LEFTO TO DIE
Abertura: HUMAN PLAGUE
08/01/2025
Gravador Pub - Porto Alegre RS
Produção: M.A.D. Produtora
Abertura: HUMAN PLAGUE
08/01/2025
Gravador Pub - Porto Alegre RS
Produção: M.A.D. Produtora
Texto e fotos: José Henrique Godoy
E a temporada de shows na capital do RS foi aberta em grande estilo: o Left To Die, banda composta por dois ex-integrantes do lendário Death, Rick Rozz (guitarra) e Terry Butler (baixo), acompanhados pelo baterista Gus Rios e Matt Harvey, guitarra e vocal, evocaram o velho espirito do Metal da Morte, e pulverizaram o Gravador Pub.
A escolha para a abertura da noite foi a banda Human Plague, da cidade de Santa Maria. O quinteto iniciou sua apresentação as 20h15, com a longa e trabalhada “Uncreation”, cheia de variações e climas, despejando um Death Metal que alterna muita técnica, com momentos de pura “sarrafeira”. O público ainda não era definitivo, mas os presentes testemunharam uma ótima apresentação do Human Plague. “Suffering Symphony” fechou o set de 45 minutos dos gaúchos, que agradaram muito e demonstraram ser uma escolha muito acertada para o evento.
Passavam alguns instantes das 21h15, quando as luzes se apagam e começa a rolar “E5150”, a clássica faixa do não menos clássico “Mob Rules” do Black Sabbath, como introdução, enquanto o Left To Die entra no palco e o quarteto toma suas posições e iniciam com “Leprosy” faixa título do segundo e clássico absoluto da discografia do Death. E já nos primeiros acordes as rodas e o “headbanging” tomaram conta de um Gravador Pub cheio de fãs da banda fundada por Chuck Schuldiner. O Left To Die foi formado por Rick Rozz e Terry Butler para manter o legado construído por Chuck, e o fazem de maneira magistral. Como o próprio nome da tour entrega, o set list contém músicas dos dois primeiros álbuns, “Scream Bloody Gore” e o já citado “Leprosy”. Matt Harvey tem a aparência de um James Hetfield da época do "Ride The Lightning", porém seu vocal é muito semelhante ao de Schuldiner, enquanto reproduz fielmente os solos e riffs do fundador do Death, e da mesma forma o baterista Gus Rios também segue fielmente as linhas criadas nos clássicos álbuns citados.
Não demorou muito para os mais entusiasmados subirem ao palco e iniciarem um sucessão de “Moshes”, ao som de “Born Dead”, “Infernal Death”, “Sacrificial”, “Forgotten Past”, “Open Casket”, “Primitive Ways”, “Choke On It”, “Torn To PIeces” e “Regurgitated Souls”. O clima era de uma sensacional nostalgia Old School, um set list repleto de clássicos do Death, para uma casa cheia e um público sedento por Death Metal original. Quase sem espaço entre uma “paulada” e outra, Matt Harvey saúda os presentes, anuncia as músicas e segue o baile brutal! A audiência responde à altura a performance matadora da banda, sendo com os já citados moshes e rodas, sendo cantando as letras e solfejando os riffs, tudo isso envolto numa aura de brutalidade entusiasmada, tendo em vista que o Death nunca passou por estas terras, e o Left to Die é o mais próximo que podemos chegar do legado de Chuck Shuldiner.
Antes de “Zombie Ritual”, Matt pergunta se o “Death Metal original da Florida estava presente em Porto Alegre?” e a resposta quase que em uníssono é afirmativa, e em seguida ele cita Chuck Shuldiner e todos bradam a plenos pulmões “Chuck, Chuck, Chuck!”. Uma bela homenagem para o cara que construiu o legado que estava sendo celebrado ali.
Após a tradicional “final falso”, o Left to Die volta ao palco para finalizar com “Pull The Plug” e “Evil Dead” (esta que originalmente não estava no set, mas foi adicionada à pedidos das plateias nos shows da tour). Após oitenta minutos o show terminava e a cara de satisfação era geral! Todos os presentes que lotaram o Gravador Pub ficaram satisfeitos com o que viram e ouviram, o Left to Die foi magistral. Tenho certeza que Chuck Shuldiner também deva ter ficado feliz, esteja ele onde estiver. Agradecimentos especiais ao Gravador Pub e a M.A.D. Produtora.
Demais!!!
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