sexta-feira, 6 de junho de 2025

Guns N’ Roses anuncia nova turnê no Brasil!

 




Serão cinco shows em capitais e a venda dos ingressos começará na próxima semana


Os fãs brasileiros podem comemorar: o Guns N’ Roses, uma das maiores bandas de rock de todos os tempos, acaba de confirmar cinco shows no Brasil em 2025, nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. As apresentações fazem parte da turnê mundial "Because What You Want and What You Get Are Two Completely Different Things".

Com uma média de 24 milhões de ouvintes mensais no Spotify, a lendária formação liderada por Axl Rose (vocais, piano), Slash (guitarra solo) e Duff McKagan (baixo) – agora com Isaac Carpenter na bateria – fará quatro shows em capitais no mês de outubro: dia 21 em Florianópolis (Arena Opus); dia 25 em São Paulo (Allianz Parque), dia 28 em Curitiba (Pedreira Paulo Leminsky), e dia 31 em Cuiabá (Arena Pantanal). E a última apresentação será no dia 2 de novembro, em Brasília (Arena BRB). Com produção da Mercury Concerts.

Haverá pré-venda exclusiva para o fã-clube, (com duração de 24h), que começa no dia 9 de junho (segunda-feira), às 10h, no www.eventim.com.br/gunsnroses, para as cidades de São Paulo e Brasília. Para a cidade de Florianópolis a pré-venda será feita pelo site www.uhu.com, e para a cidade de Curitiba pelo site www.bilheteriadigital.com.br. Na cidade de Cuiabá a pré-venda começa às 9h, do dia 9, pelo site www.bilheteriadigital.com.br .

Em São Paulo haverá ainda a pré-venda Allianz Seguros que será somente on line, do dia 10 de junho (terça-Feira), às 10h, até o dia 12 de junho (quinta-feira), às 10h. As vendas online para o público em geral começam no dia 12 de junho (quinta-feira) às 10h, no www.eventim.com.br/gunsnroses e, presencialmente, na Bilheteria Oficial a partir das 11h, também dia 12.

Em Florianópolis a venda geral começa no dia 12 de junho, às 10h, pelo site www.uhu.com. Em Curitiba a venda geral será a partir do dia 10 de junho, às 10h, pelo www.bilheteriadigital.com.br , e no dia 12 de junho na bilheteria física. Para o show de Cuiabá os ingressos também serão vendidos pelo site www.bilheteriadigital.com.br, a partir das 9h, do dia 10 de junho e a bilheteria presencial a partir do dia 17 de junho, às 10h. Brasília terá seus ingressos disponíveis para venda geral no dia 10 de junho, a partir das 10h, pelo site www.eventim.com.br .

No final do ano passado, foram anunciadas 24 datas na Ásia e na Europa, com as participações especiais de Public Enemy, Rival Sons e Sex Pistols com Frank Carter em datas selecionadas. Agora além dos shows no Brasil a banda anuncia datas para a Costa Rica (01/10), El Salvador (04/10), Colômbia (07 e 11/10), Chile (14/10), Argentina (17/10), Peru (05/11) e México (08/11).

Guns N' Roses é uma lenda em plena atividade. É a banda americana mais dinâmica, impactante e definitiva da história do rock. Enraizada na cultura do rock, "Appetite for Destruction" (1987) é uma obra-prima, certificada com disco de diamante, e entrou para a história como "o álbum de estreia mais vendido da história dos EUA" e "o 11° álbum mais vendido de todos os tempos nos Estados Unidos". Já a turnê Not In This Lifetime... (2016-2019) ficou classificada como "a 4ª turnê mais lucrativa de todos os tempos".

Em 1991, o Guns N' Roses sacudiu o mundo com o potente combo dos álbuns “Use Your Illusion I” e “Use Your Illusion II” (7x platina), que conquistaram imediatamente os dois primeiros lugares da Billboard 200. Com vendas totais de 100 milhões de cópias até hoje, seu catálogo ainda inclui: “G N' R Lies” (5x platina), “The Spaghetti Incident?” (platina), “Greatest Hits” (5x platina) e “Chinese Democracy” (platina).



SOBRE A MERCURY CONCERTS

A Mercury Concerts é responsável pelo agenciamento de turnês internacionais, idealização e produção de shows e festivais de grande sucesso em todo o Brasil. Entre suas realizações nesses 30 anos de história estão festivais como Monsters of Rock, Ruffles Reggae, Close-up Planet, Skol Rock, São Paulo Trip e Rockfest. Além disso, a Mercury realizou no país shows e turnês de artistas de renome como AC/DC, Bon Jovi, Yes, Black Sabbath, David Gilmour, Sting, KISS, Guns N' Roses e Aerosmith.


