OVERKILL
IRONBOUND (2010/2023)
Shinigami Records/Nuclear Blast Records - Nacional
IRONBOUND (2010/2023)
Shinigami Records/Nuclear Blast Records - Nacional
O Overkill é uma instituição, um pilar indestrutível do thrash metal mundial. Sua essência é reconhecida de “bate pronto”, o som não muda, e sejamos sinceros, mudar para quê? “Ironbound” foi lançado há 13 anos, e trouxe um grupo revigorado e mais potente que seu antecessor, “Immortalls”, que não chegou a decepcionar, mas, não foi o que os seus adeptos esperavam. Obviamente que você sabe o que esperar de um trabalho dos caras de New Jersey — o instrumental rápido e cheio de adrenalina que garante diversão, e os momentos ímpares de “Blitz” desgraçando tímpanos.
O décimo quinto trabalho abre com a maravilhosa “The Green and Black”, carrega consigo um ar sinistro/suspense em seu início para logo descambar num riff alucinante e cair na “porrada” particular do grupo. A faixa título chega logo em seguida, e o clima segue quente e barulhento, mas, a música tem seu “recheio” feeling em sua metade num instrumental leve e melodioso para logo em seguida decolar voo rasante agressivo. Algo que me chamou bastante atenção neste trabalho, são as bases densas e as palhetadas certeiras da dupla Dave Linsk e Derek Tailer, o que deu um brilho maior às composições, é impossível não “bangear”. Já a “cozinha” é formada pelo experiente e carismático D.D. Verni (Baixo) e Ron Lipnicki (Bateria), os dois literalmente deixaram o som “mais bruto”, coeso e pesado, uma parede agressiva como podemos notar nas faixas “Bring Me the Night”, “The Goal Is Your Soul” e “Give a Little”.
Em, “Endless War” existe o encontro perfeito entre o heavy metal germânico e o thrash americano. Sim, o Overkill mesmo após tantos anos de estrada ainda consegue “sofrer” influências e viver em dois mundos perfeitamente para alegria geral — refrãos e guitarras cavalgadas são a lei. “The Head and Heart” temos uma vibração única, sombria, dinâmica e cheia de groove, eu diria que a música mais surpreendente, pois te apresenta diversos horizontes em seus 5 minutos de duração. Por mais que todos estejamos acostumados com um estilo ríspido e sujo, o Overkill “impregnou” uma gravação atual, timbragem mais “gorda”, o que deu um ganho enorme ao som, ouça “In Vain”, uma destruição com ótimas viradas de bateria e “Killing for a Living”, e perceba como usaram tecnologia ao seu favor. O fechamento com “The SRC”, é apoteótico, uma sinfonia para destroçar pescoços, com solos cheios de notas infernais dando números finais num disco tão bom que os seus 57 minutos passam num piscar de olhos, e, obrigatoriamente, você estará apertando o “play” de novo, de novo e de novo...
Para aqueles que são do thrash, “Ironbound” é obrigatório!
William Ribas
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