alguns flertes com o “Hair Metal" oitentista , se definem no melhor exemplo que é “Bad For Good”, uma das mais festejadas do setlist.
A empolgação de Zack era tanta que em dado momento ele deu um “mosh” na galera, quase mal sucedido, pois mesmo ele “anunciando" o ato, a primeira fila achou que não passaria de uma brincadeira, mas ele realmente pulou entre os fãs que não tiveram como segurá-lo de uma maneira, digamos assim, “confortável”. Mas ficou tudo bem de qualquer forma.
Após uma hora de uma irrepreensível apresentação, o SkullFist finalizou com “You Belong to Me”, reforçando que realmente são um dos maiores expoentes da “Nova Onda Do Heavy Metal Tradicional”.
Um excelente evento e deixo aqui os parabéns para a ótima produção da Nevoeiro Produções, que organizou de forma primorosa o evento. Que venham os próximos.
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