Redes Sociais: @mercuryconcerts





segunda-feira, 2 de junho de 2025

REBEL ROCK NOSTALGIA - MX - SIMONIACAL (1988)


REBEL ROCK NOSTALGIA

MX - SIMONIACAL (1988)


Em 1988, enquanto o Brasil fervia em guitarras distorcidas e revolta juvenil, uma banda do ABC paulista surgiu chutando portas e cravando seu nome na história do metal nacional: MX.

Com “Simoniacal”, seu disco de estreia, o grupo entregou um soco certeiro no queixo da calmaria — um álbum que, mesmo cru, transborda atitude, peso e personalidade.

O álbum é mais do que um simples registro do thrash nacional. Ele representa um momento. Um grito vindo das ruas e dos porões do underground brasileiro. A influência de gigantes como Slayer, Exodus e Possessed está ali, mas o que faz o MX ser especial é o DNA 100% brasileiro impresso nas letras, na crueza da produção e na urgência da execução.

As faixas são rápidas, diretas e cheias de energia. “Dirty Bitch”, “Dead World” e a faixa-título exalam revolta e crítica social. Os riffs ríspidos, a bateria pulsante e os vocais são cuspidos com raiva. Não há espaço para firulas – é tudo na veia, na raça da urgência dos primeiros de uma cena promissora onde era feito por amor a “camisa”.

O trabalho jorra clássicos, “Jason” e “Fighting for the Bastards” deveriam ser considerados um dos grandes patrimônios do thrash metal nacional, hinos atemporais.

Mesmo com os recursos limitados da época, “Simoniacal” é o tipo de disco que inspira gerações a fazer e ouvir esse sagrado “barulho”. O MX pode não ter ganho os holofotes que deveria, como outras bandas da época, mas quem conhece sabe: eles foram (e são) fundamentais. Simoniacal não é só um clássico do underground – é um pilar do thrash metal nacional. E merece ser ouvido sempre com o volume no máximo.

William Ribas




EPICA - ASPIRAL (2025)

 


EPICA
ASPIRAL
Shinigami Records/ Nuclear Blast - Nacional

Quando a última nota da faixa título ecoa e se desfaz no silêncio, não voltamos ao ponto de partida sem ser sugado para dentro de uma experiência única. Em seu novo álbum, o Epica não brinda os fãs, apenas com um disco para ser ouvido — eles dão uma sinfonia para almas em busca de sentido. Lançado em abril, o nono álbum da banda holandesa soa como uma verdadeira odisseia musical, um convite para atravessar portais onde o metal sinfônico não é só gênero, mas linguagem espiritual, um renascimento.

Desde os primeiros acordes de “Arcana”, sente-se o peso do destino, como se estivéssemos sendo levados pelas mãos de divindades antigas através de florestas mitológicas e desertos interiores. É um Epica que continua imenso, mas agora com mais nuances, mais sombras e silêncios significativos entre os trovões. Simone, em uma das melhores fases de sua carreira, canta não só com técnica impecável, mas com uma alma dilacerada e iluminada ao mesmo tempo — algo que poucas vozes no metal conseguem transmitir com tanta elegância. O maior exemplo está na maravilhosa “Obsidian Heart”, calma ao mesmo tempo que carrega densidade emocional.

Aspiral” é também o ponto de equilíbrio entre passado e futuro. As três partes que dão sequência à saga “A New Age Dawns” funcionam como espelhos narrativos: refletem o que já foi dito em discos como “Consign to Oblivion” e “Design Your Universe”, mas sob a luz de novos questionamentos. “Darkness Dies in Light”, por exemplo, é quase um ritual de purificação, algo entre dança da dor e do perdão; enquanto “The Grand Saga of Existence” encerra o ciclo com ares de tragédia shakespeariana — grandiosa, mas sem perder a intimidade.

Musicalmente, a produção de Joost van den Broek é cinematográfica, colocando cordas, corais e riffs em harmonia quase alquímica. A orquestra de Praga não soa como uma simples “cama” para o instrumental, mas, sim, como um coração que pulsa ao lado da bateria de Ariën van Weesenbeek e dos riffs de Mark Jansen e Isaac Delahaye, ouça “Fight to Survive -The Overview Effect” e diga se não estou certo. O álbum, ao mesmo tempo em que esbanja técnica, também respira — uma certa contemplação atmosfera, para transições que não temem a beleza e nem a escuridão.

