sexta-feira, 26 de janeiro de 2024

CHILDREN OF BODOM - A CHAPTER CALLED CHILDREN OF BODOM (2024)

 


CHILDREN OF BODOM
A CHAPTER CALLED CHILDREN OF BODOM
THE FINAL SHOW IN HELSINKI ICE HALL 2019
Wikimetal - Nacional

Uma das bandas que ajudaram a virar o cenário do Heavy metal de cabeça pra baixo, fez, infelizmente, seu último show em 2019. E, por mais que eventuais reuniões possam vir a acontecer ou que a mesma decida prosseguir com outro nome, o fato é que a alma da banda nunca mais estará presente: Alexi Laiho, guitarrista/vocalista, falecido em dezembro de 2020. Uma das mentes mais brilhantes de sua geração, além de excelente instrumentista, Laiho era diferenciado também nas composições, o que se torna totalmente perceptível ao ouvirmos a discografia dessa sensacional banda. Porém, a Wikimetal lança no Brasil A CHAPTER CHILDREN OF BODOM: THE FINAL SHOW IN HELSINKI ICE HALL 2019, registro da última apresentação do grupo. E ao ouvir o álbum, bate a tristeza de saber que nunca mais veremos essa máquina de metal ao vivo...

A formação final do grupo antes sua separação consistia em Alexi Laiho (líder guitarra, vocal principal), Jaska Raatikainen (bateria), Henkka Seppälä (baixo), Janne Wirman (teclado) e Daniel Freyberg (guitarra base). Mesma formação que gravou o último e derradeiro álbum de estúdio da banda, "Hexed", lançado em também em 2019, ano do show em questão. Uma atmosfera intensa, um público que estava na mesma vibe e adrenalina da banda e um verdadeiro "the best of" do grupo formam a receita para um álbum repleto de energia. Não é preciso destacar a performance de Laiho, tanto pelos vocais bem característicos, quanto pela classe e categoria nas seis cordas, mesmo que navegando pelas linhas do metal extremo. E mais uma vez, uma capa icônica, maravilhosa pra encerrar de vez a carreira do Children of Bodom.

Mas antes de falarmos de set em si, cabe lembrar que o Children of Bodom foi formado em 1998 e lançou um total de dez álbuns de estúdio, dois álbuns ao vivo, dois EP's, duas coletâneas e um DVD em sua carreira histórica. Com um catálogo de mais de duas décadas, o grupo se transformou em peça fundamental do gênero para a cena do metal no início dos anos 2000, criando uma música rápida e pesada com a adição de teclados que tornaram seu som totalmente distinto. Sua origem do nome foi derivada dos assassinatos de Lake Bodom em 1960, algo também recorrente em muitas de suas letras.

Quanto ao show, temos um set que revisita toda a carreira do grupo, com apenas duas faixas de "Hexed". A saber: "Under the Grass Clover" e "Platitudes and Barren Words". Ainda que este último trabalho tenha resgatado os áureos tempos do grupo, as faixas escolhidas representaram muito bem o momento pelo qual o quinteto passava. Lembro que certa vez, na revista Roadie crew, alguém chamos o grupo de "Stratovarius do Diabo", uma definição que casou perfeitamente com o que o grupo fez musicalmente depois dos dois primeiros trabalhos. Num set muito bem escolhido (confesso que esperava pelo menos um cover, afinal, a banda era expert em fazer isso), temos músicas que viraram clássicos do estilo, e outras nem tanto, mas nem por isso, deixam de ter importância na vitoriosa carreira de 25 anos da banda. "Follow the Reaper" (que faixa maravilhosa!), "Angels Don't Kill" (uma pérola nos moldes de Immortal Sin do Fight), "Everytime I Die", "Bodom Beach Terror" (que faixa, meus amigos!), a pancadaria de "Deadnight Warrior", "Lake Bodom" e "Downfall" estão muito bem acompanhadas de "Hate Crew Deathroll", "Shovel Knockout", "Blooddrunk", "I Worship Chaos", "Needled 24/7", além de outros petardos do grupo.

Um álbum que encerra de forma brilhante a carreira de uma banda que ousou ser diferente em um cenário que não admitia muitas mudanças. Um guitarrista/compositor que não tinha limites em suas ideias. Um grupo que além de técnico, entregava paixão e sentimento em suas apresentações. A CHAPTER CALLED CHILDREN OF BODOM é um trabalho obrigatório aos fãs da banda. Indispensável!

Sergiomar Menezes






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