segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

TWILIGHT FORCE - HEROES OF MIGHTY MAGIC (2016)



                 
                 Formada em 2011, a banda sueca TWILIGHT FORCE pratica um power metal que abusa dos clichês do estilo. Mas o que poderia ser apenas mais uma banda irrelevante, torna-se, quando da audição de HEROES OF MIGHTY MAGIC, algo bastante interessante. Claro que alguns exageros acontecem. Mas este segundo trabalho dos suecos nos mostra um grupo que está nessa porque gosta do que faz. Até mesmo porque, o metal melódico (ou power metal, ou metal sinfônico, você escolhe como prefere chamar o estilo do grupo), não é um dos mais populares no momento atual. E esse é mais um lançamento que chega por aqui via Shinigami Records/Nuclear Blast.

                 Composto por Chrileon (vocal), Lynd (guitarra), Aerendir (guitarra), Borne (baixo), Blackwald (teclados) e De'Azsh (bateria), o grupo, de cara ja entrega sua proposta. Sacaram os clichês nos nomes? Pois bem, isso é apenas um dos tantos que aparecem no bom trabalho desenvolvido pelos suecos. Uma bonita arte gráfica acompanha o trabalho, que é bastante rico em detalhes. A produção que ficou sob a responsabilidade de Blackwald e Lynd (tecladista e guitarrista, respectivamente), ficou muito boa, de acordo com as necessidades do estilo. O álbum traz ainda as participações de Fabio Lione (Angra) e Joakim Bróden (Sabaton), o que acaba por dar um brilho á mais ao conjunto da obra.
                     
                      O álbum inicia com Battle of Arcane Might, uma faixa que traz todas as características do estilo. Arranjos orquestrados, bateria usando e abusando dos bumbos duplos, vocais melódicos e muita, mas muita junção entre a melodia e a sinfonia. Isso cria um clima perfeito para a atmosfera que o grupo pretende criar. E faz de uma maneira bem eficaz! Powerwind segue  com o clima "guerreiro e épico", trazendo um dos pontos de destaque, não apenas do álbum, mas do trabalho do grupo: a boa colocação dos backing vocals, que muitas vezes acabam por deixar tudo muito artificial. Aqui, esse trabalho se mostra bem estruturado e bem encaixado nos arranjos orquestrados do grupo. Em Guardian of The Seas, aquele clima a lá Rhapsody of Fire se mostra de vez, deixando claro que os italianos são uma das grandes influências do grupo sueco. Aliás, Chrileon é um dos pontos a se destacar. Mesmo usando dos clichês típicos dos vocalistas do estilo, ele tem personalidade. Flight Of The Sapphire Dragon segue essa linha com um daqueles refrãos bem característicos. There and Back Again traz a participação de Fabio Lione. E o italiano prova mais uma vez, ser um dos grandes vocalistas da atualidade. Já Riders of The Dawn faz um mix perfeito entre o power e o sinfônico, não deixando o clima cair no lugar comum.

                        Keepers of Fate, apesar, de bem composta e executada, é uma faixa comum, sem oferecer grandes atrativos, a não ser pelo bom trabalho dos backing vocals. Já Rise of The Hero tem uma linha mais melódica, onde os teclados se destacam e nos lembra aqueles trilhas de filmes épicos, onde batalhas e jornadas grandiosas acontecem com freqüência. A rápida To The Stars vem na seqüência e muda um pouco o andamento do trabalho. Contando um um belo arranjo a faixa é um dos destaques do trabalho, por fugir um pouco da linha adotada nas outras composições. Heroes of Mighty Magic tem a participação de Joakim Bróden e é uma faixa mais épica e intensa. Variada e com passagens bem diversificadas, acaba também se destacando, ainda mais se ouvirmos com atenção o arranjo orquestrado que aparece aqui. A criatividade dos suecos me surpreendeu, pois as linhas criadas não se repetem, o que conta, e muito para um trabalho ser levado com seriedade. Epilogue antecede o final com Knights of Twilight's Might, um "hino", dos cavaleiros do crepúsculo poderoso...

                        Resumindo, o TWILIGHT FORCE aposta naqueles velhos clichês, já tão utilizados por inúmeras bandas, para fazer seu power metal melódico/sinfônico. HEROES OF MIGHT MAGIC acaba se destacando devido ás boas composições e arranjos que os suecos fizeram, de forma que não caem naquele lugar comum que a grande maioria das bandas do estilo acabam por cair. Se você é fã de bandas como Rhapsody of Fire, Sonata Arctica, entre outras, pode conferir sem medo, pois o trabalho é de qualidade e bom gosto!
                         





           
                     Sergiomar Menezes

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