Mas o trabalho não é apenas uma experiência estética. É uma transformação — uma viagem interior como é sugerido por "T.I.M.E.". Como se cada faixa fosse um passo dentro de um labirinto temos “Apparition” e “Eyes of the Storm” e cujo. De certa forma, Aspiram, e o Epica soam mais filosóficos nesse momento, mais maduro, e talvez mais humano.

Em um tempo onde muitos buscam apenas repetir fórmulas de sucesso, o Epica ousa olhar para dentro e para frente ao mesmo tempo. E é justamente aí que reside a força de “Aspiral”: em sua capacidade de unir o sagrado e caos — e fazer disso tudo uma obra que eleva cada vez mais o nome do grupo. Os 71 minutos passam como piscar de olhos, e logo você está ali, mais uma vez impactado ouvindo de novo, de novo e de novo...

William Ribas




TARJA TURUNEN & MARKO HIETALA - LIVING THE DREAM TOGETHER TOUR 2025 - AUDITÓRIO ARAÚJO VIANNA - 22/05/2025 - PORTO ALEGRE/RS

 


TARJA TURUNEN & MARKO HIETALA
LIVING THE DREAM TOGETHER TOUR 2025
Abertura: Madzilla
AUDITÓRIO ARAÚJO VIANNA 
22/05/2025 
PORTO ALEGRE/RS
Produção: TOP LINK e OPINIÃO PRODUTORA

Texto: Mauro Antunes
Fotos: Liny Oliveira

Show de dia de semana pode ser complicado para qualquer trabalhador comum, em especial para este que vos escreve. Moro em São Paulo, e estou passando uns tempos em Porto Alegre a trabalho e em pouco mais de 15 dias, esse já é o terceiro show que tenho a oportunidade de assistir aqui na capital gaúcha. Saxon, Hibria e Tarja, infelizmente não consegui ir no Fabio Lione.

Dentre as bandas citadas acima, Saxon é minha favorita, mas respeito máximo aos demais, e com a dupla Tarja e Marko, não poderia ser diferente. Acompanhei atentamente o “tsunami” que foi o surgimento e a descoberta do Nightwish na vida dos brasileiros após o icônico álbum “Oceanborn” (1998). Marko Hietala ainda não fazia parte do lineup, mas com o passar dos anos, ele acabou se tornando a “cara masculina” do Nightwish, em minha opinião, muito mais do que o chefe da banda Tuomas Holopainen.

A banda inclusive, frequentou o mainstream com o icônico hit “Nemo” que honestamente, não sei como não entrou no setlist desta turnê. Guardadas as devidas proporções, é como um show do Iron Maiden sem “Fear of the DarK” por exemplo.

Ao me dirigir ao Auditório, o motorista de aplicativo que me levou para a viagem me confidenciou que eu já era a quarta ou quinta pessoa que ele esteva levando àquele local, inclusive me perguntou um pouco mais sobre o show que despertou a curiosidade dele. Cheguei a casa e me deparei com um local que não conhecia, e fiquei maravilhado, um dos melhores, senão o melhor, lugar para um show do Metal que já vida. A casa apesar de não estar cheira, recebia um bom público. Deu tempo pra comprar umas fichas de cerveja e um lanche e esperar o som começar.

Infelizmente, por problemas de horário, não consegui assistir a banda de abertura, Madzilla, mas ouvi bons comentários a respeito.

No entanto, o show acústico de Hietala e Tuomas Wäinölä foi curto com apenas 7 faixas. Pessoalmente, não sou muito fã do formato acústico e tivemos um show que confesso, não conseguiu me empolgar. Nem mesmo as interpretações de 2 hinos do Metal, “Holy Diver” e “Children of the Grave” conseguiram arrancar alguma reação da plateia. Obviamente, sabemos o quão talentoso Marko Hietala é, mas aqui, dava pra esperar mais. O jeito foi acompanhar o show, tomar uma cerveja e esperar pelo show principal que começou após as 22h.



Quando começou o show principal minha primeira reação foi: “sim, é ela mesma que está ali no palco!”. Mesmo não sendo mais uma garota, Tarja continua incrivelmente carismática levando a plateia tranquilamente para suas mãos; os anos de janela deram a ela a maturidade para ser ainda mais forte e quase que onipresente no palco mesmo ao lado de vários outros músicos.

