MINISTRY
HOPIUMFORTHEMASSES
Shinigami Records/Nuclear Blast - Nacional
HOPIUMFORTHEMASSES
Shinigami Records/Nuclear Blast - Nacional
Al Jourgensen continua sua saga de ódio e repúdio ao que o mundo se tornou, dessa vez com HOPUIMFORTHEMASSES, o décimo sexto álbum de estúdio do MINISTRY, que sai por aqui no dia 1º de março pela parceria Shinigami Records/Nuclear Blast. Sem fazer nenhum tipo de concessão, praticando a sonoridade que sempre quis (seja no próprio grupo ou em seus inúmeros projetos), um álbum da banda não se resume apenas à guitarras pesadas, vocais urgentes e desesperados e uma pegada industrial, que por vezes flerta com o Hardcore, outras tantas com o Heavy Metal, mas também as mensagens que vão desde o inconformismo com as guerras, com o governo norte americano (seja ele qual for, porque todos nós sabemos, são todos iguais), com a miséria e a fome do mundo, além é claro, com o nível de imbecilidade que a raça humana atingiu de uns tempos pra cá. Sejam bem vindos ao mundo insano de Jourgensen!
Jourgensen conta com a companhia de Monte Pittman e Cesar Soto nos guitarras, Paul D'amour no baixo, Roy Mayorga na bateria e John Bechdel nos teclados. Uma banda afiaada e alinhada com a proposta musical do Ministry. Isso fica nítido nas nove faixas que compõem o trabalho, repletas de sonoridades, por vezes minimalistas, mas voltadas a fúria do Industrial metal, estilo que o próprio grupo foi um dos ajudaram a sedimentar. O álbum também contou com a participação de uma série de colaboradores especiais, incluindo Eugene Hutz do Gogol Bordello, o colaborador de longa data e companheiro do Lard, Jello Biafra e o líder do Corrosion of Conformity, Pepper Keenan. HOPIUMFORTHEMASSES estará disponível em três variantes de vinil (apenas importados), CD em caixa acrílica (lançamento nacional pela Shinigami Records/Nuclear Blast) e plataformas digitais/streaming. As variantes de vinil incluem: verde com respingos amarelos (disponível em lojas em todo lugar); azul com respingos rosa (exclusivo da Nuclear Blast); vermelho com respingos brancos (exclusivo da banda/turnê).
Falando sobre as músicas, o álbum já abre com a paulada "B.D.E. (Big Dick ENergy)", que fala sobre a misoginia e sobre a violência contra as mulheres, com guitarras extremamente pesadas, e uma atmosfera tão intensa que ganhou um videoclipe com a mesma pegada. Jourgensen sabe como poucos usar sua criatividade a seu favor, criando linhas que prendem o ouvinte sem que seja preciso cair na repetição. O mesmo que acontece em "Godamn White Trash", outra crítica contundente aos rumos que nossa sociedade vem tomando. Riffs thrash e uma levada insana que culmina em um refrão de mesma intensidade fazem dessa faixa um dos destaques do trabalho. Aquele Ministry de início da carreira (?!) aparece de forma tímida em "Just Stop Oil", outro grande momento.
Ainda podemos citar "Aryan Embarassment", arrastada e com um clima "quase" Slayer (fase Seasons in the Abyss"), dotada de um peso absurdo, o thash/hardcore de "TV Song", um crossover entre dois mundos com aquele jeito Ministry de ser, "New Religion", outro momento de muito peso, e "Cult of Suffering", que começa de uma forma suave, de uma forma que poderia tocar nas Rádios Rock tranquilamente. Isso se tivéssemos Rádios Rock no Brasil...
HOPIUMFORTHEMASSES é mais um trabalho intenso e forte do MINISTRY. Al Jourgensen usa sua capacidade criativa de forma brilhante, trilhando um caminho que já o colocou como um dos grandes nomes do estilo. Peso, insanidade e criatividade. Parece pouco, mas escute esse álbum que você entenderá o que estou falando!
Sergiomar Menezes
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