quinta-feira, 6 de junho de 2024

MERCYFUL FATE - SUMMER BREEZE BRASIL 2024 - 28/04/2024

 


MERCYFUL FATE
SUMMER BREEZE BRASIL 2024
28/04/2024
MEMORIAL DA AMÉRICA LATINA - SÃO PAULO/SP

Texto: Fernando Aguiar
Fotos: Ian Dias (Headbangers Brasil)

Após longos 25 anos de espera, os fãs de Mercyful Fate puderam saciar a fome pela missa satânica da banda. E não havia banda melhor para encerrar a segunda edição do sucesso que virou o Summer Breeze.

Após o encerramento do fantástico show do Anthrax, todos os olhares se voltaram ao palco Hot Stage, onde estava sendo montado um templo satânico com uma enorme cortina com o nome da banda. Templo este que teve direito a altar, pentagrama, cruz invertida, arcos com o número 666 cravados e claro, Baphomet.

Após um pequeno atraso de 10 minutos, a cortina caiu e o que se viu daquele momento em diante, foi uma banda extremamente entrosada dando A AULA de Heavy Metal, com King Diamond entrando lentamente no palco enquanto a introdução rolava. No lugar da famosa cartola, King entrou com a máscara demoníaca do Baphomet e em seguida deixando explícito, quase que em um sussurro aterrorizante: “Juro dar minha mente, meu corpo e alma sem reservas para promoção dos desígnios do nosso Senhor Satanás” em “The Oath, que serviu de introdução ao ritual da missa negra que a banda estava por nos brindar.



Mesmo sendo um setlist já conhecido por todos, desde que a banda voltou a ativa, em 2019, a banda foi sucinta e direta ao ponto ao apresentar e focar nas músicas dos discos “Melissa” (1983) e “Don’t Break the Oath” (1984), além do EP homônimo de 1982. Discos estes que, sempre são lembrados e citados dentro do panteão dos melhores e mais influentes da história do Heavy Metal.

Após The Oath, veio “A Corpse Without Soul” com uma execução e solo perfeito de Hank Shermann, este que é o único membro original que ainda permanece na banda. O Mercyful Fate conta hoje com Bjarne T. Holm na bateria, Mike Wead na guitarra e Becky Baldwin, que apesar de novata, manda super bem no baixo como uma veterana.

“The Jackal Of Salzburg” veio em seguida. Novo trabalho Mercyful Fate, que infelizmente ainda não ganhou uma versão de estúdio, completamente sombria, cadenciada, com potência, que dá o ar de tensão. E ver ela ao vivo, mostra o quanto ela é poderosa. Que música foda!
A primeira de Melissa (1983) da noite foi “Curse of the Pharaohs”, onde Shermann mais uma vez, foi o destaque, com um solo maravilhoso.


Em seguida, mais uma do Don’t Break The Oath, “A Dangerous Meeting” vem com sua introdução com linhas pesadas de baixo. O duelo de Becky duelo com as guitarras aqui foi lindo. Outro destaque, como sempre, o vocal de King sempre alinhado com o instrumental da banda.

“Doomed By The Living Dead”, uma das melhores composições da banda, continuou com a AULA que torna impossível não cantar e bater cabeça junto.
“Melissa”, outra que é uma das melhores da discografia da banda, ouvi-la vê-la ao vivo é ainda mais emocionante. King, novamente volta a brilhar nessa faixa, soltando a voz, com bastante habilidade e controle absoluto.

“Black Funeral” traz aquela potência dos riffs e bateria com andamento acelerado e rítmico que só o Mercyful Fate é capaz de fazer.

Quando veio “Evil”, público foi ao delírio, cantando junto com King Diamond. A dupla de Shermann e Wead se destacaram fácil nesse som com duelos precisos e perfeitos.
E para não deixar a peteca cair (como se possível em um show do Mercyful Fate) “Come To The Sabbath” empolgou e fez com que o público cantasse em uníssono igualmente a anterior. Após finalizar, a banda saiu para uma pausa, mais longa que o habitual.

Pausa esta, que parece ter sido proposital para “recarregar” as energias banda para, por fim encerrar a noite e o festival com a música mais pedida e esperada da noite, “Satan’s Fall”, com seus mais de 11 minutos. Uma música perfeita, para um final perfeito, de um show perfeito, fazendo com que os fãs saíssem extasiados e extremamente satisfeitos com a apresentação da banda, que por sinal, King demorou mais que normal para sair do palco, tamanha gratidão que ele demostrava e demostrou durante todo o show.

King, inclusive mencionou algumas vezes durante o show que demoraram muito tempo para voltar e prometeu que voltarão em breve. TOMARA!

Com certeza, este foi o melhor show da banda no Brasil, vide toda cenografia do palco, ambientação, teatralidade de King Diamond e principalmente pela execução perfeita das músicas e este show ficará na memória de cada um que esteve lá, para sempre.
Hail To The King \m/



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