Apesar de já uma longa e consolidada carreira solo, não há como negar que os clássicos do Nightwish, banda que a revelou, são as mais saudadas pelo público, o que obviamente, não é surpresa para ninguém.
Na primeira entrada, Tarja focou exclusivamente em faixas de sua carreira solo, com destaque para um de seus singles mais recentes, “Eye of the Storm” e a pesadíssima “Demons in You”. Aí veio a sessão acústica que começou com um cover da Rita Lee (?), a famosa faixa “Ovelha Negra”, mostrando que Traja além de tudo, se vira no português, dando a sua cara a uma faixa tão icônica da MPB.



Mas, como dissemos antes, foi quando a coisa começou a descambar para os hits do Nightwish, é que o público começou a cantar junto e a interagir mais com a banda. Em especial os clássicos “Wishmaster” e “Wish I Had an Angel” foram os pontos altos da noite de um show que levou quase duas horas de duração. Assim que acabou o show, fui correndo pra fora pra pegar meu transporte que sabia que a fila seria imensa. Já se passavam das 0:30hs do dia 23/05.

Há quem goste, há quem não goste de Tarja, mas é impossível negar o quanto ela é talentosa e excelente no que se propõe a fazer: Heavy Metal com voz de soprano não é para qualquer ouvido, e essa mistura, se é ou não criação do Nightwish eu não sei, mas que seus quase 30 anos de carreira é um marco de categoria, isso é. Porto Alegre foi saudada com imenso respeito por Tarja, Marko e suas trupes. Sorte nossa!




MAJESTICA - POWER TRAIN (2025)

 


MAJESTICA
POWER TRAIN
Shinigami Records/Nuclear Blast - Nacional

O Majestica retorna com seu terceiro álbum de estúdio, “Power Train”, e entrega exatamente o que se espera de uma banda que carrega em seu DNA o épico, o sinfônico e o poder melódico do Power Metal.

Logo na faixa de abertura, a chiclete faixa título, a banda nos convida a embarcar nessa locomotiva metálica, onde melodias açucaradas, coros grandiosos e uma bateria que dispara como uma máquina a vapor em fúria nos lembram por que o Majestica conquistou tanto espaço desde sua estreia com Above the Sky (2019). A produção novamente ficou a cargo da própria banda, gravada nos “Majestic Studios” e mixada por Jonas Kjellgren — e a clareza do som salta aos ouvidos, com cada instrumento respirando no meio do caos orquestrado.

Para aquele fã fervoroso do estilo, “Power Train” é um prato cheio, graças à sua característica fiel escudeira. O disco por completo é uma ode a tudo que rodeia a mágica do metal melódico: linhas rápidas, refrãos altos e grudentos, bumbo duplo a torto e a direito, orquestração e coros por todos os lados, tudo o que ouvimos milhões de vezes, que dependendo do ponto de vista — é um acerto ou erro. Faixas como “Battle Cry” e “Thunder Power” são exemplos de como o grupo domina a arte de criar hinos de guerra com refrãos gigantes, linhas vocais memoráveis e uma energia contagiante. Já “A Story in the Night” mostra o lado mais fantasioso da banda, flertando com atmosferas de contos de fadas e trilhas sonoras de cinema, sem jamais perder o pulso do metal.

A impressão geral é a de uma banda amadurecida. As composições soam mais ambiciosas, mas ao mesmo tempo mais coesas — e Tommy Johansson brilha não apenas com sua voz poderosa, mas também com solos de guitarra técnicos, rápidos e emocionantes. “Megatrue” e “My Epic Dragon” (só pelos títulos já dá pra sentir o espírito da coisa, certo?) são momentos de pura diversão e fantasia, lembrando que o Majestica não tem medo de flertar com o lúdico e o exagerado — marcas registradas do Power Metal.

Visualmente, o álbum também impressiona. A arte criada é quase uma metáfora visual da proposta sonora: embarcar no “trem do poder” é aceitar ser conduzido por caminhos que cruzam reinos mágicos, guerras lendárias e batalhas interiores — tudo isso guiado por linhas instrumentais em velocidade máxima. Encerrando com “Alliance Anthem”, o álbum deixa claro que o Majestica não está apenas vivendo do passado, e sim, expandindo o estilo para novos fãs. “Power Train” não é apenas um novo capítulo — é uma locomotiva que avança sem freios rumo ao futuro, levando os fãs junto para mais uma jornada de fantasia, emoção e pura paixão.

William Ribas