quinta-feira, 18 de janeiro de 2024

GRAVEYARD - 6 (2023)


GRAVEYARD
6
Shinigami Records/Nuclear Blast - Nacional

Lançado mundialmente pela Nuclear Blast Records e distribuído no Brasil pela Shinigami Records, “6”, o novo trabalho do Graveyard, é, sem dúvida e se comparado aos demais álbuns lançados anteriormente, o mais denso e por que não dizer interessante deste (ainda) underground quarteto sueco.

Resultado do reencontro com Don Ahlsterberg - produtor de “Graveyard” (2007), “Hisingen Blues” (2011) e “Lights Out” (2012) -, o álbum, fortemente influenciado pela psicodelia dos anos 70, mostra que a reedição da parceria fez muito bem ao som da banda, atualmente formada pelos originários Joakim Nilsson (voz e guitarra) e Truls Mörck (baixo), além de Jonatan Larocca-Ramm (guitarra) e Oskar Bergenheim (bateria).

“Godnatt”, a faixa de abertura, traz, de cara, uma belíssima interpretação de Nilsson, que, emoldurada pelas guitarras melodiosas de Larocca, anuncia a densidade presente em boa parte das demais (oito) do trabalho, dentre elas, a emocionante “Sad Song”, uma triste canção, conforme sugere seu título, digna de single, mas…

Bem, por falar em single, a destoante “Twice” é a escolhida para projetar “6” ao mundo e, mais do que isso, “fazer a ponte” entre este novo Graveyard e aquele que conhecemos bem, afinal de contas, trata-se de uma composição que reune a pungência de outrora com o lado sombrio, digamos, mais aflorado atualmente pelo grupo.

Outras faixas, no entanto, fariam mais sentido no papel de “carro chefe”. A soturna “Bright Lights”, por exemplo, seria uma boa opção, em razão de sua construção “quase pop”, com direito a um refrão cheio de vocais e estrofes compostas por melodias convidativas. Mas isso é um mero detalhe que em nada diminui a importância do álbum.

A quem interessar a “viagem” que é dedicar cerca de 40 minutos a audição de uma obra completa, a dica é: lembre-se de deixar o melhor para o final da degustação. Portanto, mergulhe fundo em “No Way Out” e “Rampant Fields“, ao lado da já citada “Sad Song”, as mais interessantes de “6”, uma boa surpresa de 2023, que ecoa com justiça nesse início de 2024.

Rodrigo Oliveira




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