KILLER BE KILLED
KILLER BE KILLED
Shinigami Records/ Nuclear Blast - Nacional
KILLER BE KILLED
Shinigami Records/ Nuclear Blast - Nacional
Lançado em 2014, o álbum homônimo do KILLER BE KILLED marcou a estreia devastadora do supergrupo formado por músicos de peso: Max Cavalera, Greg Puciato (ex-The Dillinger Escape Plan), Troy Sanders (Mastodon) e Dave Elitch (ex-The Mars Volta). O projeto nasceu da ideia de fundir diferentes vertentes do metal moderno — do thrash e groove ao hardcore e prog metal — em uma sonoridade agressiva, versátil e absolutamente contemporânea. O resultado é um disco que transpira energia, ousadia e brutalidade sem perder a coesão artística. E mais uma vez, a parceria Shinigami Records e Nuclear Blast nos proporciona acesso à trabalhos excelentes como esse.
Max (guitarra e vocal), Troy (baixo e vocal) Greg (guitarra e vocal) e Dave (bateria) mostram a que vieram: vocais alternando entre o gutural raivoso de Max, o canto melódico e rasgado de Sanders e os gritos intensos de Puciato, tudo sobre uma base instrumental poderosa e bem trabalhada. Essa combinação vocal, longe de soar forçada, é a grande sacada do álbum, permitindo que cada faixa explore múltiplas atmosferas sem perder a identidade. A guitarra crua e pesada, aliada à bateria precisa de Elitch, sustenta a cozinha com um equilíbrio feroz entre agressividade e técnica apurada. A produção, assinada por Josh Wilbur (conhecido por trabalhos com Lamb of God e Gojira), garante uma sonoridade mais limpa, mas denso, onde cada camada instrumental tem espaço para brilhar sem comprometer o impacto sonoro.
A abertura com a poderosa “Wings of Feather and Wax” já deixa clara a potência e fúria do quarteto. Músicas como “Face Down” e “Snakes of Jehovah” trazem à tona o lado mais direto e violento do grupo, com riffs instigantes e vocais que remetem tanto ao hardcore quanto ao metal extremo. Já faixas como “Melting of My Marrow” e “Curb Crusher” apontam nuances mais atmosféricas e experimentais, herdadas das experiências progressivas de Mastodon e The Dillinger Escape Plan. A produção, assinada por Josh Wilbur (conhecido por trabalhos com Lamb of God e Gojira), garante uma sonoridade mais limpa, mas denso, onde cada camada instrumental tem espaço para brilhar sem comprometer o impacto sonoro.
KILLER BE KILLED é mais do que a união de grandes nomes do metal: é a prova de que colaborações criativas podem resultar em algo novo, relevante e potente. O álbum impressiona por sua diversidade e coesão, conseguindo ser brutal e acessível ao mesmo tempo, sem cair no marasmo. É um trabalho que deixa explícito o presente do metal mais moderno, mas também honra suas raízes, oferecendo uma audição intensa e memorável. Um verdadeiro manifesto de guerra sonora — onde a única opção é matar ou ser morto.
Sergiomar Menezes
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